Amavam-se como é normal amarem-se dois adultos saudáveis à beira dos quarenta anos, a sua união tinha sido abençoada com o nascimento de três crianças a mais velha em pré-adolescência, a mais nova a roçar os 7anos. Um dia ele avisou que tinha que ir à casa de fins-de-semana, para os lados de uma praia muito conhecida, a fim de esperar pela leitura do contador de electricidade. Não voltou! O seu desaparecimento foi comunicado a quem de direito e o carro com portas abertas e toda a roupa por ele usada em tão fatídico dia, foram encontrados no alto de uma arriba.
Suicídio foi a conclusão a que se chegou, embora não existisse bilhete de despedida. As contas bancárias estavam intactas, mas legalmente ele não podia ser dado como morto. Ela foi fazendo a sua vida, viúva sem o ser, pelo menos oficialmente, tinha que aguardar uns anos para que esse veredicto fosse considerado.
As noites eram muito más, na solidão do quarto, que fora dos dois, muitas interrogações para as quais não encontrava resposta:
“ Porque não fui com ele? Serei culpada de algo que não descortino? Não soube ler sinais? Que sinais? Teria feito algo no passado que agora veio à tona? Estava doente com uma doença terminal? Mas o quê? Como? Porque não dei por nada? Porquê? Porquê? Porquê?...”
E soltava gritos, gritos silenciosos, desesperados. Tinha que dar respostas às crianças mas desconhecia-as.
Muitas manhãs acordava sem saber exactamente quem era. Continuamente era chamada para identificar corpos em decomposição, alguns na vizinha Espanha. Foi vítima de telefonemas maldosos a pedirem resgate. Passou a viver em contacto permanente com a Polícia Judiciária, sentia uma necessidade doentia de respostas.
Passaram mais de dois anos, as crianças foram crescendo no seio de uma família que os amava mas sem a presença de um pai. Um dia apareceu no colégio por eles frequentado, um fotógrafo que causou estranheza pelo interesse que demonstrava por essas mesmas crianças. Pessoas responsáveis e atentas quiseram saber o interesse de tal preferência…O fotógrafo foi denunciado à polícia, alguém o tinha contratado mas ele não sabia quem. Através da conta bancária, a partir da qual se tinha processado o pagamento, a polícia conseguiu descobrir uma morada em Londres. De investigação em investigação descobriu-se que nessa morada vivia um homem com o mesmo nome do suicida.
A mulher mete-se no primeiro avião, devidamente acompanhada, ruma à morada que lhe fora cedida, o coração sente, o coração sabe, bate à porta e esta é-lhe aberta pelo marido…
A máscara de silêncio, a causa deste afastamento ficou explicada, o homem pai e marido, estava a viver com alguém por quem se tinha apaixonado, um inglês um pouco mais velho, com uma posição social bastante proeminente. Não teve coragem de enfrentar a família e com o seu silêncio fê-los sofrer horrores…tinha encenado todo o seu suicídio com a cumplicidade do companheiro.
A raiva, a frustração, o desejo de vingança, … toda uma panóplia de sentimentos destrutivos atingiram aquela que tinha vivido num luto de esperança, de desespero, de interrogações…
O tempo passou, de certo modo não reparou o sofrimento mas atenuou a dor. Hoje ele está novamente a viver em Portugal com o amante, foi readmitido no cargo profissional que ocupava antes do falso suicídio, os filhos aos poucos têm-se reaproximado dele.
A máscara condenou-o ao silêncio, um silêncio que a ex-mulher ainda não lhe perdoou, silêncio de uma crueldade sem nome…
Nota: História verídica, iniciada na segunda metade dos anos 90 e que ainda hoje afecta os intervenientes, principalmente o filho mais velho.
Suicídio foi a conclusão a que se chegou, embora não existisse bilhete de despedida. As contas bancárias estavam intactas, mas legalmente ele não podia ser dado como morto. Ela foi fazendo a sua vida, viúva sem o ser, pelo menos oficialmente, tinha que aguardar uns anos para que esse veredicto fosse considerado.
As noites eram muito más, na solidão do quarto, que fora dos dois, muitas interrogações para as quais não encontrava resposta:
“ Porque não fui com ele? Serei culpada de algo que não descortino? Não soube ler sinais? Que sinais? Teria feito algo no passado que agora veio à tona? Estava doente com uma doença terminal? Mas o quê? Como? Porque não dei por nada? Porquê? Porquê? Porquê?...”
E soltava gritos, gritos silenciosos, desesperados. Tinha que dar respostas às crianças mas desconhecia-as.
Muitas manhãs acordava sem saber exactamente quem era. Continuamente era chamada para identificar corpos em decomposição, alguns na vizinha Espanha. Foi vítima de telefonemas maldosos a pedirem resgate. Passou a viver em contacto permanente com a Polícia Judiciária, sentia uma necessidade doentia de respostas.
Passaram mais de dois anos, as crianças foram crescendo no seio de uma família que os amava mas sem a presença de um pai. Um dia apareceu no colégio por eles frequentado, um fotógrafo que causou estranheza pelo interesse que demonstrava por essas mesmas crianças. Pessoas responsáveis e atentas quiseram saber o interesse de tal preferência…O fotógrafo foi denunciado à polícia, alguém o tinha contratado mas ele não sabia quem. Através da conta bancária, a partir da qual se tinha processado o pagamento, a polícia conseguiu descobrir uma morada em Londres. De investigação em investigação descobriu-se que nessa morada vivia um homem com o mesmo nome do suicida.
A mulher mete-se no primeiro avião, devidamente acompanhada, ruma à morada que lhe fora cedida, o coração sente, o coração sabe, bate à porta e esta é-lhe aberta pelo marido…
A máscara de silêncio, a causa deste afastamento ficou explicada, o homem pai e marido, estava a viver com alguém por quem se tinha apaixonado, um inglês um pouco mais velho, com uma posição social bastante proeminente. Não teve coragem de enfrentar a família e com o seu silêncio fê-los sofrer horrores…tinha encenado todo o seu suicídio com a cumplicidade do companheiro.
A raiva, a frustração, o desejo de vingança, … toda uma panóplia de sentimentos destrutivos atingiram aquela que tinha vivido num luto de esperança, de desespero, de interrogações…
O tempo passou, de certo modo não reparou o sofrimento mas atenuou a dor. Hoje ele está novamente a viver em Portugal com o amante, foi readmitido no cargo profissional que ocupava antes do falso suicídio, os filhos aos poucos têm-se reaproximado dele.
A máscara condenou-o ao silêncio, um silêncio que a ex-mulher ainda não lhe perdoou, silêncio de uma crueldade sem nome…
Nota: História verídica, iniciada na segunda metade dos anos 90 e que ainda hoje afecta os intervenientes, principalmente o filho mais velho.
Texto publicado no âmbito do desafio SILÊNCIO para Fábrica de Letras
Nossa amiga,q postagem.Eu li tudo.
ResponderEliminarSe bem entendi amiga este senhor largou a familía por um homem?
Tudo bem,sem preconceito mas será q ele ñ poderia ter sido mais digno do q prender filhos e esposa em busca de respostas.Ñ imaginou o sofrimento q lhes causou?
Misericórdia,eu nem deveria me surpreender com isso,mas ainda me surpreendo e muiiiiiiiiito.
Parabéns pela postagem.
beijokas.
Eu digo sempre que a realidade é sempre mais interessante e muito mais surpreendente que a ficção. Deduzi logo que fosse história verídica... e que triste história. Mas que egoísmo!!!!!!!!!!! É incrível o que certas pessoas são capazes de fazer, por cobardia... esse silêncio premeditado, eu diria até criminoso, provocando um sofrimento atroz, eu até compreendo, mas dificilmente perdoaria... Não poderia ter sido sincero com a esposa (por carta, se tivesse vergonha), e simplesmente desaparecer, sem deixar rastos, sem encenar essa morte, sabendo a culpa que a esposa sentiria? Acredito que as crianças, com o tempo, se tenham reaproximado... mas que tal como diz, a mais velha que sentiu todo o sofrimento causado, e possivelmente, ela própria também, culpa pelo suicídio, (tendência habitual das crianças), tenha mais dificuldades de aceitar esse egoísmo implícito, não só no abandono, que por si, seria suficiente... mas em todo esse plano premeditado. Tenho pena de todos os envolvidos, sinceramente. Um grande beijinho para si!
ResponderEliminarOlá querida Maria Teresa, este post é deverás impressionante.
ResponderEliminarQuando se sofre em silêncio a mente trás ao de cima o pior do Ser o Humano, encenar a sua própria morte, enganar tudo e todos ... tudo isto porque se ama não de forma diferente mas de igual para igual.
É importante não esquecer que na década de 90 e ainda nos dias hoje as pessoas são muitos descriminadas por gostar de pessoas do mesmo sexo. É preciso mudar as mentalidades, as educações e mostrar ao mundo que as coisas estão a mudar.
O modo como este homem agiu não foi da melhor maneira, pois o sofrimento que causou a todos o que o amavam deve ter sido horrível, aquela mulher que deve ter buscado em vão aquele homem que amou, cuidou e com quem se casou. A solidão que deve ter sentido, a tristeza... mas também a força que teve para lutar para dar tudo de bom aos filhos, uma Grande Mulher e muito corajosa por ter ido ao encontro daquele que depois de tanto tempo quis saber dos filhos.
Desejo tudo de bom para essa Senhora, pois a mágoa desse acto jamais irá passar.
Com muito carinho
Abraços doces e eternos :)
Sairaf
Com o objectivo de «evitar» um estado de sofrimento e desalento na sua familia, acabou por construir uma "cobarde" armadilha, que culminou no que queria «evitar».
ResponderEliminarA Verdade não tem rodeios, por muito que se oculte acaba por vir sempre "à tona"...
Planeta M
É incrível a cobardia que existe por aí... Quando se toma uma decisão, é preciso arcar com as consequências, e não fugir dessa maneira... até fico sem palavras!
ResponderEliminarBjokas
Nem sei o que faria a um homem que me fizesse isso. Trocar-me por outro (!) ainda era o menos, agora encenar a própria morte... Não pensou no sofrimento que causou na mulher e nos filhos? Que raio de pai é este? Belíssimo texto! Beijinhos mascarados!
ResponderEliminarPode parecer um paradoxo, mas é o que sinto: recuso-me a aceitar a atitude deste homem, mas não lhe aponto um dedo acusador.
ResponderEliminarÉ que, na minha opinião resultante do que a vida me tem mostrado, há fragilidades demasiado fortes...
Abraço
Fica sempre uma marca, no lugar da mascara!
ResponderEliminarDepois é mais dificil viver com a marca que com a própria máscara...
Traído afinal pelo amor aos filhos?
Ou é esse o castigo a pagar pelos sofrimentos a eles causados?
Quando a realidade supera a ficção...Parabéns pelo texto Maria Teresa!
Bjs dos Alpes...
Já tinha ouvido falar nesta história mas arrepiei-me de a ver escrita aqui. Viver uma vida dupla e não ter coragem de enfrentar a dura realidade é de uma imensa cobardia... Nem consigo imaginar o que essa mulher e essas crianças sentiram... Relato muito bom e muito bem escrito.
ResponderEliminarAs atitudes acabam sempre por marcar...neste caso pela negativa, infelizmente...mas não critico ninguém,sei lá o futuro...
ResponderEliminarbj
A falta de Honestidade (assim com agá grande) numa pessoa é aqilo que mais mexe comigo.
ResponderEliminarO "teu" heroi (sim, sei que é real) é um tipo que nunca soube o que era isso da Honestidade.
Pessoalmente (e sou uma pessoa pacífica) gostaria mais que a "história" tivesse terminado em Londres: ao abrir a porta ele a receber um tiro no meio dos olhos.
Para quem gosta de sangue era assim mesmo.
:-)
Ufa. Coitados. Sim, coitados de todos. Uns por um motivo e outros por outro, sofreram demasiado. Não retiro do rol o homem.
ResponderEliminarComo é que é possível uma pessoa ser tão egoísta, e no meu entender tão "maliciosa" por fazer algo tão atroz como uma encenação deste género.
ResponderEliminarParece mais uma história de filme e quase de "terror", sim de terror porque foi o que esta familia deve ter passado até descobrir que foi enganada e traída de todas as formas possíveis e imaginárias.
Julgo que se pode perdoar muita coisa e perdoa-se mas a isto nunca mas nunca na vida o faria!
Não tenho imaginação suficiente para pensar o que uma mulher e respectivos filhos sofreram. é horrével mesmo.
Acho que aqui se vê o puro egoísmo dos homens, não quer dizer que sejam todos como é obvio, mas que são mais egoístas do que as mulheres sem dúvida alguma!
O que desejo a esta familia é PAZ e muita força, porque apesar de ter passado algum tempo são marcas que devem ficar para toda a vida!
um beijinho muito grande!
Estou sem palavras.
ResponderEliminarQue história terrível.
E verídica.
Por mais doloroso que fosse ele dizer-lhe a verdade, o sofrimento dela não teria sido de certeza tanto. Mas muitas vezes cometemos actos completamente irracionais com a intenção de não magoarmos os outros. Provavelmente ele pensou que a morte dele a conformasse afim de algum tempo. Enganou-se. Enganaram-se os dois. Sinto pelo filho mais velho. Os seus sentimentos não foram tidos em conta.
ResponderEliminarBeijinhos :)
Querida Maria Teresa,
ResponderEliminarhoje voltei cá para reler este texto e ler o comentários e dei por mim a pensar, eu e todas as leitoras e leitores julgamos/opinamos sobre este homem, sobre o acto que ele fez... e se fosse com um de nós, o que faríamos??... é fácil julgar, o difícil é compreender...
abraço grande
Estas situações aconteciam e ainda acontecem porque a nossa sociedade não aceita estas uniões. Estas pessoas sentem vergonha e muitas vezes não percebem que ao cometer estes actos as famílias sofrem ainda mais, apesar de eles pensarem que assim seria melhor.
ResponderEliminarEste tipo de silencio magoa muito!
Bjocas
Patty
desde o início que presenti que estav perante uma história verdadeira. Devo dizer-lhe que , embora critique o comportamento del, compreendo-o. Este post devia se enviado ao Dr. Cavaco e recomendado aos blogs onde paira a homofobia, para ver se eles entendem melhor aquilo que tanto criticam.
ResponderEliminarCaramba. :s
ResponderEliminarQue horror!
Há gente que não vale um tusto furado. :s
*
Vim aqui por duas vezes porque não gosto de comentar sem realmente me aprofundar no assunto e este é por demais delicado. Implica em amores proibidos, em falta de firmeza de caráter, no medo do julgamento da sociedade e na ilusão de que se pode ser feliz causando o infelicidade de alguém. Não falo de separações de casais que por vezes beneficiam mais a familia do que se ficarem juntos. Falo da maneira como a coisa foi resolvida (ou mal resolvida). Não acredito que esse pai não tenha sentido falta de acompanhar o crescimento dos filhos. Foi um preço que ele teve que pagar. Por fim, não houve felicidade para ninguém. É um triste história para todos os envolvidos.
ResponderEliminarAmiga,vc gostou da Úrsula?
ResponderEliminarEla é fantástica mesmo.
Um beijo grande.
Querida Maria Teresa;
ResponderEliminarMais um excelente texto, como não podia deixar de ser. Olhe lá faz favor: NÃO FAZ POR MENOS?! HÃ?!
(até me sinto reduzida, com a sua escrita!) :) :)
Desejo-lhe uma semana excelente* com muitos sorrisos... Sim?! :) :)
´Querida Maria Teresa!
ResponderEliminar"O silêncio dos Inocentes" perante um acto que não consigo qualificar, certamente perseguirá durante toda a vida a condição humana!
Mas a visão "Humanista" do acto é paradoxal e "carrega" alguma coragem, que duvido, termos, todos, estrutura cerebral para compreender e acompanhar o sofrimento de todos os envolvidos nesta história da vida!
Um beijinho,
Renato
Se fosse com uma mulher ele talvez não se tivesse refugiado na mentira. Mas isso, mesmo assim, não é desculpa.
ResponderEliminarMaria Teresa
ResponderEliminarAcredite que falo sério. Vale bem a pena fazer uma trégua no meu corre corre e parar um pouquinho por aqui.
A senhora é fabulosa a contar estas histórias de vida !
Nunca esperaria que o motivo desta atitude cobarde fosse alguém do mesmo sexo...! Confesso a minha ianadaptação! Enquanto Pai de uma linda e amorosa jovem de 32 anos por quem daria a vida, ainda entendo menos.
Um dia, ganharei coragem e tempo, para, em homenagem à Maria Teresa, contar aqui, algo parecido, que se terá passado lá no interior de Vila Real, onde nasci.
Sinceros Parabéns
Bjs
G.J.
A TODOS OS QUE DEIXARAM O SEU COMENTÁRIO NESTE MEU TESTEMUNHO, “A MÁSCARA”, O MEU MUITO OBRIGADA!
ResponderEliminarNÂO VOU TECER NENHUM COMENTÁRIO, APENAS POSSO DIZER QUE TODOS OS INTERVENIENTES, NESTE CASO DA VIDA REAL, SOFRERAM MUITO. NINGUÉM SAIU INCÓLUME… NEM OS FAMILIARES MAIS PRÓXIMOS DE AMBOS OS LADOS, SE HAVIA LADOS!
PARA TODOS AQUI VÃO OS MEUS BEIJINHOS EMBRULHADOS!
MT
O silêncio de um homem, a dor da família, existem maldades no ser humano impossíveis de imaginar ou calcular. Concordo que se casem logo com quem gostam seja do sexo oposto ou do mesmo sexo, não façam é o parceiro sofrer tal humilhação e dor. Grande história Maria Teresa. Beijinhos.
ResponderEliminarNem sei o que diga...
ResponderEliminarClaro que este homem tem atenuantes para o muito mal que fez, mas a principal causadora destes acontecimentos é a sociedade!
Se fosse um amor por uma mulher, era condenável na mesma o abandono do lar, mas com certeza não teria descido tão baixo a encenar um suicídio indesculpável.
Há muita gente por aí, casados e pais de filhos, que usam as novas tecnologias para se "escaparem" rumo ao desejo que os consome, e que quando casaram já sabiam perfeitamente que iriam ter uma vida dupla e de mentira; egoísmo, talvez sim, mas acima de tudo, medo! Medo da sociedade, de se assumirem como são; tanta gente infeliz neste mundo por causa de casos semelhantes...
E o mais triste e até patético, é que muitos, socialmente, engrossam as fileiras dos homofóbicos, para "salvarem a honra do convento".
Eu não tenho o mais pequeno problema em me assumir como homossexual e faço-o com a tranquilidade de quem sabe o que é um Homem verdadeiro, que muito prezo ser.
E quem não me aceita assim, não me aceita nunca, pois eu sou um TODO!
Beijinho, obrigado por este texto e desculpa o "desabafo"...
Querido Pinguim não tens que pedir desculpa por nada! Este cantinho também é teu, é de todos, desde que começaram a deixar cá o seu testemunho.
ResponderEliminarGosto muito de ti, por vários motivos, tenho vindo a descobrir em ti, qualidades que aprecio numa pessoaa, e também por seres um homem honesto e de uma frontalidade a toda a prova.
Eu não faço juízos de valor...Todas as pessoas têm direito a serem felizes!
Não comentei cada um individualmente, como é meu hábito, talvez porque não soubesse o que dizer, mas penso que no meu "apanhado", deixei bem claro que, neste caso bastante dramático, TODOS sofreram MUITO.
Beijinhos embrulhados para ti!
Teresa este homem era um cobarde e não dou valor nenhum a esse tipo de pessoas. O meu lema sempre foi enfrentar a sociedade e dar a cara. O problema desta família é o de muitas famílias em que existe alguém que resolve demonstrar que é quem não é. Este homem era homossexual e além disso não se aceitava como era, daí a sua cobardia. A sociedade tem culpa? Culpa têm tido todos os que mentem para serem aceites pela sociedade. Uma das coisas que critico nos homossexuais é precisamente a mentira em que vivem. Se não fosse essa mentira já teriam sido aceites há muito tempo. Falo assim porque, na minha vida, nunca escondi nada nem vivi de aparências. Lembro-me de ter sido a primeira, penso que não estou enganada, a divorciar-me na vila onde os meus pais viviam. Se tive problemas? Claro ainda para mais era mulher. Pior ainda porque a sociedade não aceita, ainda hoje, uma mulher independente. Achas que me afectou? Não. Lutei a dobrar para conseguir o meu lugar mas consegui. As criticas da sociedade passaram-me ao lado. Se não tivesse havido mulheres como eu a sociedade não encarava o divorcio como encara. Hoje alguém divorciar-se já é banal. Não me venham culpar a sociedade, todos fazemos parte dela e se somos os primeiros a mentir que podemos esperar? Excelente participação.
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