domingo, 27 de janeiro de 2013

DOÇURA OU DIABRURA CXIII

Desta vez a Doçura ou Diabrura do fim de semana, é uma diabrura, mais do que uma, a atingirem a minha pessoa, ou melhor, "propriedades" minhas.
Flores para todos
Começou no IC19, um motorista, felizmente muito bem educado, deu uma" trolitada" na traseira do meu bólide, não foi no meu Peugeot que todos conhecem, quando escrevi sobre ele, numa altura em que pensava que o tinha assassinado, foi num carrinho que comprei há meia dúzia de meses. Em seguida, um 3º carro bateu no que tinha batido em mim (uma forma de dizer)...homens ao volante em tempo de chuva, não sabem moderar a velocidade, nem manter a margem de segurança. Eu fui a que saiu mais ilesa embora o meu Punto tenha ficado com o rabo lesionado. Coitadinho|!
Continuou a minha (des)aventura, o senhor meu computador deixou que o seu motor de arranque fosse para o "galheiro". Neste momento está à espera que o leve ao doutor! Será que tem cura? Espero que sim! As minhas finanças, tal como as de muita gente, andam por baixo, é como o ponteiro que indica a gasolina, estão quase a roçar o vermelho!
Haja saúde!

PS.Não sei quando regresso, estou também dependente da boa vontade dos meus filhos em me deixarem aproximar dos respectivos computadores ou Ipad. São uns malvados e eu a pensar que lhes mudei imensas fraldas e que lhes comprei o primeiro computador em que mexeram:):):)

BEIJINHOS EMBRULHADOS PARA TODOS!
ATÉ BREVE!


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

REGISTO

O meu casamento com a máquina fotografia está em  crise

Todos aqueles utensílios que têm botões, múltiplas funções, as chamadas novas tecnologias, me causam uma certa aversão e uma certa incapacidade de reacção.
Não gosto de enviar mensagens, gosto de ouvir a voz de quem quero contactar, embora possa ser por breves instantes. Quando necessário, gosto de ouvir o som do relógio despertador, colocado no criado mudo, (gostei de chamar este nome à mesa de cabeceira) porque programar o telemóvel para o fazer, ele pode vir a tocar uns dias depois (já me aconteceu). Odeio telefonar para uma entidade pública e ter que carregar em vários "botões", que me vão enviando para outros e acabar por desligar sem ficar a saber nada de nada, nem sequer me dão um certificado de especialista no carregamento de teclas.
O Ipad, coloca-me os olhos em bico, os mails que não consigo abrir desesperam-me, as playstation empobrecem-me a bolsa (tanto mais que não brinco com elas, servem para me zangar com os netos quando tentam não as largar quando vão a qualquer lado).

Deixo aqui um registo, para a posteridade, sou uma nulidade nestas lideranças.
Mas, vaidade das vaidades, sinto-me um “espanto” por ter conseguido fazer um Registo. Não é das peças da Arte Sacra que mais aprecio, no entanto, tenho amigas que até os coleccionam, nada melhor do que aprender a fazer um para depois o transformar num beijinho embrulhado.


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

"TÁ-SE BEM!"

Acabei de consultar as tabelas do IRS, disse uma palavra muito feia e vou punir-me sonhando, ao teclado do computador, com uma viagem …

Aos poucos a ilha começa a tomar forma, entre o arvoredo avistam-se velhas casas senhoriais, o velho cais lá está à minha espera e perto dele, algumas palhotas rodeadas de palmeiras.
Cheguei!
Águas tépidas e cristalinas chamam por mim e a praia convida-me para uma caminhada.
O sol está quase a adormecer, alguns dos seus raios desenham sobre o areal desnudado, figuras de sombra e luz indescritíveis.
Oiço risos de crianças e o tilintar dos sinos de vento…
Quero tornar-me num dos habitantes de uma das palhotas, sem nada que me faça lembrar a (in)civilização!

O telefone toca é uma chata do RCI (uma “coisa” que promove o aluguer de apartamentos e viagens, da qual já fui cliente, mas que considero “banha da cobra”), o meu sonho esfuma-se … Sou brusca nas respostas, mal-educada até, estou fartinha deles!
Decido que não vou pensar no IRS nos tempos mais próximos, esperando, no entanto, que a minha alucinada imaginação não se vá embora, levada por uma forte ventania!

“Tá-se bem!” (não se está, mas posso brincar ao faz de conta, ou não?)

sábado, 12 de janeiro de 2013

DOÇURA OU DIABRURA CXII


Há cerca de uma semana, logo a seguir a ter publicado a Doçura ou Diabrura anterior a esta, Maria Dolores Piteira entrou em contato comigo, tinha detetado que uma poesia sua, era o mote de uma Doçura ou Diabrura publicada em 2011, já nem se lembrava dela confessou, ofereceu-me mais duas, uma no comentário que fez e depois outra por e-mail.
Maria Dolores tem obra publicada, para além de “Labirinto de Espelhos” (junto com mais dezanove autores, em 2007), editou “Mar Sereno na Noite” (em 2004) e “Traços de Percurso”(em 2006).
Temos mantido contato e deixar que uma amizade fluía (palavras dela)…
Hoje faz parte da Doçura ou Diabrura o primeiro poema oferecido.

Se a magia se perde
o olhar fica mais frio

estilhaçado como um espelho
um olhar morto.



Da realidade emerge um rosto
cru e duro
que já não nos aquece
dá sentido alegria ou razão
e nosso olhar é um olhar acordado.



Da voragem partiu para outro abraço.

É O TEMPO DE RENASCER.OUTROS IMANS

M.Dolores Piteira

24/12/2012


PARA TODOS UM RESTO DE FIM DE SEMANA COM "OLHARES"AQUECIDOS PELO AMOR!
E, COMO NÃO PODIA DEIXAR, AQUI VÃO OS MEUS BEIJINHOS EMBRULHADOS!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

DESCONHECIDO

Meus passos cadenciados ecoam num corredor deserto!
Meus pensamentos fluem levados por uma suave brisa!
Não os retenho…
Prossigo a minha viagem!
Desconheço o meu destino…

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A MAQUETA

A Maqueta

João é um rapaz com 10 anos mas com  “manias” de adolescente, é preciso, muitas vezes, clamar pela Santa Paciência para se conseguir “aturar”.
Nestas férias pediu, ao núcleo familiar, ajuda para fazer um trabalho, para ser apresentado na escola, sobre tipos de relevo. Houve eleições e a eleita, que por sinal até não votou, nem sequer estava presente, foi a avó.
Decidido ficou que o “dito” ia ser apresentado na forma de maqueta e trabalhado em barro.
Num dos dias de férias natalícias lá marchou a avó, de Lisboa, onde presentemente se encontra mais, para casa dele na zona de Sintra. Lá chegada, a pobre da velhota, encontra o neto ainda de pijama, sentado em frente ao plasma, a “degustar” um jogo de futebol. Como devem calcular não foi muito bem recebida, eram 10 horas da manhã, ... “cedíssimo” dizia ele! 
Puxando dos seus galões a “dita”, como não era obedecida, desligou a televisão! Gritos de protesto, orelhas moucas, as da avó! O João não teve outro remédio, foi mesmo arranjar-se e acabar de tomar o pequeno-almoço.

Surpresa, das surpresas! O galito pimpão surge todo "apinocado", até um cachecol, deste todos modernos trazia…Para quem ia mexer em barro, a vestimenta era a mais “adequada”! A avó, que aprendeu a disfarçar muito bem em certas situações, teve que fazer um esforço imenso para não soltar uma enorme gargalhada, porque em abono da verdade, ele estava lindo! Lindo para ir ao cinema ou a outro lugar afim, ... para mexer em barro e tintas, jamais!
Para não existirem mais atrasos, a vestimenta ficou e para cúmulo da sorte não  sofreu danos!
Depois de alguns “rosnados“ e outras peripécias, na presença de outras personagens que entretanto entraram em cena, a mãe e a irmã, a maqueta foi avançando a três pares de mãos pois, o planalto foi moldado pela mana, no fundo a mais pequena e a mais entusiasmada.
Os últimos retoques, a pintura e a legendagem já foram serenos e… ao fim de cerca de duas horas, a maqueta estava dada como terminada e com o aspeto que a foto apresenta!
Garanto-vos que a avó suspirou de alívio!

P.S.- Um dia depois, ouviram-se “gritos de socorro”, quase que se teve que chamar a proteção civil, durante a secagem houve um “sismo”, a planície abriu fendas e uma das casas ruiu. Quem acudiu ao “criador” foi a mãe, depois de “auscultar” a avó (esta começou a ver a vida a andar para trás), que remendou as fendas com massa de enchimento e depois retocou a pintura.
Estão todos em suspenso, à espera da apreciação da professora mas, pelo que já “toparam”, muito vão ter que esperar!

sábado, 5 de janeiro de 2013

DOÇURA OU DIABRURA CXI




Há algumas semanas que não publicava as Doçura ou Diabrura, por preguiça, por falta de tempo? Não sei! Já não me lembro! Sei que no tempo que medeia a CX e esta, fiz milhentas "coisas" que me deram bastante prazer.
Hoje vou deixar-vos com esta canção que tenho ouvido imensas vezes, quando conduzo, e que faz parte do CD intitulado  "Humanos".

PARA TODOS DESEJO UM DOMINGO CHEIO DE "RUGAS", PROVOCADAS POR MUITOS E TERNOS SORRISOS!
É COM UMA "RUGA" QUE VOS ENVIO BEIJINHOS EMBRULHADOS!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

A CAIXA

Do nada apareceu cartão, cartolina, tecido, tesoura e cola…era o meu início, aos poucos, numa dança a vários ritmos, estes materiais dançaram numas mãos macias.
Desde que fui concebida até ao momento do meu nascimento decorreu muito pouco tempo, suponho eu, que de horas, minutos, segundos, não percebo nada. O que aprendi bem, foi a compreender os sons emitidos pelos humanos.
Pouco depois do meu nascimento, uma voz disse: “Não estou a gostar! Não estou a gostar nadinha! Falta um pormenor, falta qualquer coisa, mas o quê?”
Gavetas abriram-se e fecharam-se, a voz resmungava, não entendia as palavras pronunciadas, de repente, até me assustei, as mesmas mãos cingiram-me com uma fita verde, um lacinho e ouvi dizer: “Agora sim! Estás linda!”
Como me senti vaidosa! A dona da voz e das mãos sentou-me numa impressora, na altura não sabia o que era o meu assento mas, como sou inteligente e esperta, entendi rapidamente o que era. E ali fiquei, até que comecei a sentir que algo de estranho se passava, sabia que podia ser útil mas não era usada, estava afastada de outras caixas colocadas sobre uma mesa, muito diferentes de mim, que via serem abertas e fechadas! Porque seria? Estava curiosa!
Finalmente consegui saciar a minha curiosidade ao escutar uma conversa. Aquela que eu já considerava a minha dona falava de mim e dizia: “é a caixa que fiz para a Rute, ficou muito bonita, não ficou? Só vou dar-lha quando reiniciar a equitação, blá, blá, blá,…”
Exultei, afinal eu estava de passagem, estava à espera de ter uma dona que me usasse, para a qual eu fosse e me sentisse útil, eu era e sou um Beijinho Embrulhado!