quarta-feira, 28 de novembro de 2012

SASSARICANDO



Hoje passei o dia em Lisboa, quando vinha de regresso ouvi esta canção na antena 2, canal onde gosto de ouvir música clássica, dei por mim a cantá-la também. Cantá-la é um pouco exagerado porque, embora as pessoas que me conhecem bem, achem que tenho uma voz e um sorriso muito bonitos, a cantar assusto até as formigas.
O sassarico não me sai da cabeça, vejamos se vos contagio, toca a cantar e a sassaricar! Haja alegria!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

PONTO FINAL


Já chega de tanto choradinho, “tristezas não pagam dívidas”, que eu saiba não devo nada a ninguém (exceto ao Estado, porque ele diz que sim).

Saltitando de blogue em blogue, não como um passarinho mas mais como uma galinha ainda por cima choca (não vou ter pintainhos, juro!), vejo alguns, e cada vez mais, murchinhos, a perderem o brilho a que estava habituada, desanimados, com publicações muito esporádicas, com conversa apenas para encher (talvez como este), a desaparecerem…
Toca a colocar um ponto final nesta situação! Há crise? Há! Estamos a ser mal (des) governados? Estamos! Há uma solução imediata à vista? Não faço ideia! … Em sentido oposto, tenho família, tenho amigos, tenho saúde, tenho sentimentos, tenho emoções, tenho sonhos, tenho vontade de viver, tenho vontade de lutar…!
Não! Não sou indiferente ao que muitas famílias estão a passar, ajudo do modo que sei e posso, mas também sei que milhões de pessoas morrem de fome pelo mundo fora e não deixo de me alimentar.
Vou colocar um ponto final nas minhas lamentações, estava a ser egoísta, o “meu caso” é um grão de areia no mundo das reais tragédias humanas.
Vou em frente porque: acredito na amizade, no amor, na solidariedade, na esperança,…
Ponto final, parágrafo!





terça-feira, 20 de novembro de 2012

CONTIGO

Contigo vivi semanas com uma intensidade que me fizeram ultrapassar o tempo, concretizei sonhos de uma mulher intranquila que sentia falta de alguém a seu lado.
Entreguei-me num êxtase de adolescente, entre nós tudo era possível, estávamos tão próximos, os nossos corpos tocavam-se com ternura, com amor, com paixão. Ficava perdida a cada gesto teu! Bebia todas as tuas palavras, todos os teus gestos! Sentia-me feliz!
Um dia vi o teu verdadeiro rosto e é-me difícil perceber como é que alguém pode fingir tanto!
Contigo desabrochei! Contigo feneci!
A minha vida vai-se esgotando, eu vou freneticamente buscando, como alguém mergulhado em águas turvas, tábuas a que me agarrar, quero continuar à tona, quero manter um sopro de vida que me permita sair deste lodaçal!



domingo, 18 de novembro de 2012

DOÇURA OU DIABRURA CIX


A semana que passou foi pródiga em tarefas realizadas, cansei-me mas um cansaço saboroso, coloquei para  trás a pesquisa de poemas de autores portugueses para publicar esta Doçura ou Diabrura, mas  para não deixar de vos desejar um EXCELENTE FIM DE SEMANA, embora hoje já seja domingo, optei por uma canção de amor, aqui vai:




BEIJINHOS EMBRULHADOS PARA TODOS!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

ALDEIA DE ESCAROUPIM

Na minha fuga para o Ribatejo, a minha amiga levou-me a visitar vários locais, mas esta localidade, a Aldeia do Escaroupim, encantou-me!
Fica perto de Salvaterra de Magos, muito  pequena mas ainda com  algumas casas com características adaptadas às cheias com que o rio Tejo, de vez em quando, a brinda, um cais com imensos barcos, uma vista muito agradável, muito sossegada! Ouvem-se os pássaros, observa-se um braço do rio.
Deixo-vos com alguma documentação fotográfica da minha autoria, como sabem sou uma excelente fotógrafa (socorro o nariz está a crescer-me!)!


Azulejos que descrevem as casas típicas locais



As cadeiras de plástico deviam ter levado sumiço
Um pormenor

O cais com imensas embarcações, ao fundo um excelente restaurante
Uma das casas mais moderna


 Com estas pistas idealizem o cenário,... sonhem, de preferência, em muito boa companhia…
Sonhem com um pôr do sol como o que se segue:
Fotografia retirada da net

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

NOVA AMIGA


O meu coração tem mais uma habitante! Através de alguém com quem ambas lidámos, num passado já meio esquecido, achei-a!
Conheci-a há muito pouco tempo mas tenho a sensação que somos amigas desde sempre. Embora já tenhamos estado juntas mais do que uma vez, na semana passada fui, pela primeira vez, à sua quinta algures no Ribatejo.
Fui recebida pelo
Igor

e pelo  Mushi  que não teve direito a fotografia, não sei bem porquê.  Lá pernoitei!
De manhã, após uma noite bem dormida, a quinta estava assim

 passadas umas horas, a paisagem já se tinha alterado





 Ir até ao Ribatejo foi uma “fuga” (as minhas já conhecidas fugas, atualmente muito raras) que me fez um bem enorme, o convite que me foi endereçado chegou na hora mais apropriada, certo como um relógio suíço.
Estivemos só as duas, o outro habitante da casa estava longe, em viagem de negócios. Sobre mim abateu-se uma enorme tranquilidade, uma tranquilidade como já não sentia há uns meses. Senti calor humano, fui mimada! Fui tão bem recebida que, depois de jantar, soube que podia passar o serão num à vontade como só em minha casa o faço, vesti-me para a noite, aproveitei para tricotar um pouco, enquanto conversávamos e deixávamos o televisor debitar palavras.
Passeámos muito, embora o tempo estivesse chuvoso, fui a locais que não conhecia e a outros dos quais já não me lembrava.
 Ela é uma excelente cozinheira, rápida na confeção, perfeita nos temperos, tomámos as refeições em casa! Trouxe sobras para minha casa (uma “vergonha” que me soube muito bem)!
Conversámos muito, numa troca de experiências de vida, relacionadas com as nossas diferentes gerações, diferenças que se aceitam e que se entrecruzam na perfeição! Somos muito parecidas nas nossas diferenças.
Muito obrigada MR! Bem-haja querida!

P.S. Num próximo post falar-vos-ei de um dos locais que visitei e que não conhecia


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

DOÇURA OU DIABRURA CVIII

Et voilá! Chegámos ao fim de semana, parte da qual, passei algures num recanto ribatejano. 
Depois conto! Agora vou deixar-vos com mais uma Doçura ou Diabrura.
Pintado por Salvador Dali


IDEIAS SOLTAS

canto ideias soltas
letras, poetas
de outro mar

conto sonho e desejo
simples razão de existir

grito paixão e sonho
Poetamor
rasgo de dor

bebo palavras loucas
cantos sentidos
no seu olhar

sinto  a livre vontade
pura liberdade de prosseguir

o céu vermelho rasgado
quero sempre
sempre seguir


Maria da Silva Cardoso ( in Poiesis, vol xv, Editorial Minerva)



A todos desejo um fim de semana repleto de sonhos a realizar e um ótimo dia de São Martinho, mas sem excessos!
Convosco ficam os meus beijinhos embrulhados, desta vez, com um cheirinho a castanhas assadas  e porque não? A água pé ou a jeropiga (escolham, eu prefiro a primeira)!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

FERRADURAS

Na esplanada de um dos cafés da "minha" aldeia


Maria: A minha afilhada vai abrir uma nova loja, quando abriu a primeira dei-lhe uma ferradura, parece que lhe deu sorte. Na inauguração desta, gostava de lhe dar outra, mas não sei onde a arranjar.

Eu: Tenho uma, há séculos, na bagageira do meu “velhote”. Ofereço-lha de boa vontade!


Assim fiz! Mas passados uns dias fiquei zangada, arrependida, por ter dado a ferradura, ela habitava o meu Peugeot há mais de 20 anos, fazia parte integrante dele, passou tanto tempo que já nem me lembro como lá foi parar.

Passei dias a pensar na ferradura "perdida", de tal modo que, quando fui  à escola de equitação queixei-me à minha treinadora:
Estou muito zangada comigo, dei uma ferradura que tinha há anos a uma pessoa que mal conheço e agora ando louca por ter outra. Onde é que vocês as arranjam?
Não é porque acredite no seu significado mas porque... 
Contei-lhe a história!



Parte do material roubado
A treinadora: uma ferradura para dar sorte tem que ser roubada ou achada, perto das casas de banho há imensas já velhas e enferrujadas.


Com esta dica, entrei num enorme gamanço, não fanei uma, nem duas, nem
 três, fanei um monte delas. Tenho andado a recuperá-las para que amigas minhas as “achem”. Tenho que inventar um processo para que tal aconteça.






A primeira que recuperei, ofereci-a à treinadora, representa o Bonito, o cavalo que tem aguentado comigo, acrescentei-lhe como não podia deixar de ser uma namorada ruiva de olhos verdes e outros pormenores que podem apreciar.
O Bonito e a Namorada















Ainda estou muito no princípio mas aqui deixo as fotografias das que já estão prontas.










A Esmeralda (vai para uma amiga que adora cavalos pretos)





Reciclar é actualmente o meu grito de guerra na bricolage!




Nota: Sou uma nódoa a montar post com várias fotografias, este ficou uma enorme porcaria!

domingo, 4 de novembro de 2012

TRALHA

Há poucos dias, um Poeta que por aqui passa e deixa sempre uma pegada, escreveu no seu espaço, um pequeno poema delicioso, com trocadilhos apropriados ao contexto poético. Embora a vontade seja muita, como não lhe pedi licença, não o transcrevo, nele está associada a palavra tralha a uma “criança travessa”. Percebi a analogia, mas decidi brincar no comentário que lhe fiz dizendo que uma criança não é tralha mesmo que seja travessa e interroguei: Como é que a mesma língua pode ter significados tão diferentes?

É interessante como uma palavra que se usava pouco nos passa a surgir no léxico diário.
No dia seguinte encontrei tralha, uma verdadeira e real tralha, debaixo do telheiro onde abrigo o meu bólide, há montanhas de anos. O telheiro não é propriamente propriedade minha, é-me emprestado.
Durante a noite um amável (ou uma) vizinho, tinha decorado metade do meu espaço, como se pode ver na fotografia, com uma série de artefactos em muito mau estado de conservação, nojentos e de um modo muito desorganizado, ao menos que fosse tralha arrumadinha.
Infelizmente, em muitos locais, há sempre uma ovelha negra que age no escondidinho da noite e tem este tipo de ações muito pouco civilizadas.

Querido Poeta, mesmo gostando muito do seu poema, afirmo: isto é que é TRALHA! 

sábado, 3 de novembro de 2012

DOÇURA OU DIABRURA CVII

Num fim de tarde, de um dia da semana que passou, estive em amena cavaqueira com a minha neta de 7 anos, dizia-me ela: "(...) e no sábado fui a uma festa, estava lá o Gonçalo, o meu ex-namorado (...)"
E esta hein? Será uma DOÇURA? Como avó confesso que fiquei totalmente entupida!

Fotografia da autoria de João Candeias, um jovem amigo
AMOR E ÓDIO
Odeio-te!
Como te poderei odiar
Se te amo tanto?!
Odeio-te,
Tu és o sol que se oculta nas nuvens da indiferença
E que provoca todo este dilúvio de sentimentos
Que me fatiga e enlouquece

Odeio-te!
Tu eras o sonho que se deitava comigo,
Eras  luz da esperança
Que entrava pelas janelas abertas da minha alma
Todas as manhãs.

Odeio-te
Eras o sonho estéril e maldito
As marés encrespadas, o naufrágio,
Do meu pobre barquito.
Odeio-te!
De tanto te amar...
Conceição Bernardino (in, Poiesis,vol.XV, Editorial Minerva)


PARA TODOS UM FIM DE SEMANA CHEIO DE AMOR E POUCA CHUVA!
ODEIEM-SE OU AMEM-SE, AMBOS OS SENTIMENTOS ANDAM DE MÃOS DADAS!
NÃO SE ESQUEÇAM DE COLHER OS BEIJINHOS EMBRULHADOS QUE DAQUI VOS ENVIO!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

RENOVAR

Durante o mês que terminou deu-me uma vontade imensa de fazer remodelações, renovar, renovar, renovar,…era a palavra que insistia em bater, com alguma delicadeza, na minha cabeça. Não renovar o corpo físico que esse é meu, é único, é o original, vou-o tratando bem, mas nada de alterações como hoje está tão na moda. Queria arejar os espaços físicos para que o interior da minha louca mente, dos meus negros pensamentos, também aproveitasse.
Comecei pelo sótão e pela arrecadação, os sítios menos improváveis para tal efeito pensarão alguns.
Vista "panorâmica" da janela do meu sótão
Na arrecadação espero só entrar e sair, no sótão vou permanecendo, qual “(A)Princesinha” (lembram-se dos contos da condessa de Ségur, da coleção azul) fechada no sótão do colégio por ter passado ao estatuto de pobre.
Neste local, que ficou tão convidativo que até os meus netos querem vir para cá fazer os trabalhos de casa, tenho-me reencontrado com os meus sonhos, com a tranquilidade desejada, com o ar leve que precisava de respirar, …
Aqui estou a recomeçar a concentrar-me nas minhas leituras que tão bem me fazem, sinto-me longe dos problemas que grassam lá fora, oiço o ladrar dos cães, o chilrear dos pássaros que andam muito baralhados com o clima ameno impróprio desta época. Neste preciso momento, oiço vozes de mulheres falando mas não consigo, nem quero entender o que dizem, prefiro tentar adivinhar e imaginar uma história,… devanear.
Olhando pela pequena janela vejo um espaço, espaço me deixa apreciar uma zona campestre, salpicada por pequenas casas, cortada ao fundo, na linha do horizonte, por uma serra.
Estou revivendo! Estou tranquila! Hoje sou ÁGUA!

Deixo-vos espreitar uma parte dessa minha vista rural, apenas um pequenino ângulo!