(Continuação da INDECISÃO)
Entretanto ela como não tinha conseguido
chamar o senhor do sono, decidira continuar a leitura do livro que iniciara no
dia anterior…mas as palavras que lhe passavam pelos olhos não lhe chegavam ao
cérebro. Pensava na última conversa que tivera com ele sobre a suspeita, que
passava de boca em boca na aldeia, de que por ali estavam a viver vários
elementos de um grupo de terroristas muitíssimo perigosos, matavam quem quer
que pudesse ser uma ameaça para a sua segurança. Ele não dera grande
importância ao aviso, até lhe dissera que provavelmente andava a ler muitas
histórias da carochinha, num local bucólico como aquele, essa suspeita não
assentava.
Esta conversa tinha acontecido há quase
oito dias e ela nunca mais tinha tido nenhum contacto com ele. Que lhe teria
acontecido? Estaria zangado?
Ele para não a assustar, bateu levemente
na vidraça, ela fez um gesto a indicar-lhe a porta e dirigiu-se também
para lá…Abriu-a e recebeu-o de braços abertos e ele disse-lhe: “Não digas nada,
abraça-me apenas…” (sugestão da Pitanga Doce adaptada)
Abraçados entraram na sala e enquanto a
conduzia abraçando-a com o braço esquerdo, apunhalava-a com a mão direita, e sussurrava-lhe ao ouvido: nunca deixo ninguém que me possa reconhecer ficar
para trás e tu minha querida sabes de mais!