Tenho um amigo com quem gosto muito de conversar mas ele está sempre muito ocupado, quando nos podemos encontrar ele brincando, diz que me vai meter na calendarização da sua agenda. Esta situação baseada num facto real, foi o mote para este poste
Agenda - Olá querida, por aqui outra vez?
A Chata – É verdade,
venho ver se tens por aí uma vaga para
eu poder “entrar”.
Agenda – Hummm! Não me
parece mas vou confirmar! Não, nadinha, estou super preenchida para hoje!
A Chata – Já estou
habituada mas, … vou insistir, nem uma nesguinha muito pequenina?
A Agenda – Nem isso!
A Chata – Tens mesmo a
certeza, arranja-me uma vagazita e eu faço-te um lindíssimo marcador, também
posso forrar-te com um belo tecido, padrão quase único, mais … posso ser eu a
criar o padrão, sei pintar em tecido… “vestida” por mim ficarás a parecer uma top model sem paralelo
na nossa galáxia…
A Agenda – Estás a querer comprar-me? Tu que pregas a
honestidade acima de tudo?
A Chata – Pois! Sabes,
neste momento já não sei bem o que faço, nem o que fazer! Gostava tanto de ter
um bocadinho entre as tuas marcações, o tempo urge e eu sou muito impulsiva, ando
a preparar “isto” (Gostas? É segredo!), há mais de três semanas, só na 4ªfeira
ficou pronto e mesmo assim nesse dia ainda tive que decidir como ficava o
invólucro. Adorava que no Natal isto estivesse nas mãos “dele”.
A Agenda – És uma chata,
mas também és uma querida, deixa-me consultar melhor as minhas notas.
Entretanto devo dizer-te que prescindo do que me ofereceste, não acredito
que “ele” gostasse de me ver vestida …
ele gosta de me ver ao natural!
A Chata – Tu sabes muito…
mas és boa em guardar segredos, aliás é o que uma prestigiada agenda deve fazer
em relação ao seu dono, não revelar o que preenche a calendarização.
A Agenda – Encontrei um "micro buraco
de verme” (1) entre duas “obrigações”, aceitas esta solução?
A Chata – Iupi! Então não
“houvera” de aceitar! Vou numa corrida! Coloca lá o meu nome! Abracinho,
abracinho, até breve…
(1) buraco do verme, buraco da minhoca ou wormhole é um caminho hipotético, um atalho através do espaço e do tempo (considerado válido pela relatividade geral). Em analogia pode-se exemplificar com uma lagarta que fura uma maçã de um lado ao outro (um atalho) em vez de andar rastejando por toda a casca até encontrar o ponto que quer.