quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

VOTOS PARA O MUNDO INTEIRO

QUE OS NOSSOS VOTOS PERCORRAM O MUNDO INTEIRO




SOMOS UM GRUPO DE BLOGUEIRAS/OS QUE ESCREVEMOS EM CONJUNTO OS MELHORES VOTOS PARA 2011.
GOSTÁVAMOS QUE ELES FOSSEM PARAR, SE POSSÍVEL, A CADA UM DOS CONTINENTES, NUMA ONDA DE PAZ, SOLIDARIEDADE E SOBRETUDO AMIZADE.

QUE CADA UM AO LER ESTAS LINHAS QUE SEGUEM AS PASSE A OUTROS AMIGOS, E ESTES AINDA A OUTROS ... PARA QUE DE MÃO EM MÃO ATINJAMOS O NOSSO OBJECTIVO.

ÀS PESSOAS QUE NOS RECEBEREM NA EUROPA, ÁSIA, AFRICA, AMÉRICA E OCEANIA, PEDIMOS QUE NOS DÊEM REFLEXO DISSO, PARA QUE TENHAMOS A NOÇÃO DO QUÃO LONGE FOI A NOSSA MENSAGEM.

BOM ANO 2011

lICAS


Está a terminar mais um ano no qual se viveram sonhos, alegrias, tristezas, sorrisos, vitórias, conquistas, desânimos e muito mais.Foi o viver ao máximo cada momento, para que hoje possamos dizer-lhe adeus com emoção-

É hora de pensarmos no próximo 2011 e que nele possamos realizar os nossos projetos com saúde e determinação. O Ano Novo oferece-nos um recomeço e é seguramente uma oportunidade para deixar no passado, tudo o que dele não nos convém, não nos serve ou não nos dignifica. Deitemos então fora tudo o que não presta, tudo o que não queremos na nossa vida.

Tudo o que for possível para reinventar, que o façamos com alegria, projectando-nos no outro, estendendo a nossa mão quente de certezas a quem a tem fria...E... CORRIGIR OS ERROS, TENTANDO DIA-A-DIA DEPURAR AS QUALIDADES DO SER, PARA QUE O MUNDO... se olhe a si próprio. E agora, Ano Novo, também ano Onze, que és número primo e capicua, escuta: Vou ali acima buscar umas mãos frias, com elas pego nas tuas para o caminhar que nos espera. São doze meses de um andar lado a lado. Não esperes pelo fim para aqueceres as mãos frias, pelo menos amorna-as já!

Não sei se de um primo vem bom casamento, mas como és capicua, diz a gente do meu povo que poderás ser número de boa sorte. Como sou pedaço de povo, embora pequeno, não te peço que a sorte que tenhas para dar seja assim tão grande. Apenas quero que me dês um mundo sem crianças a chorar de fome. Se achas que é pedir muito, ficas já saber que te riscarei do meu calendário, irei procurar outro primo, assim mais ao jeito da gente.Não queres? Então diz lá como vai ser mas... não te permito deslizes iguais a tantos outros de anos anteriores. Desastres já tivemos muitos. Maus políticos nem é bom falar. Peço-te, encarecidamente que nos tragas a lucidez aos homens e abundância de recursos para mitigar e ... deixarmos a esperança entrar no nosso coração! deixarmos que momentos nos gravem a felicidade, para que quando entrarmos em 2012 digamos adeus a 2011 com saudade! as palavras que escrevemos que continuem a selar a emoção, a emoção com que abrimos os braços ao novo ano que chega como quem deita acima um feixe de espigas, carregando aos ombros um novo tempo por onde o nosso coração vai fazer caminho que queremos bordado por alegrias e que as lágrimas sejam levadas pelo vento.

Que deixes os olhos brilharem reflectindo a luz das estrelas, faz com que os lábios sorriam porque os homens conseguiram encontrar o amor, a ternura, a compreensão, a bondade,nascendo como se fossem flores campestres que floriram naturalmente. E tal como as flores que florescem naturalmente que natural seja o teu "saber" para o saberes distribuir. Que brilhes tanto, que os homens sejam obrigados a fechar os olhos para pensarem, e do seu pensar nasça um mundo novo, com novas fronteiras, tecidas em tecido de esperança e bordadas com linhas de paz. Podem ser debruadas com várias cores que a todos agradem e já agora que sejam rematadas com carinho, que a todos chegue na hora certa, sem medida e sem espera de recompensa. Que todos estejamos abertos a novas amizades, mas que saibamos conservar as antigas, como relíquias intocáveis para que possamos fazer do Mundo um Mundo melhor.

Que as pequenas coisas, como o ódio, a inveja ... sejam paradas no momento do seu nascimento.

Que o perdão e a compreensão superem as amarguras e desavenças e que façamos de cada dia um dia melhor, cheio de sorrisos e de sol, para termos um amanhã diferente.Os tempos são diferentes! E nós, que acompanhamos os tempos, estamos sujeitos e aprisionados às modas e aos modos de viver e sentir as manifestações de cada época, de cada ano.Façamos a nossa reflexão no virar de 2010 e estejamos todos cheios de atenções, preocupações e muito humanismo à mistura.O mais importante é sermos mais nós e estarmos atentos às nossas mudanças, enquanto o mundo muda também.

Que 2011 seja manso no arranhar da dor, farto no amor e abundante na tolerância e na aceitação do frio e do calor, da chuva e da lágrima, do riso e da gargalhada.Que os nossos sonhos tenham raízes na solenidade deste começo, vivido com distância, discernimento, lucidez para relativizarmos o que é relativo, desdramatizarmos o que é aparentemente trágico e entoarmos a esperança no coral das nossas almas vitoriosas, que se levantam e gritam a uma só voz que está dentro de cada ser humano a força necessária para iniciarem um novo caminho, onde haja perdão, amor, união e um sorriso para todos.

Que o 2011 seja o ano de grandes descobertas interiores, que tenhamos coragem de seguir a nossa intuição, de viver e manifestar aquilo que somos e nos faz feliz e deixar para trás as nossas programações que muitas vezes nos fazem sofrer.

Que 2011 seja o ano do verdadeiro Amor, para sermos capazes de viver em verdadeira união com a nossa essência divina e descobrimos que cada um tem uma missão a cumprir para que um mundo novo renasça mais forte, mais justo,mas que se repitam também no novo ano os momentos de calor, afecto e felicidade que nos aqueceram no ano que acaba.

Num ano(2011) que se prevê muito difícil em Portugal, que haja forçaem cada um de nós para superar e ajudar os que estiverem pior que nós. Que seja um ano de luz em nós...Que o branco possa preenchera nossa alma,para podermos ver essa luz que existe dentro de nós e reconhecermos finalmente que todos somos seres divinos e que todos merecemos ser respeitados e felizes.

Que 2011 nos dê a sabedoria para unirmos a nossa mente ao nosso coração e assim podermos viver mais em função do SER do que do TER, valorizando o que o “velhinho”, com 365 dias, apesar de tudo nos proporcionou de bom. Algumas saudade,s o Ano Velho deixará, por certo; mas o seu substituto, o Ano Novo, tão pequenino, tão frágil, tão necessitado de protecção, precisa ser tratado com muito Amor e carinho, depositando nele a Esperança de que venha a ser o Melhor Ano de Sempre, para o que nos angustia, se possa transformar em alegrias conquistadas com determinação e entusiasmo.Nem sempre as profecias se cumprem... e, a união faz a força. Se todos remarmos para o mesmo lado, o barco da vida avançará com a mesma tranquilidade de sempre e poderemos então ser mais felizes. Recebermos com os braços abertos e um sorriso nos lábios o novo ano e tratá-lo com toda a delicadeza em cada momento...e que cada momento seja o de um gesto tão simples como o de sermos solidários e fraternos.

Que essa sinceridade nasça pequenina como o ano novo, para que passo a passo, dia a dia, vá fortalecendo as suas raízes onde deverão abundar sabedoria, paciência, determinação, ternura e uma luz renovada que brilhe nos corações dos homens e que a felicidade não paire só no ar, que envolva principalmente as crianças, que estas se sintam permanentemente respeitadas, amadas e cuidadas.

E que o Mundo Informático em todas as suas vertentes, deixe as estradas do desconforto, da má língua, do despudor, da intriga, da inveja e se transforme na Grande Auto-Estrada da Harmonia, da Cultura, da Educação, dos Valores e Bons Costumes.Que todos nós sejamos os Arautos da Paz e da Consciencialização.

A TODOS UM BOM 2011 Licas, Teresa Hoffbauer, Ná, Acácia Rubra,Manuela Freitas, Carlos Albuquerque, Tité, Gisela,Graça Pereira, Isabel, Maria Teresa, Quica,Mª José Areal, Canduxa, Gabi, Irene, Mariazita, Silenciosamente ouvindo

PS- Colaborei na feitura desta mensagem. A mentora foi a Licas e as pequenas frases originais podem ser consultadas no seu blogue, cujo link é: http://licas-ontemehoje.blogspot.com/

Nota:Peço desculpa a quem comentou antes das 23.30horas, o texto foi reorganizado e só por acaso eu dei por isso. Agora está como aparece no blogue da Licas.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

NON STOP

Há mais de uma semana que tinham combinado o dia e a hora em que iriam reencontrar-se, viviam longe um do outro mas a distância não era muito difícil de se transpor, não viviam ainda juntos porque os filhos dele acorrentavam-no, ele ainda não tinha tido coragem para falar nela.
Desta vez era ela que iria deslocar-se. Na véspera da partida, telefonicamente, confessou-lhe que se sentia um pouco inquieta, num desassossego que não fazia sentido. Ele acalmou-a com palavras ternas, assegurando que iam falar sobre o futuro próximo de ambos.
Na pousada onde ficou alojada, perto da hora combinada, ela sentia-se impaciente, uma certa ansiedade, causava-lhe as tais “borboletas no estômago” de que tanto ouvia falar. Procurou disfarçar essa ansiedade, sentando-se num dos sofás de uma pequena sala muito confortável, primorosa mas sobriamente mobilada, tentou descontrair-se observando o ambiente que a rodeava.
Faltavam cerca de 10 minutos para a hora marcada e ela pensava: “Virá! Não virá! Já tantas vezes faltou a encontros!”. Tinha esperança de que desta vez nenhum contratempo alterasse o combinado.
Como ela desejava ouvi-lo! Saber o que ele tinha decidido para o futuro dos dois.
Ouvia carros chegarem e partirem do parque de estacionamento, mas os sons nada lhe diziam, até que o coração acelerou um pouco mais, tinha que ser aquele, a hora era aquela…e na porta ele surgiu… a sala iluminou-se e o rosto dela também, não porque ele fosse um homem bonito mas porque é dono de um “it” que faz com que se olhe para ele num segundo olhar. Em sintonia dirigiram-se um para o outro, ele beijou-lhe a mão e ambos partiram pela noite dentro, numa viagem “não stop”, como estava combinado, através das ruas desertas da cidade, ao longo da margem do rio bem visível, num jogo de sombras e luzes. O rio estava lindo servindo de espelho à cidade idilicamente iluminada! A cidade mirava-se no rio!
Que bela cidade, que belo passeio! Ele falou muito, uniu histórias e tornou-as mais verosímeis. Ela estava feliz! Tão feliz! Recusava-se a ouvir todas as palavras. Sentia que aquele momento não era real, que o podia prolongar para sempre, ela desejava que se prolongasse, para tal bastava uma pequena frase, uma simples frase da parte dele mas que valeria mais do que um dote de ouro e pedrarias e aquele passeio tornar-se-ia um conto de fadas, em que “o princípe e a princesa” se encontram e são felizes para sempre…
Os minutos foram passando, entre eles não houve silêncios perturbadores!
A viagem “não stop” tinha que terminar, ela foi reconduzida ao lugar de partida, ele não ia ficar e ela não ficou surpreendida, estava como que adormecida, a frase: “fica comigo”, não foi pronunciada. Trocarem alguns beijos, beijos controlados, beijos de despedida… o “romance” terminava ali! O parecer dos filhos era superior ao amor que ele sentia por ela!
Nunca mais se voltaram a encontrar! Aquela foi a última vez que estiveram juntos e afastados num sonho em que o amor era a personagem principal…
A verdade inesperada circundava-a como se estivesse a ser violentamente abraçada, por braços de ferro, não por aqueles braços a que se tinha habituado, o coração rasgou-se no peito, sangrou, sangrou tanto, que hoje está vazio de sonhos, …!

domingo, 26 de dezembro de 2010

AGRADECIMENTO

QUERIDOS AMIGOS

Estou-vos muito grata por todos os votos que me endereçaram, retribuo-os em “triplicado” e deixo-vos com outro dos meus presépios, este foi executado por cinco jovens, com graves problemas comportamentais mas muito abertos a um repensar no alterar esse modo de estar na vida. O professor de Trabalhos Manuais esteve por detrás desta criação.
Senti-me e continuo a sentir-me muito honrada e orgulhosa, como devem calcular, por ter sido digna de receber uma “prenda” com este significado.

BEM-HAJAM POR ESTAREM SEMPRE DESSE LADO!
BEIJINHOS EMBRULHADOS PARA TODOS, DESTA VEZ COM SABOR A DOCES DE NATAL!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

PARTILHA

AMIGOS, nesta altura em que todos, de um modo ou de outro, nos preparamos para comemorar mais um NATAL, venho partilhar convosco, esta peça da minha colecção de presépios, aquela que “esconde” um afecto enorme, foi-me oferecida por uma Amiga, uma mulher de coragem, dádiva, solidariedade, … dedicada de tal modo aos outros, que me faz sentir muito honrada por me ter também agraciado com a sua AMIZADE.

Presépio criado por Antonieta Roque Gameiro


Independentemente do que o NATAL simbolize para cada um de nós, uma certeza eu tenho, para mim representa o NASCIMENTO de todas as CRIANÇAS. É um NASCIMENTO GLOBAL que eu comemoro.
As crianças da minha família são como todas as crianças, mas há uma enorme diferença, uma diferença que não pode deixar ninguém indiferente, porque muitas delas, infelizmente, não são tratados com o respeito, o conforto, a ternura e o amor com que estas minhas o são.

As CRIANÇAS têm DIREITOS! A vida é injusta! Juntemo-nos TODOS e façamos o que estiver ao nosso alcance, para que "essa vida" seja mais justa! Nas crianças está o futuro da humanidade!


Que o vosso NATAL vos traga o que de BOM desejarem!

BEIJINHOS EMBRULHADOS PARA TODOS! ESTÃO NO MEU CORAÇÃO!
FELIZ NATAL!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

FOI NO NATAL...

Acordou com a quebra do silêncio a que estava habituada. Sorriu, lembrou-se do dia que raiara ainda não há muito…era véspera de Natal. Os sons provinham da cozinha, a filha que vivia com ela já devia ter começado a tratar do pequeno-almoço. Aninhou-se nos lençóis, iria ajudar mas podia ficar um pouco mais na modorra que actualmente a invadia quando despertava, queria sonhar acordada com a neta mais velha que não via há quase um ano.
O casamento com um homem de outra nacionalidade tinha-a levado para longe, não a conseguira visitar porque para o fazer já precisava de companhia. Quase todos os dias ouvia a sua voz, conversavam um pouco, minoravam saudades, trocavam confidências …
Nesse dia iria ter o prazer da companhia do casal, dormiriam debaixo do mesmo tecto e essa ideia fazia-a sentir-se mais feliz, era uma mulher realizada, … como ansiava por abraçá-los!
Acabou por afastar os lençóis e pousar os pés descalços sobre o tapete felpudo colocado ao lado da cama.
Durante o dia a azáfama foi crescendo tal como os aromas quentes que iam envolvendo a casa, os outros filhos, noras, genros e netos foram chegando e uma cacofonia com sons que não a incomodavam, invadiu o espaço. Como gostava daquela confusão, sentia-se amada e útil, ainda dava “ordens”: “não ponhas tanto açúcar”, “bate mais um pouco”, “essa massa está lassa”, “cuidado podes queimar-te…
O dia foi longo mas passou rapidamente, a Ana e o marido ainda não tinham chegado, o voo estava atrasado… Tinham que esperar um pouco mais.
Apercebeu-se que havia palavras sussuradas que os seus ouvidos, embora funcionando na perfeição, não entendiam. Sorrisos cúmplices, piscadelas de olhos, … sentiu que havia um “mistério” no ar, isso divertiu-a, em Natais passados era costume pregarem-se partidas…
A mesa para a Consoada estava divinal, as mulheres da família, eram excelentes cozinheiras e decoradoras, não o faziam no seu dia-a-dia mas para uma comemoração de família dispensavam a presença de uma profissional. Tudo era feito com AMOR e por AMOR.

O Sol já estava num sono profundo quando de repente todos saem em corrida, deixou-se ficar sentada, sozinha, no cadeirão perto da lareira da sala onde se instalara, numa espera serena, com o coração cheio de ternura, de amor, de felicidade, … era a guardiã dos embrulhos que repousavam aos pés do grande pinheiro, feérico mas nada envergonhado com a sua maquilhagem, como afirmou a um dos netos.
O silêncio invadiu a casa, o coração continuou a bater ritmadamente, ouviu um ligeiro restolhar atrás de si, não se voltou, aguardou com serenidade o segundo próximo…o silêncio foi quebrado pelo vagido de uma criança, a neta surgiu no seu campo de visão e sem palavras com um sorriso que lhe iluminava todo o rosto, colocou-lhe no regaço o seu primeiro bisneto…

sábado, 18 de dezembro de 2010

DOÇURA OU DIABRURA LXV

Tic-tac, tic-tac … inexoravelmente os ponteiros do tempo vão percorrendo um caminho infinito e fazem-me pensar: haverá um finito no infinito?
Seja qual for a resposta, uma certeza tenho, estou a lançar para a blogosfera mais uma Doçura ou Diabrura.

O Ciclo dos Amantes de Auguste Rodin (1840-1917)

SENSUALIDADE
Tua boca faz florir tudo o que beijas
Sinto os teus lábios trémulos nos meus,
Se em mim esta loucura tu desejas
Quero perdidamente beijar os lábios teus

Vem meu amor esquece a desventura
Esse inferno de ilusões perdidas,
Minhas mãos são pétalas de ternura
E os teus olhos um sonho em duas vidas

Prende-me toda até ficar esquecida
De que existe o mundo a terra o céu,
Em ânsia febril me sentir perdida
Num só abraço, teu corpo no meu!
Maria de Deus e Melo, in Raízes do Ser (Universitária Editora)



BOM FIM-DE-SEMANA PARA TODOS!

UMA SEMANA QUE TERMINA E OUTRA QUE SE INICIA, UMA SEMANA EM QUE MUITOS VÃO ESTAR MAIS PERTO DOS QUE AMAM, FAÇAM DESSE (RE) ENCONTRO UMA ENORME FESTA!

BEIJINHOS EMBRULHADOS PARA TODOS! ESPECIALMENTE PARA TI MEU AMIGO! SIM! PARA TI!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

DISPERSÃO

Estou sentada em frente ao computador, uma “peça” tão importante para mim nesta fase da minha vida, ela leva-me rapidamente a amigos, conhecidos e desconhecidos, liga-me com um simples carregar de botões ao Mundo. A minha mente fervilha de ideias, preciso de arrumá-las, de encontrar um fiozinho de lã de um novelo muitíssimo emaranhado para escrever um texto que diga algo, que não seja muito confuso até para mim. Se estivesse a escrever à mão, como num passado ainda próximo fazia, ao reler o que tinha escrito, muitas vezes, não sabia interpretar o que lá estava registado, nem sequer conseguia perceber algumas palavras.
Ideias confusas, ideias dispersas, (desarrumadas sei que estão), sentimentos mesclados de prazer, de mágoa, de certezas, de incertezas, … esta “peça” trouxe até mim muita alegria mas também muita tristeza, notícias boas, notícias más, … Será que a amo? Será que a odeio? Que disparate! A “peça” não tem culpa! A culpa é dos homens, de todos nós, que ou porque não sabemos, não queremos, não nos esforçamos, não permitimos, … com que o que nos rodeia se torne melhor.
Vou “saltar” para o prazer que me invade quando “vejo” imagens gravadas nesta “peça” quer seja em fotos captadas ao sabor de um momento de inspiração, quer nas palavras lindas de testemunhos de vida, de desvendar de almas, de subtilezas, de humor, de poesia, … nos cantinhos de todos os que leio com imensa curiosidade.

Para todos que ajudam a tornar os meu dias mais risonhos (eles já são risonhos, não fiquem preocupados) um enorme OBRIGADA por terem entrado na minha vida (e eu tenha tido o discernimento de o permitir).

Nota: Eu avisei que o texto talvez saísse um pouco confuso!
Estou um bocadinho lamechas, deve ser da quadra que estamos atravessando…

domingo, 12 de dezembro de 2010

IDOSO OU VELHO

A propósito destas duas palavras, idoso e velho, que o dicionário indica como tendo o mesmo significado, recebi um e-mail de que gostei bastante. Nele vinham indicadas várias diferenças, do acordo com o ponto de vista como uns e outros encaram a vida. Vejamos se sou capaz de as reproduzir:

IDOSO ou VELHO, ambos atingiram o Inverno da Vida!

IDOSA é uma pessoa que ainda sonha, que ainda aprende, que pratica exercício físico, que preenche um calendário onde contempla o amanhã, que se sente feliz por ainda viver uma vida produtiva e por ter adquirido alguma experiência, é uma ponte entre o passado e o presente.
O IDOSO renova-se todos os dias, coloca os olhos no horizonte onde o sol desponta e a esperança renasce, tem planos, aprecia a vida, moderniza-se, gosta de interagir com os jovens, procura compreender a sociedade actual, leva uma vida activa cheia de projectos.

No IDOSO as rugas são bonitas porque foram esculpidas pelo sorriso!


VELHO é uma pessoa que perdeu a joavilidade, dormita, não se interessa por aprender, no seu calendário só existem ontens, carrega como um fardo o peso dos anos, transmite pessimismo e desilusão, para ele não existe ponte entre o passado e o futuro, apenas existe um fosso.
O VELHO tem saudades e sofre com a aproximação da morte, estagna no tempo, fecha-se numa concha e recusa a modernidade, adormece sobre o vazio da sua vida e as suas horas são destituídas de sentido.

No VELHO as rugas são feias porque foram esculpidas pela amargura!

IDOSO e VELHO são duas pessoas que até podem ter a mesma idade cronológica mas têm idades muito diferentes na alma e no coração.

Eu sou IDOSA!

Nota: Parte do texto foi adaptado do e-mail que recebi e o original vinha com indicação de autor desconhecido.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

DOÇURA OU DIABRURA LXIV

Lá vai uma, lá vão duas, lá vão três … semanas a voar!
O dia de Natal aproxima-se vertiginosamente, este ano felizmente, a euforia das compras não me atacou … se pensarmos bem é um fogo-fátuo.
Mas ataca-me a vontade de escrever mais uma Doçura ou Diabrura.
Falemos pois de amores ou desamores.



Desenho de Gustav Klimt (1862-1918)

PEDAÇOS DE VIDA
O meu corpo que nada te diz
Tem a grandeza do infinito,
Sublimada num só grito!
O meu corpo que é amor,
Prazer … loucura …
Para ti é tortura,
Indiferença compadecida.
Sem quimeras sem ideal,
Sobre a minha carne maternal
Gemes de gozo de prazer,
Pensando noutra mulher
A quem dás esperma, amor, vida!
Pedaços de mim, de ti que vão surgindo
Pobre loucura, beijos queimando a alma nua,
Possuires-me sem sentires que vou fugindo
Que nunca poderei amor, ser tua!...
Maria de Deus Matos e Melo, in “Raízes do Ser” (Universitária Editora)

PARA TODOS UM FIM-DE-SEMANA MUITO CALMO, ESTAMOS NUMA ÉPOCA DE MEDITAÇÃO, DE AMOR, DE FRATERNIDADE, ... HÁ MUITOS A PRECISAREM QUE ESTA ÉPOCA SE PROLONGUE PELO NOVO ANO QUE ESTÁ PRESTES A SURGIR...

BEIJINHOS EMBRULHADOS PARA TODOS! ESPECIALMENTE PARA TI!


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O TOMBO

O Sol dá início às despedidas, está na hora de se ir deitar e de permitir o realçar do sublime esplendor da Lua com a sua face bem visível e gorduchinha.
Ele sai para a rua, passo ágil, pujante numa idade de adulto quase a entrar na meia-idade, vai altivo e com garbo, num aprumo aprendido alguns anos antes, na prática de ginástica de alta competição.
Atravessa a estrada num local não assinalado para os peões. O asfalto está danificado, os homens que no dia anterior ainda por ali andaram, deixaram um buraco em forma de rego, não o detecta, o pé esquerdo fica lá preso, cai de quatro. Apressa-se a levantar-se e coxeando procura abrigo na ”ilha” separadora da via. O pé vem descalço! Após uma pequena espera, aproveitando uma pequena abertura no trânsito, ele corre para recuperar o despojo que ficou para trás aquando do trambolhão.
“Ainda bem que não está ninguém a ver, caso contrário teria que “esganar” essa testemunha!” pensa ele, divertido com a figura caricata que está a viver.
Sapato calçado, volta a iniciar a caminhada, já do outro lado da estrada, da penumbra sai uma voz:”Que grande tombo!”
Sorri dá uma resposta grunhida e continua a sua caminhada, com menos garbo porque a dor no joelho o inibe.

O dono da voz nunca chega a saber o perigo que correu, nem sonha como esteve prestes ser “estrangulado”, ainda que apenas em pensamento!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

DOÇURA OU DIABRURA LXIII

Semana curta que me baralhou um pouco (actualmente não é preciso muito para ficar nesse estado, começo a parecer-me com uma barata pulverizada com dum-dum) mas produtiva, dediquei-me à elaboração de beijinhos embrulhados, gosto de o fazer, dou umas horas de mim neste trabalho que não me cansa … a vida, essa sim, têm-me presenteado com situações inesperadas e que me magoam os braços de tanto remar e de não conseguir sair do mesmo local que, ainda por cima, não é nada aprazível.



QUATRO PÉTALAS

A primeira,
lança-a ao mar
e transportará nossos sonhos,
até onde o mar é mais azul
e o céu mais verde.
Põe uma no teu diário,
entre a folha de todos os dias,
marcará aqueles em que te amo .
Outra,
atira-a ao vento,
cairá a teus pés
e serão duas pétalas…
A que resta,
havemos de apertá-la
entre as nossas mãos,
será
raiz-caule-flor,
fruto do amor
será amor.
João Martins Alves, in Intemporal (Editorial Minerva)


PARA MIM, ESTE FIM-DE-SEMANA QUE SE AVIZINHA VAI ESTAR IMENSAMENTE PREENCHIDO: VISITA A UMA CASA MUSEU, UM ALMOÇO DE AMIGOS, UMA IDA AO SÃO CARLOS, ADMIRAR JOAQUÍN CORTÉS,… (começo a ficar cansada por ter um programa tão vasto e tão promissor!)

PARA TODOS VÓS, QUE POR AQUI VÃO PASSANDO, E ALGUNS VÂO DEIXANDO UM BOCADINHO DE SI MESMOS, UM MARAVILHOOOOOOOSO FIM-DE-SEMANA QUE, PARA ALGUNS, (aqui estou incluída) SE VAI PROLONGAR POR MAIS UNS DIAS.

BEIJINHOS EMBRULHADOS PARA TODOS! ESPECIALMENTE PARA TI! SIM PARA TI!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O NATAL E O CALENDÁRIO

Na quadra natalícia de 2009 escrevi um texto, que podem ler aqui, sobre os calendários do advento, e “mostrei” o Calendário do Advento da minha neta.

Neste post apresento-vos o do meu neto.
Não vou repetir o que disse no ano passado, alguns de vós certamente irão ler o que escrevi há um ano, no dia 24 de Novembro.


Hoje é a primeira noite até à do dia 24 deste mês, que cada um dos saquinhos vai ser aberto.
Nos sacos deste calendário e nas “casinhas” do calendário da pequenota, vai “colado” aquilo que os Beijinhos Embrulhados representam e a finalidade com que surgiram na blogosfera, nesta época natalícia, dedico-os prioritariamente aos meus netos.

Nota: a fotografia não está muito boa, ele é muito mais bonito ao natural, e não o digo por ter sido obra minha, não está torto como aparenta na imagem, o "pai natal" tem os olhos e a boca bordados, os saquinhos estão numerados,..
SOLIDARIEDADE É SEMPRE A PALAVRA DE ORDEM ! NESTE MÊS DEVE SER PRATICADA A REDOBRAR (já que não pode ser sempre assim)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

PROFESSORES

Porque gostei muito deste texto, que me chegou por e-mail, vou partilhá-lo com todos vós. Vou transcrevê-lo com a respectiva imagem porque não sou capaz de fazer de outra maneira.

“os homens precisam de mimos

A professor é brava

Eu ainda não tive o prazer de conhecer pessoalmente a nova professor da minha filha mais velha, mas já gosto dela por antecipação. Três dias depois de ter entrado para a primária, a Carolina declarou solenemente: “A minha professor é brava”. Brava?!?, perguntei eu. “Sim, brava. Ela não me deixa espreguiçar, ela não me deixa bochechar ( a Carolina queria dizer ´bocejar´), ela não me deixa beber água ( a Carolina queria dizer ´ela não me deixa interromper a aula para fazer o que me apetece´). É muito brava”.
Eu, que estava com algum receio de colocar a Carolina no ensino publico, respirei de alívio. “Ufa, parece que lhe saiu a professor certa”, comentei com a minha excelentíssima esposa. Receava que lhe tivesse calhado alguém que falasse com ela como a ministra Isabel Alçada falou connosco no famoso vídeo de início do ano lectivo: como se o nosso cérebro estivesse morto e todo o acto de aprendizagem tivesse de ser um desmesurado prazer.
A Carolina vinha de um infantário fantástico, que tem feito maravilhas pelos nossos filhos, mas onde era mais mimada do que o menino Jesus no presépio. Ora, chega uma fase na vida em que as crianças têm de perceber o que significa a disciplina, o esforço, a organização, o silêncio, o saber estar numa sala de aula, e toda uma vasta parafernália de actividades que não são tão agradáveis como comer Calippos de morango ou gerir o guarda-roupa das Pollys – mas que ainda assim são essenciais para viver em sociedade.
A minha filha está na idade certa para aprender que tem obrigação de gastar 20 minutos diários a fazer o trabalho de casa. Para perceber que uma irmã mais velha tem mais privilégios mas também mais deveres do que os seus irmãos. Para compreender que com muito poder vem mais responsabilidade (sábias palavras do tio do Homem-Aranha). É essencial que estes valores - que atribuem o devido mérito à liberdade e ao esforço individual – estejam alinhados entre a casa e a escola.
Isto nem sempre acontece. A nossa escola passou num piscar de olhos da palmada no rabo à palmada nas costas. Ninguém tem saudades da palmatória, mas quando perguntam aos pais o que eles mais desejam para a escola dos seus filhos, a resposta costuma ser esta: regras claras e maior exigência. Os professores bravos fazem muita falta. Hoje a Carolina protesta. Amanhã irá agradecer-lhe.”
João Miguel Tavares. Jornalista
jmtavares@cmjornal.pt



domingo, 28 de novembro de 2010

ÓBIDOS

Neste domingo também passei por Óbidos e como não podia deixar de ser, fui saborear uma ginjinha. Ginjinha bebida com a ajuda de uma minúscula chávena de chocolate que depois se mastiga. Gostava mais de a ter saboreado através de um cálice ou de um “copo de três”.
Quem se lembra do copo de três?
Este simples gesto de emborcar lentamente um niquinho de tão delicioso néctar foi perturbado com entrada intempestiva de uma horda de “bestas” com dois pés, eram mais de vinte homens e mulheres, pareciam animais que tinham acabado de ser soltos de um redil (faziam parte de uma excursão, verifiquei um bocadinho mais tarde). Empurravam-se, ululavam, diziam obscenidades, riam desbragadamente, … e eu fiquei pensando: “como é que se pode exigir boa educação a algumas crianças, quando se observam comportamentos como estes em adultos, alguns dos quais são certamente já pais?


Entretanto recordei a minha estada nesta linda vila, por esta altura do ano, já lá vão quatro anos. Fui com “parte” da família, o objectivo da visita era ver o “Óbidos Vila Natal”. Foi diferente, mas não preencheu as minhas expectativas, talvez porque a vi sem iluminação, vi-a de dia. À noite fiquei no alojamento porque a minha neta era muito pequenina e alguém tinha que ficar com ela. Quis tentar patinar no gelo, logo eu que nunca calcei uns patins, mas os adultos que me acompanhavam não me permitiram, eu nesse dia fui obediente, não quis que ninguém se zangasse…
Mas que “eles” foram uns desmancha-prazeres, isso foram!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

DOÇURA OU DIABRURA LXII

Uma semana cheia mas vazia…pouco produtiva, o mau tempo impediu-me de fazer milhentas coisas.
Esta coisa de estar sempre a acusar o tempo deve ser uma tara, o tempo não tem culpa nenhuma eu é que tenho, devia pensar em alternativas “gostosas”…
Saboroso, gostoso, agradável, é para mim escrever a Doçura ou Diabrura dos fins-de-semana.

Quadro da série AMANTES de NicolettaTomas (1963?)


POR QUE TE QUERO

Por que te quero?
Só por que te quero!
O meu sentir por ti
se manifesta.
Razões do coração
que é sincero
Que em ti vê a alegria,
a festa.
Um encontro fortuito
foi minha sorte!
Encontro poético,
Musa querida.
Trouxeste à minha vida
motivação mais forte
Éden de amor,
minha força, minha vida.
Que mudança em mim!
É outro o meu viver!
Um dia … dei por mim
a sentir-te em mim.
Enlevo amigo, mais sentido,
engrandeceu meu ser!
Reacendeu meu estro,
prazer sem fim!
Onde eu estiver…
Estarás comigo, sim.
José B
ranquinho, in INTEMPORAL (Editorial Minerva)


UMA SEMANA CORTADA AO MEIO! UMA SEMANA PARA SER VIVIDA EM PLENO! COMECEM JÁ NESTE FIM-DE SEMANA!
BEIJINHOS EMBRULHADOS PARA TODOS! ESPECIALMENTE PARA TI…AMIGO!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O GRITO

Quero gritar! E grito! Normalmente grito de alegria, de tristeza, de raiva, de revolta, de amor, de alerta…
Que interessa porque grito? Grito porque me apetece, porque me dá prazer, porque me alivia, porque me acalma, porque me tranforma, …
Sou um ser falante, logo um ser gritante! Uma conclusão digna de ser criada e repetida por aquelas cabecinhas pensadoras que surgem nas revistas cor-de-rosa, amarelas, verdes, com pintinhas, sem pintinhas ...


O Grito (1893) de Edvard Munch (norueguês).


Não se assustem com os meus gritos! Não são gritos de louca, por enquanto … são gritos de quem se sente amarrada pelo mau tempo, isso sim! Meu querido Verão (com o A.O. vai passar a ser verão) volta rapidamente… mas antes de ti pode vir a Primavera do antigamente. Ao Inverno vou recusar a entrada, tenho dito!
Este "amarranso" forçado levou-me a ver telejornais (sem comentários) coisa que não costumo fazer…pelo menos nos nossos 4 canais.
E… fiquei revoltada com a porcaria de jornalismo que se continua a fazer (há excepções que muito nos honram) e gritei!
Se gritar não tenho nada a perder! Pode ser que alguém oiça os meus gritos! Vou gritar não apenas por mim, mas também pelos outros … que se oiçam gritos de revolta contra as atrocidades que se cometem todos os dias, gritos contra a repressão da liberdade, contra a injúria, a calúnia, a corrupção, a mentira, … a desumanidade.
Começo a ficar demasiado perturbada, agora sim... podem chamar-me de louca!

Continuo a gritar mas de um modo silencioso, grito para dentro de mim mesma, sinto-me cansada, sem capacidade para continuar a colocar em palavras a revolta que me vai na alma…

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O MEU PUZZLE

A vida pode ser comparada a um puzzle! Esta ideia não é original, mas será que todas o são?

Pensei nesta analogia e consigo ver a minha assim. Um puzzle em que as peças foram colocadas uma a uma, umas vezes rapidamente, porque a percepção do local a que pertenciam era rápida, outras levaram anos-luz até preencherem o respectivo espacinho.
Noto, no entanto, algumas falhas, falta de peças, não as que ainda virão para o ir completando, mas aquelas que deviam ter sido colocadas há muito. Será que as perdi na voragem do tempo? Serão irrecuperáveis? Poderão ser substituídas por outras? Substituídas por outras não! Isso não! O que passou é passado e uma reconstituição de peças é, para mim, neste caso uma fraude, um engano, uma violação à própria peça. Talvez estejam na gaveta do esquecimento e o melhor é não as incomodar…



O “meu” puzzle é apelativo, atraí-me com a mesma intensidade com que a mosca é atraída pela teia, tem zonas com cores que nem o melhor pintor conseguiria reproduzir, mas também tem tons baços, difusos, cinzentos e negros…Essas peças quero arrancá-las, assusta-me o seu negrume…mas não consigo separá-las do todo, estão bem aderentes, como que sugadas pelas ventosas de um polvo gigante, mitológico até!
Vós, tu e eu, neste momento, continuamos lá, pequenas peças que todos os dias, pouco a pouco, o vão preenchendo! Interrogo-me, até quando? Para que pergunto, se não quero saber a resposta?

Muitas irão “desaparecer” e não estou a referir-me à “irmã da vida”*, estou a pensar nos caminhos que a vida percorre, com os desvios que faz e que levam a que muitas deixem de contribuir para dar continuidade à minha "obra".
Ela é um puzzle em construção, outras peças serão “adquiridas”, umas serão prodígios da Natureza, outra serão obras de um ser malévolo, estas últimas vou procurar não olhar muito para elas, vou tentar fechá-las à chave na gaveta do esquecimento… Conseguirei?

Tenho a certeza que há e haverá peças que ao deixarem de fazer parte da minha construção deixarão saudades, muitas mesmo!

*"irmã da vida" vi esta ideia no post de hoje do Carlos Albuquerque , "mexeu" comigo ...muito!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

PERVERSIDADE

A perversidade pode ser abordada de muitas maneiras. Eu vou divagar um pouco sobre “aquela” que tenho observado da parte de alguém que conheço. Aceito que me digam que o termo talvez seja muito forte para falar sobre uma “crueldade” camuflada exercida não fisicamente, mas é o termo que me ocorre depois das muitas ocorrências que tenho detectado.
Tenho lido um pouco sobre o tema e encontro descrições que retratam na perfeição o que penso e o que sinto.Tenho a consciência que todos nós de uma forma ou de outra, mas muito pontualmente e de consequências praticamente inóquas, já fomos “perversos”. Chega, no entanto, um momento em que essas pequenas agressões, quase sempre constantes, começam a tornar-se uma “anormalidade”.

Tela de Van Gogh (1853-1890)


O “pervertido” em causa, actua de uma forma dissimulada e com astúcia, seduz com intenção de manipular, de controlar quem o rodeia e fá-lo através da incitação sexual, e do “choro” (“vive” a contar desgraças), é muito agressivo para aqueles que não se deixam manipular, quase nunca leva em consideração os sentimentos alheios, é mentiroso e sabe mentir tão bem que consegue convencer as pessoas (algumas, não todas felizmente) de que está certo. É perito em usar a retórica, a demagogia e o apelo emocional na mentira para conseguir o que quer. É muito teatral, romanceia a sua própria vida, desafia regras morais e de ética e é muito gabarola nos seus feitos de cariz sexual.
Qual a finalidade deste tipo de “perversão”? O poder de dominar os outros, o mover-se invejando os desejos dos outros, …
São seres muito infelizes!


Coitados daqueles que se deixam apanhar nas redes de um indivíduo assim!

sábado, 20 de novembro de 2010

DOÇURA OU DIABRURA LXI

Neste momento devia estar a preparar-me para uma das minhas fugas, cá dentro, com a duração de uma semana, mas decidi não ir, embora tenha à minha espera um apartamento já pago, desde o início do ano. Porque não vou? Não sei bem! Componho, para mim mesma algumas razões: o meu filho ia acompanhar-me na minha viagem de ida, mas um imponderável aconteceu que lhe tirou a hipótese de ida, outras pessoas que o pudessem substituir ficariam lá toda a semana e isso não me interessa, quem me podia interessar está “preso”, preferia ficar uns dias sozinha, o pensar em “fazer a mala” desestabiliza-me, enfim ...“dá Deus as nozes a quem não tem dentes” (logo a mim que tenho a dentição completa). Estou “chata” é o que é! Comecei a ter as caturrices de quem está a caminho de ser septuagenária…
Vou deixar-me de instrospecções superficiais e passar ao prato principal do dia de hoje, a Doçura ou Diabrura.

Nascente do rio Lis (fonte Internet)



"Soneto 4"
Alma perturbada

Bem como se perturba a clara fonte
na agitação contínua da corrente,
a minha alma sossego não consente,
por mais que nos meus ais ânsias desconte.

De cuidado em cuidado, monte em monte
me leva este pesar que o peito sente,
sempre diviso aflita, descontente,
os princípios da luz pelo horizonte.

De quem vem este mal? Um mal tão claro
vem de um vago sentir que na alma pesa...
Amor! serás comigo sempre avaro?

Amor em mim é filho da tristeza!
Eu sinto o coração ao desamparo ....
Pune, oh Deus, pelas leis da natureza!
Marquesa de Alorna
1750 -1839

ATENÇÃO NÃO FAÇAM O QUE EU FIZ! SAIAM! DIVIRTAM-SE! APROVEITEM BEM ESTE FIM-DE-SEMANA! A CHUVA PARECE QUE ESTÁ NA FASE DE IR…
PARA TODOS OS MEUS BEIJINHOS EMBRULHADOS!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

SENTIRES

Nunca renegámos ser descendentes de intérpidos marinheiros que por “mares nunca dantes navegados” enfrentaram sempre as águas calmas ou revoltas.
Mesmo depois de todos os gritos de alerta, de que o nosso país ia estar sob a fúria destruidora de São Pedro, aventurámo-nos a enfrentá-la e partimos para o fim-de-semana tão desejado e esperado.
Excelente decisão!
Numa alegre e sã camaradagem, lá fomos afoitos dar cumprimento ao programa estabelecido, partimos com destino à Figueira da Foz, com passagem por Louriçal.
Louriçal com a sua Igreja e o seu Convento que alberga irmãs Clarissas, onde para além de se “sentir” a História e as histórias, tivemos oportunidade de contactar com os doces conventuais, não saindo de lá sem algumas mostras. Aqui, ouvi falar pela primeira vez de Madre Maria do Lado, santa ignorância a minha!
Figueira da Foz à vista e à nossa espera a simpática e gentil Violeta, que se tem dedicado empenhadamente na pesquisa da história desta cidade e que partilhou connosco, durante um bonito percurso a pé, pela zona antiga, muito do seu saber.
Agradável companhia, agradável passeata, agradável sensação de liberdade…
Não podíamos ficar para sempre neste local aprazível, houve que o trocar por outro, a travessia da Serra da Boa Viagem.

Serra da Boa Viagem (foto da net)

Que bela viagem! Desde a maravilhosa vista panorâmica da Figueira da Foz, das tonalidades do azul do rio Mondego, da imponência do Oceano Atlântico a beijar, muito ao longe, o firmamento, tudo ficou gravado na minha mente aberta ao belo e à Natureza. A vegetação também não deixou ninguém indiferente.
Indiferentes também não ficámos ao grito do nosso físico a precisar de alimento e assim, entrámos em Tentúgal! O controlador do tempo tinha avançado muito, estávamos mais do que atrasados, mas que interessava isso, se um opíparo repasto nos aguardava.
Depois do paladar veio a visão, a visão histórica e artística da região e a do modo como se manuseia a massa finíssima que envolve os doces e os salgados, tão característicos de Tentúgal.
Sem nos deslocarmos muito, encontrámo-nos com uma figura única, José Craveiro autodidacta, contador de histórias com base na História, que gosta de se ouvir e de ser ouvido, desviando-se muitas vezes do rumo traçado pelos historiadores.
Não podíamos sair de um local gastronomicamente tão doce sem saborearmos “uma delícia” e adquirir outras…
Novamente na Figueira da Foz! Embora nos sentíssemos a “rebentar “, de barriga cheia, a verdade é que todos jantámos com bastante prazer e alguns mais ousados ainda foram, depois da “janta”, beneficiar de um passeio pelo Bairro Novo desta cidade costeira.
Novo dia, continuação da jornada! Por vias que atravessam a zona verdejante do Paul do Taipal, entrámos em Montemor-o- Velho com o seu enorme e altaneiro castelo, muito bem conservado, a dominar toda a região, vista única sobre os arrozais e a vila. Nela nos deleitámos com um belo passeio pedestre ao mesmo tempo que ouvíamos a sua história e admirávamos a sua riqueza monumental.
Depois de mais um almoço, ” a parte gastronómica da região", a nossa perdição, demos um pulinho até Ançã e começámos a vislumbrar a “cereja sobre o bolo”.
A Fernanda que durante toda a viagem nos foi dando “pistas” preciosas e muito enriquecedoras sobre o que andávamos a conhecer, a admirar e a aprender, exprimiu-se eloquentemente sobre temas históricos, artísticos e culturais, falou de João de Ruão, de Filipe Hodart, de Nicolau de Chanterene, … de homens que muita obra deixaram espalhada, pelos caminhos que percorremos durante este curto fim-de-semana.
Os nossos olhos extasiaram-se com a visão de vários retábulos artisticamente talhados, na pedra da região a Pedra de Anção, em diferentes igrejas, detentores de riquíssimos pormenores, em que a História principalmente na sua vertente religiosa, ficou gravada até os homens querem e a Natureza permitir.
Antes do regresso ao nosso local de partida, na alameda que nos conduzia à Igreja de São Marcos, encontrámos o nosso fotógrafo de eleição, o Carlos Silva, que através de cliques a uma cadência alucinante, registou a nossa chegada e a nossa visita a esta igreja. Uma igreja repleta de estilos, devido às diferentes intervenções que foi tendo ao longo dos séculos.
O senhor do tempo tal como nós, não parou e avisou-nos: São horas de voltarem ao vosso quotidiano!
Obedientes, regressámos…!

Nota: Este texto, da minha autoria, foi publicado no Boletim Informativo do VCA (Vida, Cultura e Arte) uma associação da qual faço parte. A sua apresentação no original está mais documentada com fotografias. Este passeio realizou-se num fim-de-semana de Outubro deste ano.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

NUM DIA DE OUTONO

O Outono já comemorou a maioridade mas o dia está solarengo, à sombra sente-se um fio de frio. Ela adora o sol e pensa que o deve aproveitar enquanto os dias verdadeiramente cinzentos não se instalam.Vai buscar uma espreguiçadeira à arrecadação e verifica que a porta desta já não está a fechar bem, situação que se repete todos os anos por esta época, a madeira tal como os ossos das pessoas menos jovens como ela, ressentem-se com o descer das temperaturas.
Dirige-se para o fundo do jardim, local onde a vegetação rareia um pouco, ela gosta daquilo a que chama “jardins selvagens”, jardins com vegetação luxuriante, matizado pelas mãos da Natureza, não aprecia os demasiado bem tratados, aqueles em que o homem corta, apara, altera a direcção do crescimento natural, jardins planeados ao pormenor, simétricos…

Coloca a cadeira num local onde os raios solares ainda a vão poder acariciar durante umas duas horas, senta-se e dá continuidade à leitura do romance que anda a ler aos pedacinhos já há dois dias, não que o enredo não lhe interesse, mas porque se tem deixado perder em pensamentos plenos de saudade. Há mais de um mês que Ele não a visita, um longo mês em que não se viram, não se tocaram… Ela até compreende que tem que ser assim, ambos tinham uma vida já construída há que arrumá-la, aparar fios soltos, dar uns nós, desatar outros.

A leitura pouco avança, está distraída! Decidida marca a página e fecha o livro, coloca-o no colo, simultânea e deliberadamente cerra os olhos e acaba por dormitar a re-sonhar com momentos de felicidade que sentiu a dois.
Uma sensação indefinida fá-la despertar, não é sonho, sabe que está bem acordada! Ele está lá, parado no início do carreirinho que lhe dá acesso, olhando-a com a ternura que lhe é habitual, com os olhos e os lábios sorrindo. Ela não se mexe embora todo o seu ser queira que se erga, que corra, que os braços lhe envolvam o pescoço e as pernas lhe cinjam a cintura, não o faz porque tal tornou-se impossível, a sua agilidade física já não o permite. Enquanto ele lentamente se vai aproximando tal impulso deixa de fazer sentido, deixa de ser importante. Nenhum deles fala mas Ela percebe, sabe ler o silêncio, mesmo sem palavras sente que ele vem para ficar, desta vez, para sempre. ..
Ele estende-lhe a mão, ajuda-a a levanter-se, o livro cai mas isso não os perturba, puxa-a para si e enlaçam-se num amplexo apertado, ao fim de uns momentos, que pareceram séculos, as suas bocas encontram-se…

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

UM POUCO DE LAZER

Domingo dia de lazer para alguns, para mim todos os dias podem ser de lazer desde que eu queira muito, passado em locais por onde não passava há anos, muito perto da água: baía, mar e lagoa.
Fui almoçar a São Martinho do Porto, ao restaurante Caravela, do qual deixo aqui uma mostra do seu cartão, não para o promover, embora mereça porque o serviço é muito bom, mas porque a sua forma de “ovo” me despertou a atenção.
Enquanto degustávamos o alimento que reconfortava o nosso corpo, admirávamos a tão conhecida “concha”. Peixe grelhado como não podia deixar de ser …. À sobremesa pequei, pecámos!




Observar o mar do cimo das dunas altaneiras que protegem o local dos ventos mais ousados, foi uma bênção de tranquilidade e de bem estar anímico. O encontro destas águas revoltas com as águas suas irmãs, desta baía tão calma, é digno de contemplação.
Não duvido que se pode ir buscar à Natureza um bálsamo que nos ajuda a esquecer a “pressa” de viver, faz bater o coração mais compassadamente, dá-nos a sensação de termos todo o tempo do mundo à nossa frente…
Visitei outros locais, o dia foi totalmente bem aproveitado, alguns dos quais foram a Lagoa de Óbidos e as salinas de Rio Maior. O que tenho para testemunhar sobre cada um deles é tanto que tem que ficar para outro texto.


Entretanto não esqueçam o jantar que vai dar que falar:

Contactem o blogue do Gonçalo, não se vão arrepender!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

DOÇURA OU DIABRURA LXI

Apetece-me praguejar! Mas não o vou fazer!
Tive uma semana muito estranha, várias situações pouco comuns obrigaram-me a agir um pouco fora da minha normalidade (não sei bem qual é a minha normalidade mas isso também não deve interessar muito).
Para além disso este querido onde teclo (tenho que o tratar bem e dar-lhe um bocadinho de carinho) foi atacado por uma horda de vírus muito agressivos. Eu fui um bocadinho culpada, não me tinha apercebido que as muralhas tinhm fendas, ele também não se queixou e devia tê-lo feito. Esteve às portas da “passagem” mas, miraculosamente curou-se. Milagre é um pouco exagerado da minha parte, porque a sabedoria e a experiência de um doutor de computadores é que lhe trouxe a salvação.
O maroto esteve uns tempos fora de casa, mas regressou e foi recebido como um filho pródigo.
Acabado este “queixume”, vou deixar-vos com mais uma Doçura ou Diabrura.

Amantes (1913)
Pintura de Oskar Kokoschka (1886-1980)



SILÊNCIO ÍNTIMO

SÓ no silêncio disciplinado
o tacto age no tempo
comanda nossos dedos, cria círculos
sem quebras de rituais
sem limites territoriais
sem versões inacabadas
sem vibrações desejadas.

Os lábios acumulam-se em voos sôfregos
os crepúsculos de sangue desejos abrasam
o movimento das águas nas pupilas arrasam
só no teu-meu silêncio o fogo rodeou a água
e teu espaço atravessou meu anel sem mágoa.

Teresa Zilhão (nascida a 26 de Outubro de 1951), in Viola Delta


O TEMPO NÃO PAROU! Novo fim-de-semana, um novo ciclo entre aqueles que foram criados pelo Homem e comandados pelos Astros! Vamos aproveitá-lo o melhor possível, fazendo as melhores opções para o viver em tranquilidade!
BEIJINHOS EMBRULHADOS PARA TODOS! ESPECIALMENTE PARA SI!

Nota: O meu PC está mesmo zangado comigo! Não me aceita a cor no texto.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O MEU TEMPO

O Tempo apossou-se do meu tempo e brinca com ele!
Não estou parada, mas levo muito mais tempo a ler um livro do que era costume e não é porque leia mais devagar ou porque veja mal. Milhentas oportunidades para fazer coisas que me dão prazer, estão surgindo a um ritmo alucinante, faço opções, nem sempre serão as mais acertadas mas são as que a minha razão e o meu coração decidem. Não aprendi, nem sei fazer muitas tarefas ao mesmo tempo, embora faça algumas…


Tenho deixado para trás coisas que gosto de fazer, por exemplo escrever mais assiduamente comentários nos blogues que sigo e de ler outros, mas há coisas que não faço e das quais não me lamento. Deixei de me meter em “discussões” que não conduzem a nada, discussões que não dão frutos e que na actualidade são tão frequentes, quando escrevinho não perco tempo a ver se a vírgula, o parágrafo, …estão bem colocados.
Não me sinto cansada, sei que o meu tempo se vai esgotando a cada dia que passa e que um dia vai chegar ao fim, mas isso não impede que eu queira ter Tempo de ter tempo! Sei que o tempo voa mas eu vou caminhar devagar e aproveitar cada segundo, cada minuto, cada hora, … e com alegria, ternura, amor, sabedoria vou optando por aquilo que decido que devo fazer.


Espero que o Tempo não me tenha traído e que este texto faça algum sentido para quem me lê…

domingo, 7 de novembro de 2010

PRÉMIO DARDOS

Carlos Albuquerque um homem que consegue colocar na blogosfera palavras lindas construindo testemunhos poéticos da sua saudosa África, muito sensível ao mundo que nos rodeia, um guerreiro vencedor de muitas batalhas que trava contra o mal-estar físico que o assola quase sempre, senhor das imprescíndiveis Conversas Daqui e Dali, distinguiu-me com a oferta deste belíssimo selo, o Prémio Dardos.
Sinto-me honrada com esta distinção e passo a transcrever:


«O Prêmio Dardos é o reconhecimento dos ideais que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc... que em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, e suas palavras.

Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar o carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web».

As regras a seguir são:

1- Exibir a imagem do Selo no blogue;

2- Revelar o link do blogue que me atribuiu o Prémio;

3- Escolher 10, 15 ou 30 blogues para premiar.



Os pontos 1 e 2 cumprem-se com imensa facilidade o 3 é sempre o que me dá “dores de cabeça” mas, desta vez vou tentar cumprir esperando não magoar ninguém, e à partida vou tentar não indicar quem eu sei que já o recebeu.
Sei que alguns de vós não o vão colocar e que têm razões para o fazer mas isso não me vai impedir de os citar.


adiamentos.blogspot.com ** asminhaspequenascoisas.blogspot.com ** avogi.blogspot.com ** carapaucarapau.blogs.sapo.pt ** eopensamentovoa.blogspot.com ** eu-simplesmente-sonho.blogspot.com ** gaspardejesus.blogspot.com ** hades-ver.blogspot.com ** manuelacolaco.blogspot.com ** mclvieira.blogspot.com ** minutosnanoite.blogspot.com ** moonlight-wwwmoonlight.blogspot.com ** nails-in-red.blogspot.com ** omundodesairaf.blogspot.com ** parquedapoesia.blogspot.com ** perfumedejacarand.blogspot.com ** pitangadoce.blogspot.com ** poetaeusou.blogspot.com ** sonhomilcores.blogspot.com ** wwwdejanito.blogspot.com

Depois de fazer esta lista, fiquei com a sensação de que me esqueci de alguém... que me desculpe!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

DOÇURA OU DIABRURA LX

Depois de uma semana curtinha, recheada de acontecimentos imensos, uns muito bons outros a dar para o muito mau, chegámos ao início de um novo fim-de-semana que promete ser solarengo.
Vamos ser optimistas e pensar, entre muitas outras coisas, que no dia 11 de Dezembro, vamos ter o NATAL DOS BLOGUISTAS no qual muita gente que se admira na virtualidade se vai poder mirar nos olhos. Vão iniciar-se novas amizades, tenho quase a certeza!

Entretanto vamos pensando na Doçura ou Diabrura de hoje.


O POETA


O Poeta
tem a alma nua,
lança-a
em versos
ao vento.
Reclamam-na
como sua,
de vidro
é o seu
pensamento.
Pertence a todos
e, no entanto,
o Poeta
vive cantando
o Amor
na solidão.
Maria de Lurdes Petronilho, in “da incerteza” (Editorial Minerva)



E agora? Resta-me desejar a TODOS um fim-de-semana ao sabor do que cada um de vós desejar!
E para todos, com muita ternura, os meus BEIJINHOS EMBRULHADOS!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

MOMENTOS

Conheço uma pessoa que passa a vida a dizer que é muito feliz, mesmo que ninguém lhe pergunte nada, e é de tal modo tão repetitiva nesta sua afirmação, que quem a conhece melhor comenta-a, desbobina acontecimentos “públicos” da sua vida e interroga-se se ela não se estará a auto convencer-se.
Eu não acredito que haja pessoas que são sempre felizes! Eu não sou! Sou alguém muito alegre e tenho momentos em que me sinto feliz, momentos que podem ser alongados ou encurtados no tempo.
Hoje vou partilhar convosco momentos de felicidade muito recentes e que ficaram eternizados em fotos e na minha mente enquanto esta funcionar...


A minha neta e eu ...

A Ana Rita e eu no dia do seu aniversário.

O meu irmão e eu, numa brincadeira da nossa infância

O meu sobrinho e eu na festa de aniversário do meu sobrinho neto

Concordam que são momentos de felicidade?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

CONVITE

Porque o Natal "está à porta", o Gonçalo, do blogue "O Sabor da Palavra", está a organizar o "Natal dos Bloguistas" e já não é a primeira vez que o faz .
Caso ainda não tenham visitado este blogue convido-vos a que o façam, até porque aí encontrarão o desenvolvimento do post de que retirei o excerto que se segue:

NATAL DOS BLOGUISTAS


"(...). O tema é o Natal e o alvo são os bloguistas! Portanto, preparem-se para o grande e inolvidável:

Não há espaço* nem momento definido* mas será revelado em breve e será aberto para bloguistas e seus companheiros, cúmplices e compinchas. Por enquanto, comecem a trabalhar na:

Divulgação***Slogan ***Anúncio Divulgativo ***Sugestões Criativas

...e tudo o que possam acrescentar a um evento que promete muita filhós e rabanada!"

* neste momento já há dados sobre estas definições, será na zona de Sintra e na noite de 11 de Dezembro.


Quem de entre os meus seguidores quer aceitar o convite e o desafio? EU VOU!

Para irem sabendo "novidades" sobre o evento, passem pelo cantinho do Gonçalo e vão seguindo-as. Conto com alguns de vós!

sábado, 30 de outubro de 2010

DOÇURA OU DIABRURA LIX

Hoje estou zangada! Muito zangada mesmo! O Senhor São Pedro trocou-me as voltas, tirou-me a vontade de fazer o que tinha planeado…
Decidi procurar-me nas palavras de um poeta, de uma para ser exacta, nascida a vinte e oito de Outubro de 1980, uma jovem que descreve bem os pensamentos que me invadem neste momento.

“Mulher lendo e ouvindo outra coisa”(1935)

Pablo Picasso (1881-1973)

SOU
Sou eu.
Com as particularidades que me determinam,
Com as características que me são próprias.

Lua em quarto crescente, certamente,
No encontro de uma consistência cada vez mais real,
No trilho de um equilíbrio mais conseguido!

Sou eu porque…
O tempo conduz a uma estrutura melhor definida,
Que estando consciente das inúmeras fragilidades, procura não se…
Desmonorar em contradições.

Sou…porque…
A dor experienciada,
Outrora incompreendida,
Indiciou crescimento!
Esta que por vezes parecia conduzir a um sentimento,
Cruel de “corrosão interior”
Foi dando lugar a uma essência mais “depurada”.

Sei e sinto…
A consciência da individualidade,
Foi e é em certas alturas promissora de alguma solidão.
Mas …por aqui não fico
Ainda que daqui não saia.
Saltarei cautelosamente,
Sem qualquer capricho ou presunção,
Tentando desprender-me de fantasmas.

De cada vez darei um passo,
Sem deixar de ter presente
Os passados tropeções.
Tentarei dissuadir
As más energias,
Sem muito querer exigir,
Da vida que sou.

E por mais vezes
Darei lugar ao ser,
Correspondendo com autenticidade.

E assim…sigo sem muito olhar,
Para trás!
Sem deixar pesar amargura,
Ou nesmo arrependimento.

Sigo tendo presente
A minha própria forma,
A verdade que sou,
A individualidade que detenho

Sigo sendo…simplesmente.
Cristina Santos, in Labirinto de Espelhos (Editorial Minerva)

ESPERANDO QUE NÃO SE DEIXEM "ENROLAR" PELO SÃO PEDRO, QUE ESQUEÇAM O MAU TEMPO QUE DECIDIU INSTALAR-SE (fora de cada um de vós mas não no vosso estado de espírito) DESEJO-VOS QUE APROVEITEM O MELHOR POSSÍVEL ESTE FIM-DE-SEMANA PROLONGADO!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O LAGO

Hoje fui dar um passeio, longe do mar, numa zona campestre, onde poucos homens por lá já passaram. Aqui há um lago que conheço desde pequenina, perto do lago uma pequena casa, com um ar cuidado e acolhedor, rodeada por um pequeno jardim onde o Outono começou a deixar marcas, as buganvílias despedem-se das suas flores e da sua folhagem, a figueira com os seus ramos descarnados, como dedos nodosos de gente muito envelhecida, parecem indicar um caminho, um caminho para o infinito, para a eternidade.
O dia está solarengo, o que não impede que pela chaminé saia um leve fumo acinzentado que se desvanece rapidamente, levado por uma brisa ligeira que beija a minha nuca desprotegida.
Mas o que mais me atrai neste bucólico lugar, a poucos metros da vereda de acesso é esse lago, um lago de ninguém, um lago pertença de quem o souber amar. Sem pressas, deslizo até à sua margem, o meu companheiro segue-me e nos seus olhos vejo reflectidas cores, as diferentes tonalidades das cores do lago e dos nenúfares que o povoam. Sempre em movimentos lentos e silenciosos, para pudermos escutar os sons do silêncio que nos rodeia, procuramos um local para nos sentarmos.

Tela pintada por Claude Monet

Múltiplos desejos percorrem numa viagem alucinante os meus pensamentos e num repente, dependente de uma vontade a que não consegui resistir, dispo-me e entro naquelas águas que me convidam, acenando em círculos, a brincar com elas. Frias, bastante frias, tão frias que me fazem gritar! O meu companheiro também mergulha e juntos encenamos uma dança, uma dança sem ser coreografada, ao sabor do momento, em que o todo que somos, totalmente desprovido de trapos, se envolve, se toca, se acaricia, se confunde … o frio deixa de existir e o calor do nosso amor, da nossa paixão, aquece o nosso coração e o nosso corpo...