Quando li “Ninhos de Plástico” escrito pelo JP, recordei um episódio que há bastantes anos me entristeceu muito. Tenho imagens dessa altura muito imprecisas. Sei que aconteceu durante um fim-de-semana, passado na Serra da Estrela com o meu marido. Pernoitámos na Pousada de São Jerónimo, no Caramulo e no dia seguinte fomos almoçar a uma aldeia conhecida por ser a que está situada a maior altitude, o seu nome está guardado na gaveta do esquecimento. No local, para além de almoçar, comprei queijo, umas meias e uma manta que ainda hoje possuo.
Pela aldeia corria um riacho, a água atraíu-me como se fosse um íman gigantesco, aproximei-me dele e percorri um pequeno percurso da sua margem direita, subi contra a corrente. Havia arbustos despidos de folhas, pareciam garras descarnadas, apontando para o céu… para meu espanto e minha tristeza, alguns estavam enfeitados como se fossem árvores de Natal envelhecidas, carcomidas e secas, os enfeites pareciam ter sido colocados ao acaso, por seres demoníacos não amantes da Natureza, da Beleza, nem da Harmonia. Estavam adornadas com sacos de plástico rasgados, garrafas de água e refrigerantes, papéis, toda a espécie de dejectos que o homem pouco civilizado, desconhecedor da utilidade dos caixotes para lixo, costuma deitar para o chão. Toda a espécie de “porcaria” que o Homem decidiu deitar sobre a neve, no degelo esta na forma de água líquida atingiu o riacho e, deslizando entre as suas margens foi deixando esse lixo encalhado e enovelado nos arbustos, quando as águas baixaram e os arbustos ficaram visíveis, todos estes resíduos emergiram com eles.
Sentei-me a observar esta degradante imagem, para reter na memória este espectáculo tão deprimente, causado pela ignorância dos homens, pela sua falta de respeito pelo legado herdado. Já nessa altura, longos anos se passaram entretanto, a poluição de um local que devia estar impoluto era bem visível.
Não sei como a Serra está nos dias de hoje, o tempo vai passando e a concretização da vontade de a visitar novamente vai sendo adiada, espero voltar a esta aldeia, da qual não sei o nome, e rever este riacho límpido, ladeado por belos arbustos repletos apenas de folhagem…
Pela aldeia corria um riacho, a água atraíu-me como se fosse um íman gigantesco, aproximei-me dele e percorri um pequeno percurso da sua margem direita, subi contra a corrente. Havia arbustos despidos de folhas, pareciam garras descarnadas, apontando para o céu… para meu espanto e minha tristeza, alguns estavam enfeitados como se fossem árvores de Natal envelhecidas, carcomidas e secas, os enfeites pareciam ter sido colocados ao acaso, por seres demoníacos não amantes da Natureza, da Beleza, nem da Harmonia. Estavam adornadas com sacos de plástico rasgados, garrafas de água e refrigerantes, papéis, toda a espécie de dejectos que o homem pouco civilizado, desconhecedor da utilidade dos caixotes para lixo, costuma deitar para o chão. Toda a espécie de “porcaria” que o Homem decidiu deitar sobre a neve, no degelo esta na forma de água líquida atingiu o riacho e, deslizando entre as suas margens foi deixando esse lixo encalhado e enovelado nos arbustos, quando as águas baixaram e os arbustos ficaram visíveis, todos estes resíduos emergiram com eles.
Sentei-me a observar esta degradante imagem, para reter na memória este espectáculo tão deprimente, causado pela ignorância dos homens, pela sua falta de respeito pelo legado herdado. Já nessa altura, longos anos se passaram entretanto, a poluição de um local que devia estar impoluto era bem visível.
Não sei como a Serra está nos dias de hoje, o tempo vai passando e a concretização da vontade de a visitar novamente vai sendo adiada, espero voltar a esta aldeia, da qual não sei o nome, e rever este riacho límpido, ladeado por belos arbustos repletos apenas de folhagem…
Teresa não sei qual é a aldeia que falas mas estive na serra neste Inverno e pelo que pude ver (de dentro do carro porque o frio era intenso) os rios e lagoas estavam desobstruídos e muito lindos! Espero não estar enganada quando as águas baixarem no Verão.
ResponderEliminarbeijos sem papel
Querida Pitanga depois deste episódio de má memória, já visitei aldeias históricas de Portugal que na realidade, pertencem à Serra da Estrela, mas a altitudes mais baixas, estavam impecáveis, por isso desejo veementemente que esta esteja também despoluída.
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para ti!
A aldeia será Sabugueiro? Fica na subida para a serra a partir de Seia, tem restaurantes e vendem-se queijos e cães "Serra da Estrela". Mas Sabugueiro ou outra, o retrato que traçaste não anda longe do que acontece por muitos sítios. É certo que hoje já há um pouco mais de cuidado, mas a educação cívica é coisa que por aqui frutifica pouco. É por estas e por outras que somos "um bom povo"...
ResponderEliminarBjo.
Estava a escrever o comentário anterior e tu a responder à Pitanga.
ResponderEliminarIamos chocando um com o outro :-)
Querido Carapau é exactamente essa, tens prémio escolhe...eu prometo que nunca mais te escrevo versos:):):)Nunca mais lá voltei!
ResponderEliminarAinda vi pessoas que faziam "escu", sentavam-se em cima de sacos de plástico, deslizavam na neve, depois abandonavam os sacos... isto ao pé da Torre.
E não é que podia ter havido um choque? Lol
Beijinhos "sem embrulho" para ti!
É muito triste quando nos deparamos com estes cenários. Não entendo porque é que há gente que vai para esses locais, que infelizmente já não são muitos, e os sujam. De certeza que quando vão para lá, gostam de os encontrar limpos e bonitos, mas depois deixam-nos o contrário disso...
ResponderEliminarBeijinhos*
O desrespeito dos portugueses ( e dos povos latinos na generalidade) pela Natureza é revoltante, mas a culpa começa nos sucessivos governos que pouco ou nada têm feito para os sensibilizar. Preferem esperar que os velhos morram e que as novas gerações apliquem, quando chegarem a adultos, a informação que receberam na escola.
ResponderEliminarQuerida D* todo o tipo de poluição é horrível, mas esta acumula a visual e a do olfacto,...
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
enquanto houver um português a cuspir para o chão é sinal de falta de civismo. E é o que se mais vê, gente a escarrar para o chão.
ResponderEliminarolha espero que essa aldeia ainda esteja com o riacho límpido , mas não acredito muito nisso. Hoje em dia os riachos já perderam a sua limpidez. kis :)
Querido Carlos os exemplos devem vir sempre dos mais velhos...
ResponderEliminarActualmente fala-se muito deste assunto nas escolas, vejamos se os alunos o entenderam...
Beijinhos "sem embrulho" para si!
Olha eu também pensei no Sabugueiro mas aquilo lá é tão movimentado que nem chamamos de aldeia. hehe Não te esqueças que vivo aí em Viseu.
ResponderEliminarO desrespeito pela nossa casa é realmente muito. Será que a maioria das pessoas não pensam que se esta nossa "casa" morrer, não existe nenhuma outra para nos mudarmos?
ResponderEliminarUm beijo com cheiro a manhã Alentejana, Ava.
Que falta de civismo... E que falta de sensibilidade e de respeito para com a Natureza... Degradar uma paisagem assim é CRIME! Se todos contribuíssemos teríamos um Mundo muito melhor! Mesmo assim acho que os portugueses evoluiram um pouco nesse sentido, por exemplo, acho que as praias estão mais limpas do que antigamente... Beijinhos degradados!
ResponderEliminarQuerida Avogi nem me fales nisso...é um "nojo" e continuo a ver esse acto a ser cometido quase todos os dias.
ResponderEliminarCuspir para o chão, em tempos muito idos, já foi punido com multa.
Será que a maioria das pessoas só funcionam bem com cabresto?
Beijinhos "sem embrulho" para ti!
Querida Pitanga quando lá estive foi há "séculos", tinha algum "movimento" mas não muito.
ResponderEliminarComo vês se tivesses palpitado na altura, tinhas ganho o "prémio" que ofereci ao Carapau:):):)
Que ainda não sei qual é, mas espero que ele não seja muito exigente...
Beijinhos "sem embrulho" para ti!
Querida Ava, durante toda a minha vida profissional e não apenas, fiz com que, quem me rodeava (e rodeia) usasse os "miolinhos", não dando respostas imediatas,... seria bom que todos tentassem fazer o mesmo consigo próprios, com os familiares e conhecidos, e então,talvez as pessoas se tornassem mais conscientes, mais sabedoras... Isto que acadei de escrever é um pouco "um delírio sonhador" não é?
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Querida Ana e tu não vês o que se passa aqui na aldeia? Tão pequena, com dois locais onde se podem colocar os materiais de reciclagem e vários para se recolher o lixo caseiro, o que acontece? Tudo espalhado...Caixas de cartão ao pé dos contentores de lixo caseiro, sem sequer estarem desfeitas, inteiras no lixo, a ocuparem um espaço imenso.
ResponderEliminarE com uma agravante não me parece que haja analfabetos por aqui...
Beijinhos "sem embrulho" para ti!
Realmente é degradante, mas se fosses à India então é que vias a desgraça total. Mas nós como europeus civilizados, temos de dar o exemplo, tanto que a Serra é um ponto turístico de grande beleza! Mas mesmo que não fosse, não é do direito do homem poluir a natureza. Eu como amante de fotografia, estéticamente falando, uma imagem como a colocaste arruína qualquer bela paisagem!
ResponderEliminarbeijinhos missixty
Nem sei que comentário faça. :(
ResponderEliminarMas se os 'homens' não respeitam os seus (amigos, famíla e afins) mais próximos como raio vão respeitar a natureza?
(uma tristeza!)
Querida Susana o que espero é que como passaram muito anos, os coitados dos arbustos já estejam bem recheados de folhas e que as pessoas que visitam a Serra, estejam um pouco mais civilizadas...
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para ti!
Querida Red eu no teu lugar também não sabia...:):):)
ResponderEliminarE tens razão se a palavra respeito saiu do "dicionário" das gentes, como é que é????
Beijinhos "sem embrulho" para ti!
É mesmo falta de civismo. Não gosto mesmo nada ver zonas poluidas e descuidadas devido à acção humana. Odeio ver pessoas a mandar lixo para o chão quando têm um caixote do lixo mesmo ao lado.
ResponderEliminarBjokas +****
Se hà gente que nem a louça lava durante semanas em sua própria casa...
ResponderEliminarBeijinhos
Querida C*inderela que pena nem todos pensarem assim...
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Querido Touro, se fosse só a loiça...
ResponderEliminarMas com o que se passa na casa dos outros, todos podemos bem...agora o que se faz à "casa de todos nós" já "pia" fininho.
Beijinhos "sem embrulho" para si!
Maria Teresa
ResponderEliminarEstive no Sabugueiro no ano passado e nem me pareceu muito mal. Em contrapartida, lá em cima, na Torre, não havia um único caixote do lixo público. Bolas, assim é difícil ensinar os portugueses a terem sentido cívico.
Bjs
Querida Teresa, funcionamos como se fossemos uma pescadinha de "rabo na boca", compomos a cabeço, o rabo fica estragado e inversamente...Há um enorme desfasamento nas necessidades.
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
A aldeia é mesmo o Sabugueiro e é acima de tudo um posto de venda dos mais variados objectos, com destaque para o queijo, que de serra da Estrela tem pouco (eu também não gosto de queijo, mas é o que oiço).
ResponderEliminarOra aquilo aos fins de semana é uma salgalhada e os detritos das muitas pessoas acumulam-se.
Pior é na Torre, que é para mim um dos sítios menos interessantes da serra.
Adoro a Serra da Estrela e tem sítios fabulosos e alguns bem preservados; já foste ao "Covão da A metade", onde nasce o Zêzere?
Vale bem a pena!!!
Beijinho.
Querido Pinguim eu comheço várias localidades na Serra da Estrela a esta aldeia é que nunca mais voltei...O lugar de que falas não conheço, o nome não me diz nada...
ResponderEliminarAgora ficou registado.
Beijinhos "sem embrulho" para ti!
Fico muito triste com estas situações, eu que não jogo nada para o chão, não deixo lixo na praia. Fico triste quando vou à serra e vejo que as pessoas abandonam os sacos que se rasgam por ali, como se fosse a coisa mais natural do mundo, e o lixo por onde passam. Educação e civismo precisa-se por favor!
ResponderEliminarQuerida Olga felizmente ainda há quem pense como nós, caso contrário o nosso país seria totalmente uma lixeira.
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!