Em Matmata, zona montanhosa, aparentemente desértica, em que o solo sem ser de areia solta, como no deserto, tem uma cor ocre dourada, olha-se e o nosso olhar espraia-se até ao horizonte vendo apenas uma vegetação muito disseminada. Os nossos sentidos enganam-nos! Se viajasse de helicóptero veria “poços” perfurando o solo, cilindros esvaziados que são casinhas, casinhas brancas, cavadas na montanha, assim construídas para manterem uma certa estabilidade na temperatura, num local do mundo onde as temperaturas são elevadíssimas de dia e à noite chegam a atingir os zero graus.
Existem desde o século XI, já foram habitações muito pobres, hoje o turismo retirou-lhes o que tinham de genuíno, possuem infra-estruturas básicas e são fonte de riqueza …
Como podem observar pelas fotos, é escavado um cilindro oco no solo e ao longo das suas paredes são abertas as divisões, a ligá-las há o pátio circular a base do cilindro, estas casas ligam-se ao exterior por um pequeno túnel que abre numa das escarpas da zona montanhosa ou num caminho.
Como podem observar pelas fotos, é escavado um cilindro oco no solo e ao longo das suas paredes são abertas as divisões, a ligá-las há o pátio circular a base do cilindro, estas casas ligam-se ao exterior por um pequeno túnel que abre numa das escarpas da zona montanhosa ou num caminho.
Visitei uma das casas, fui muito bem recebida, foi-me ofertado chá de menta que aceitei, visitei várias divisões com o chão coberto por tapetes artesanais, decoradas com artefactos característicos da região, mas fiquei convicta que estava a ver uma “montagem”. À saída como é da tradição do local, deixei alguns dinares num pequeno recipiente colocado estrategicamente em local previamente estabelecido.
Sobre a porta de entrada do pequeno túnel que conduzi ao pátio circular observei gravada a “Mão de Fátima”.
No local o que me atraiu mais foi o ter pernoitado num hotel troglodita.
Seguindo por uma estrada, onde de construções nada se via, de repente, descendo por um desvio de terra batida eis-me em frente da entrada de um hotel. Construído nos mesmos moldes da casa troglodita que descrevi, mas em proporções muito superiores e muito mais sofisticado. Os quartos davam todos para um pátio central mas tinham, felizmente, portas e casa de banho.
Foi a casa de banho que permitiu que eu conseguisse dormir…
A amiga com quem partilhei o quarto apossou-se da cama, eu não me quis aborrecer, podia ter-se tirado à sorte, mas enfim…
A minha cama era escavada na parede, ao longo da parede, não em profundidade, parecia que estava num jazigo, embora um jazigo seja possivelmente mais confortável. O buraco na parede era um arco circular, eu colocava os pés numa extremidade do arco e deitada podia caminhar pelo arco até onde o meu corpo permitia a dobragem, consegui chegar com os pés quase à cabeça. Um local excelente para me “ginasticar”, se estivesse disposta a isso. Pouca ou nenhuma iluminação existia, o quarto mantinha-se praticamente na escuridão, só havia luz na casa de banho… dormi toda a noite (ou quase) com a luz da dita acesa e a porta aberta.
Não sofro de claustrofobia, ou será que sim? Na verdade senti-me enterrada viva.
Neste mesmo hotel, na zona da piscina, essa sim ao ar livre, tive um dos meus MOMENTOS MÁGICOS mas este é para ser relatado noutra altura.
PS:
1-É ao registar estas notas que lamento ser tão má fotógrafa, numa fotografia veriam como de aspecto, o “catre” onde mal dormi,até era divertido.
2-A “Mão de Fátima” pode vir a dar um post
Seguindo por uma estrada, onde de construções nada se via, de repente, descendo por um desvio de terra batida eis-me em frente da entrada de um hotel. Construído nos mesmos moldes da casa troglodita que descrevi, mas em proporções muito superiores e muito mais sofisticado. Os quartos davam todos para um pátio central mas tinham, felizmente, portas e casa de banho.
Foi a casa de banho que permitiu que eu conseguisse dormir…
A amiga com quem partilhei o quarto apossou-se da cama, eu não me quis aborrecer, podia ter-se tirado à sorte, mas enfim…
A minha cama era escavada na parede, ao longo da parede, não em profundidade, parecia que estava num jazigo, embora um jazigo seja possivelmente mais confortável. O buraco na parede era um arco circular, eu colocava os pés numa extremidade do arco e deitada podia caminhar pelo arco até onde o meu corpo permitia a dobragem, consegui chegar com os pés quase à cabeça. Um local excelente para me “ginasticar”, se estivesse disposta a isso. Pouca ou nenhuma iluminação existia, o quarto mantinha-se praticamente na escuridão, só havia luz na casa de banho… dormi toda a noite (ou quase) com a luz da dita acesa e a porta aberta.
Não sofro de claustrofobia, ou será que sim? Na verdade senti-me enterrada viva.
Neste mesmo hotel, na zona da piscina, essa sim ao ar livre, tive um dos meus MOMENTOS MÁGICOS mas este é para ser relatado noutra altura.
PS:
1-É ao registar estas notas que lamento ser tão má fotógrafa, numa fotografia veriam como de aspecto, o “catre” onde mal dormi,até era divertido.
2-A “Mão de Fátima” pode vir a dar um post
Conclusão: arranjaste uma companheira troglodita, com a dita ainda mais troglo que o hotel. Fiquei sem perceber se dormiste na banheira... (a mim já me aconteceu uma vez por causa do calor) mas pensando bem não devia haver banheira.Certo turismo tem destas coisas e depois achamos que foi tudo muito divertido.
ResponderEliminarBjo. e boas amêndoas.
Querido Carapau dormi agora na banheir... dormi no buraco da parede, tive que ficar foi com a luz da casa de banho acesa, o quarto não era iluminado... Percebeste?
ResponderEliminarObrigada pelas amêdoas, este ano tenho-me contido e as que comi foram muito poucas.
Beijinhos "sem embrulho" para ti!
Adorei! Obrigada por ter continuado a contar a aventura. Temos de ter mesmo um grande espiríto aventureiro para esta viagem. Beijinhos.
ResponderEliminarOlá, belo post...Espectacular....
ResponderEliminarBeijos
Querida Olga a idade já me impede de fazer viagens que tinha programadas, tenho alguma pena mas há coisas piores na vida...
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Viajar em locais diferentes daquilo a que estamos habituados implica algum incómodo, mas é sempre uma aventura inesquecível. Aposto que nunca mais se esquece da casa troglodita.
ResponderEliminarBjs
Querido Fernando obrigada!
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Boa tarde, maria Teresa.
ResponderEliminarPoxa, interessante o texto. Queria ver as fotos, mas por incrível que pareça, elas não abriram. Talvez a conexão não esteja boa hoje.
Nesses casos, só mesmo o tal espírito aventureiro.
Passando para dar uma espiada nas novidades e para me desculpar da ausência - estou sem computador, dependendo de lanhouse, coisa que detesto fazer.
Então, já preparou a sua pegadinha? O dia 1º de abril está chegando.
FOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER... deseja uma boa semana para você.
Beijo grande.
Saudações Educacionais !
http://www.silnunesprof.blogspot.com
Pois...isso da mão de Fátima pode dar azo a interpretações mais ou menos dúbias!
ResponderEliminarQuerida Teresa teve até a sua graça, eu é que não me senti muito bem, tinha a impressão que estava num sarcófago.
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Querida Silvana as comunicações não têm estado facilitadas.
ResponderEliminarObrigada por ter vindo até cá.
Beijinhos "sem embrulho" para si!
Querido Kruzes depois de explicado deixa de ser dúbio.
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Pode não ter talento de fotógrafa, como diz(duvido), mas certamente tem talento para descrever paisagens e sentimentos...
ResponderEliminarBjokas e continue a partilhar!
Querida Anira é mesmo verdade, não tenho queda para fotografar.
ResponderEliminarBem levo o "instrumento atrás, mas distraio-me a observar as "coisas", sem ser através do olho da maquineta e deixo passar o momento. Ser-se um bom fotógrafo é um dom que eu não possuo.
Beijinhos "sem embrulho" para si!
Maria Teresa
ResponderEliminarGostei desta sua experiência na casa troglodita.
Fico á espera do resto.
Ah... que boa amiga estava consigo.
rsrsrs
bjs
g.j.
Querido Gaspar eu não estou a culpá-la, eu é que sou parva, quando vou para me divertir não entro em conflitos, aliás por feitio costumo evitá-los na medida do possível. Sei que me diverti imenso na Tunísia e ela não. Nunca mais a quis como companheira de viagem... embora já tenhámos ido a outros lugares juntas mas com mais amigas. A verdade é que ela tem mudado de "parceira" muitas vezes...é da idade (embora seja 1 ano mais nova do que eu):):):)
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Querida Maria Teresa
ResponderEliminarJulgo que eu próprio senti um pouco de falta de ar com a tua bela descrição...
Fico curioso com o que tens para contar sobre a "mão de Fátima" assunto sobre o qual me tenho interessado... Fátima a quinta filha de Mahomé... a mão protectora qu os levantinos "sentem" bem...
Beijinhos.
Querido Vicktor quem sabe sabe, é essa exactamente,...
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para ti!
Olha outro dia com mais tempo venho te ler, hoje estou na correria, quero agradecer seu afeto em meu blog, e assim que der um tempinho corro aki na tua casa.
ResponderEliminarcom carinho
Hana
Querida Hana não precisa de correr...eu não fujo, nem vou deixar de a visitar ...
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Uma experiência diferente! Agora já sabes qual a sensação de estar num jazigo.... CREDO! Eu acho que não era capaz de dormir! Quanto às fotos, não levaste a tua fotógrafa oficial... Bem feita! Beijinhos trogloditas!
ResponderEliminarJá tinha visto algumas imagens destas casas, mas fiquei a conhecê-las muito melhor com a sua descrição :)
ResponderEliminarBeijinhos*
Querida Ana Rita eu bem gostava de levar a minha fotógrafa privada mas ela nunca está disponível...
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para ti!
Amiga,postagem bastante interessante.Belas viagens e profundos conhecimentos para nós,fico grata.
ResponderEliminarUma linda noite e um beijo grande.
Querida D* na minha casa de Lisboa tenho algumas imagens destas casas, as que coloquei aqui tirei-as da Internet.
ResponderEliminarEstruturalmente são casas muito diferentes do que costumamos ver, muitas delas têm actualmente electricidade e outras "modernices" que lhe tiraram o "ancestralismo".
Beijinhos "sem embrulho" para si!
Querida Pérola tenho pena de não poder viajar mais e de ter deixado de ir, a determinados locais, por pensar que mais tarde o iria fazer...
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para ti!
Primeiro senti calor na montanha deserta,o solo rígido, a cor dourada, a vegetação ou falta dela, naqueles horizontes enganadores...
ResponderEliminarAs casas as comodidades ou falta delas...
Menos mal senti um certo alívio, havia casa de banho!
Depois a falta de ar naquele cubiculo, sofro de claustrofobia! E com a sua visita guiada senti-me quase quase lá...
Agora a curiosidade..."Mão de Fátima" Hummm...
Senhoras e Senhores coloquem os cintos e mantenham-se alerta!
Quem sabe onde será o proximo passeio...
Adorei este!
Bjs dos Alpes...
Querida Flor a sua descrição foi muito mais emocionante do que a minha... Obrigada pela "mãozinha" que me deu!
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
maria teresa
ResponderEliminarpasseios assim geralmente acontecem dessas coisas, e o bom humor é a melhor resposta pra que tudo corra bem.
Como é bom viajar! parabéns pelo registro .
... e quero agradecer o comentário no post da gatinha, acredito sim que gatos são dóceis e companheiros.
Mudanças na rotina sempre assusta, mas a questão principal não é exatamente o trabalho que vai dar, é erceber as poucas condiçoes pra ter qualquer animalzinho.Certamente vou encontrar o melhor pra ela , se aqui ou onde estiver.
abraços , meus abraços
Querida Lis numa viagem o "diferente" é que lhe dá o "tempero".
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Adorei esta pequena viagem ao tempo das cavernas ;)
ResponderEliminarTudo de bom.
Querido Aflores é a continuação da CAMELÓRIA.
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para ti!
Ahaha (Adoro sobretudo a palavra "troglodita"...É linda linda:P)
ResponderEliminarParece que perco sempre novidades importantes, quando não posso vir cuscar os cantinhos da minha preferência:P
Beijinhos, Maria Teresa!*
Querida Adek a mim a palavra faz-me lembrar os desenhos animados em que se vê um "troglodita" com uma moca ao ombro a puxar umas "fêmea" pelos cabelos...
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!