quarta-feira, 26 de março de 2014

O MEU TREVO

Tenho um trevo!
Tenho um trevo que é especial…                           

Tenho um trevo que não surgiu por acaso num local deserto…
Tenho um trevo que nasceu do desejo de ser encontrado…
Tenho um trevo que mãos sábias cuidaram…
Tenho um trevo porque alguém vigiou o seu crescimento…
Tenho um trevo porque quando chegou aquele momento, que chega para todos os seres vivos, foi preservado pelas mesmas mãos…
Tenho um trevo "embalsamado", do modo como se embalsama uma planta…
Tenho um trevo que me foi oferecido para poder ficar a viver comigo…
Tenho um trevo, … um trevo de “quatro folhas”!


Será que este meu trevo cumpre a tradição?

quinta-feira, 20 de março de 2014

O MEU TEMPO

O Tempo apossou-se do meu tempo e brinca com ele!
Não estou parada, mas levo muito mais tempo a ler um livro do que era costume e não é porque leia mais devagar ou porque veja mal. Milhentas oportunidades para fazer coisas que me dão prazer, estão surgindo a um ritmo alucinante, faço opções, nem sempre serão as mais acertadas mas são as que a minha razão e o meu coração decidem. Não aprendi, nem sei fazer muitas tarefas em simultâneo, embora faça algumas…
Tenho deixado para trás coisas que gosto de executar, mas há coisas que não faço e das quais não me lamento. Deixei de me meter em “discussões” que não conduzem a nada, discussões que não dão frutos e que na atualidade são tão frequentes, quando escrevinho não perco tempo a ver se a vírgula, o ponto, o parágrafo, …estão bem colocados.
Não me sinto cansada, sei que o meu tempo se vai esgotando a cada dia que passa, que um dia vai chegar ao fim, mas isso não me impede de eu querer ter Tempo de ter tempo! Sei que o tempo voa mas vou caminhar devagar e aproveitar cada segundo, cada minuto, cada hora, … e com alegria, ternura, amor, sabedoria,… vou optando por aquilo que decido que devo fazer.
Espero que o Tempo não me traía!

Espero que o Tempo não me tenha traído e que este texto faça algum sentido para quem me lê…

Nota: um texto escrito há uns tempos, por mim como deve ser evidente, mas no qual me revejo neste momento.

sexta-feira, 14 de março de 2014

DESCOBERTA

Cada vez estou mais “parva”, faço descobertas que até uma criança percebe de imediato!
Descobri que ser amigável, autêntica, meiga, de algum modo até ingénua em certas formas de actuação, faz disparar sobre mim arrogância, críticas e até uma forma de humor que esconde vontade de ferir.

Quem o faz são, possivelmente, seres que nem deles próprios gostam!

domingo, 9 de março de 2014

A ESQUINA

Adormeci acariciada por uma suave brisa de levante...
Seduzida por um sonho, senti-me abraçada por braços fortes e aconchegantes...
Deixei-me conduzir pelo espaço intemporal e sem dimensão...
Com alguém combinei um encontro na esquina onde o vento vira...
Esqueci-me que desconhecia o caminho para essa esquina!

Fiquei só e perdida, suspensa no tempo e no espaço!