Ontem à noite um amigo meu, que se apercebeu que eu tenho estado com uma valentíssima constipação, o que me impediu de viajar esta semana, como estava planeado, escreveu no mail que me enviou: (…) estiveste a tanguear-me e eu a julgar-te na Oura – camelório!
Ele é uma pessoa divertida, nem sempre, que gosta de usar palavras "diferentes".
Esta última palavra fez-me lembrar a minha viagem à Tunísia, onde me “baptizei” num passeio de camelo, será que fui uma camelória?
Mas tal como o camelo que caminha muito devagar, eu vou fazer o mesmo "no contar” desta “aventura”.
Não vou descrever a Tunísia, nessa situação transcreveria um dossier inteiro, mas apenas o que senti perante o que visitei e observei, numa síntese muito “sintetizada”.
As cores: os verdes dos oásis, os azuis das portas e janelas principalmente em Sidi Bou Said, onde se bebe um chá de menta com pinhões de agradecer aos céus, a cor ocre dos edifícios (característica de outros países do norte de Àfrica) e a cor dourada do sol e da areia das dunas.
Dunas, deserto! Dei um passeio pelo deserto montada num camelo, inserida num grupo de umas dez pessoas.
Estava na Tunísia acompanhada por uma amiga e duas conhecidas, todas ficaram bravas comigo por eu me ter “aventurado”. “Parvas”, nem sabem o que perderam!
Para se iniciar a viagem temos que nos “mascarar” como a figura documenta, óculos escuros, cabeça e corpo muito bem cobertos.
Não consigo descrever a emoção que senti ao “caminhar” sobre dunas, subir e descer, deixar de ver gentes e as suas marcas, avançar para um lugar desconhecido até uma casamata, visitar um oásis sentir uma brisa quente mas perfumada com o cheiro de jasmim…Ser apelidada de gazela, termo que considerei muito carinhoso, embora fosse contestada pelas três “parvas”, quando lhes contei.
Vi uma miragem e só soube que o era, porque acreditei no guia que nos disse que “ali” não havia povoado nenhum.
Depois da viagem de camelo, depois de ser camelória (lá porque cá, muitas vezes sinto-me “camela”, com os barretes que me enfiam), vi muitas outras “belezas”.
À noite o céu do deserto é diferente do céu que estamos habituados a ver, é negro mas muito estrelado…
Num dos oásis encontrei vários tuaregues homens lindos, altos e esguios, de pele morena (clara em relação aos outros povos africanos), rosto de traços bem definidos, como que esculpidos, olhos e cabelos muito negros, estes últimos sem serem frisados.
Eu e as que deixaram de ser “parvas”, alugámos um jeep com condutor e fomos, até ao local desértico, penso que em Matmata, onde foi filmado parte do filme “A Guerra das Estrelas”.
Gostaria de falar nas casas trogloditas, nas romãs, nas tâmaras, na hospitalidade, na gentileza, nos pintores de rua, na sua História que faz parte da nossa, nas fortalezas ancestrais feitas de pedra e areia, num dos hotéis onde pernoitei construído debaixo de terra, no comércio, nos cheiros, nos sabores, … mas o espaço e o tempo escasseiam.
Esta última palavra fez-me lembrar a minha viagem à Tunísia, onde me “baptizei” num passeio de camelo, será que fui uma camelória?
Mas tal como o camelo que caminha muito devagar, eu vou fazer o mesmo "no contar” desta “aventura”.
Não vou descrever a Tunísia, nessa situação transcreveria um dossier inteiro, mas apenas o que senti perante o que visitei e observei, numa síntese muito “sintetizada”.
As cores: os verdes dos oásis, os azuis das portas e janelas principalmente em Sidi Bou Said, onde se bebe um chá de menta com pinhões de agradecer aos céus, a cor ocre dos edifícios (característica de outros países do norte de Àfrica) e a cor dourada do sol e da areia das dunas.
Dunas, deserto! Dei um passeio pelo deserto montada num camelo, inserida num grupo de umas dez pessoas.
Estava na Tunísia acompanhada por uma amiga e duas conhecidas, todas ficaram bravas comigo por eu me ter “aventurado”. “Parvas”, nem sabem o que perderam!
Para se iniciar a viagem temos que nos “mascarar” como a figura documenta, óculos escuros, cabeça e corpo muito bem cobertos.
Não consigo descrever a emoção que senti ao “caminhar” sobre dunas, subir e descer, deixar de ver gentes e as suas marcas, avançar para um lugar desconhecido até uma casamata, visitar um oásis sentir uma brisa quente mas perfumada com o cheiro de jasmim…Ser apelidada de gazela, termo que considerei muito carinhoso, embora fosse contestada pelas três “parvas”, quando lhes contei.
Vi uma miragem e só soube que o era, porque acreditei no guia que nos disse que “ali” não havia povoado nenhum.
Depois da viagem de camelo, depois de ser camelória (lá porque cá, muitas vezes sinto-me “camela”, com os barretes que me enfiam), vi muitas outras “belezas”.
À noite o céu do deserto é diferente do céu que estamos habituados a ver, é negro mas muito estrelado…
Num dos oásis encontrei vários tuaregues homens lindos, altos e esguios, de pele morena (clara em relação aos outros povos africanos), rosto de traços bem definidos, como que esculpidos, olhos e cabelos muito negros, estes últimos sem serem frisados.
Eu e as que deixaram de ser “parvas”, alugámos um jeep com condutor e fomos, até ao local desértico, penso que em Matmata, onde foi filmado parte do filme “A Guerra das Estrelas”.
Gostaria de falar nas casas trogloditas, nas romãs, nas tâmaras, na hospitalidade, na gentileza, nos pintores de rua, na sua História que faz parte da nossa, nas fortalezas ancestrais feitas de pedra e areia, num dos hotéis onde pernoitei construído debaixo de terra, no comércio, nos cheiros, nos sabores, … mas o espaço e o tempo escasseiam.
Maria Teresa,
ResponderEliminarQuero também ser uma camelória, haja oportunidade!!!
Adorei a sua descrição.
Beijinho e abraço
Camelória...?? LOL!!
ResponderEliminarTambém já visitei a Tunisia, adorei!! :)
Andei também contigo a passear de camelo no deserto e acredita que gostei. Andaria mais um pouco pois a aventura ainda nem se tinha iniciado.
ResponderEliminarA descrição é mesmo esta. Sem fazer conta e só pela narrativa embarcamos e viajamos sem medo nem receios.
Hei-de voltar
Acho que acabei de visitar a Tunísia, montar o Camelo, quando ele se levantou fiquei ligeiramente tonta porque ele é muito alto. Você é fantástica a contar histórias, sabia? Parece que viajamos consigo. Fico a aguardar o resto do resumo da viagem, pode ser uma espécie de Tunísia II, pode ser? Beijinhos.
ResponderEliminarÉ uma das minhas viagens de sonho. Daquelas que um dia, sem falta ou desculpas, irei fazer!
ResponderEliminarTrês vivas a quem pode ser camelória.
beijinho.
O teu amigo gosta de palavras difíceis e eu também, lol. Hoje aprendi a palavrita biebdomadário.
ResponderEliminarQuanto à Tunísia, ganda camelória me saiste!!
Gostei deste caminhar devagar...e fiquei curiosa pelo resto principalmente as casas trogloditas.
ResponderEliminarBjs
Olá Maria Teresa, espero que já se tenha livrado da constipação, e ainda possa ir "ourar" um pouco...
ResponderEliminarVocê é fantástica, sem darmos conta agarranos pela mão e leva-nos a viajar consigo! Adorei esta viajem de camelo, deve ser boa a sensação de ser camelória e ter visões...
Bjs dos Alpes...
Cara Maria Teresa:
ResponderEliminarA Tunísia vale de facto a pena. E a fabulosa contadora de histórias que é, faz com que se sintam as cores e cheiros das suas narrativas.
Fiquei com curiosidade de lá ir:P
ResponderEliminarNão tenho fotos para publicar mas também já fui uma camelória....e achei um pouco estranho andar em cima duma "coisa" dessas!
ResponderEliminarA minha aventura foi em Marrocos!
jinhos:)
Amiga,acredite, quando leio as suas postagens estou viajando contigo rs.
ResponderEliminarUma linda noite.
beijokas.
Mas que diferente. :D
ResponderEliminarMais uma viagem maravilhosa... Obrigada por compartilhar a experiência!
ResponderEliminarBjokas
Com as descrições das tuas viagens, muito bem feitas por sinal, acabo por viajar sem sair do lugar!!! (olha rimou!). Não tinhas uma foto montada no dito? Lembro-me mais dessa do que esta que publicaste... O camelo merecia destaque! Beijinhos camelórios!
ResponderEliminarAi fiquei a morrer de vontade de me "montar" no primeiro avião e partir rumo à aventura!!!
ResponderEliminarA Maria Teresa nunca pára, pois não???
Um dia quando for grande quero ser assim!! :)
Beijinho com muito carinho e gratidão por tudo o que partilha aqui
Realmente, não há muitas sensações que se comparem a um passeio de camelo pelo deserto. Também não há céu estrelado como o que se vê à noite no deserto. Gostei de recordar consigo.
ResponderEliminarBjs
Cá está uma coisa que não me seduz nada... andar de camelo... já basta andar feita camela, várias vezes :) Mas... visitar a Tunísia gostava bastante... e devo dizer que está muito bem na foto!! beijinhos
ResponderEliminarAdorei essa viagem que acabei de fazer, quando continuaremos, rsrs?
ResponderEliminarBeijos
Adorei este teu relato. Gosto quando nos contam as viagens assim pelo lado romântico e lúdico. Agora: esta tua descrição dos tuaregues junto com o meu post das lingeries, isto é que dava uma história! Uau! heheheheheh
ResponderEliminarbeijos em céu azul!
Comecemos pela foto. Se "aquela coisa" que se vê ao fundo atrelada a uma carripana é um camelo, vou ali e já volto, até me parece que conheço aquela mula (no caso de ser uma mula).
ResponderEliminarPortanto a tua história só não é mais uma das "Mil e uma noites" porque "sei" que não eras capaz de nos impingires uma treta tão grande. :-)
Mas deixa-me dizer uma coisa: tens mais ares de cameleira (pelas lindas "camélias" que nos ofereces) do que camelória.
E agora diz lá que eu não sou bom a dar uma no cravo e outra na ferradura...
(A propósito: os camelos usam ferraduras?)
Não importa se estamos longe....O que importa, realmente, é que você existe para que eu sinta a sua falta..."
ResponderEliminarUm Bom Fim de Semana
Bjs com carinho
Continuando nas viagens, a minha visita à Tunísia foi um pouco frustrante; adorei Sidi Bou Said, mal vi Tunes (apenas a Medina, quase)e estive na região litoral com praias bonitas, mar maravilhoso, mas iguais a tantas outras noutras partes do mundo.
ResponderEliminarFaltou-me ir ao deserto, e daí a quase frustração.
E aquela falta de limpeza e a alimentação, meu Deus...
Beijinho.
Querida Maria Teresa
ResponderEliminarSempre fico encantado com estórias que se encontram na minha memória mais profunda das minhas origens levantinas.
Gostei muito... e perdoa-me a ousadia da sugestão...
Porque não crias um e-book com todas essas memórias camelórias?
Beijinhos.
Com estes post posso viajar sem sair de casa :) Obrigada pelas descrições das 'aventuras'.
ResponderEliminarBjokas ***