Há quase um ano registei o que sentia deste “jeito”.
Ontem verifiquei que muitas coisas mudaram. Fui pela primeira vez relembrar o prazer de “habitar” a minha praia, voltar a pisar a areia, sentir o sol a aquecer o meu corpo, observar o vai e vem das ondas, … com alguém que entrou inesperadamente na minha vida há três meses. O homem que neste momento me oferece o peito para repousar a minha cabeça cheia de sonhos, que me abraça com ternura, … não é o mesmo.
Ontem verifiquei que muitas coisas mudaram. Fui pela primeira vez relembrar o prazer de “habitar” a minha praia, voltar a pisar a areia, sentir o sol a aquecer o meu corpo, observar o vai e vem das ondas, … com alguém que entrou inesperadamente na minha vida há três meses. O homem que neste momento me oferece o peito para repousar a minha cabeça cheia de sonhos, que me abraça com ternura, … não é o mesmo.
O homem da “minha praia” continua a viver no meu coração mas já não me pode abraçar…Relembro-o com amor e saudade, revejo-o nos filhos e netos que tivemos em comum, nada mudou em relação ao que sentia por ele, mas a minha vida tomou um rumo totalmente diferente.
“Vivo” a praia de outro modo.
Com aquele que hoje está ao meu lado, estive só na praia, sem crianças, embora elas existam nas nossas vidas que, durante muitos anos, foram totalmente vividas em mundos diferentes.
Desenhámos um coração muito diferente dos do passado, nele apenas ficaram gravadas duas iniciais esperando que fossem apagadas com a subida da maré.
O mar é o mesmo… estava tranquilo, nada zangado. Nele mergulhámos e brincámos como se tivéssemos renascido na idade dos nossos netos…Sonhámos em uníssono com as paragens longínquas que estão para lá da linha do horizonte…Observámos um veleiro e sentimo-nos transportados nele… "Programámos" viagens a realizar brevemente...
Como é bom ainda termos projectos de vida a dois na nossa idade…