Na sequência da resposta que dei ao Carapau no comentário de Paxi e Antipaxi, falei na Irlanda. Deitei-me a pensar nela, no que senti quando a visitei e no que registei de um sonho que tive, “vivido” lá, num passado não muito longínquo.
Talvez por isso, senti necessidade de falar hoje neste país.
Como gostei da Irlanda! Passear pelas suas veredas bordejadas por “brincos de princesa” campestres, sentir na nuca o sopro de duendes travessos que nos espreitam através dos arbustos e por detrás das frondosas árvores que se encontram pelos campos, escutar o bater das asas diáfanas das fadas, visíveis nas borboletas coloridas que pousam de flor em flor. Encontrar no ar que se respira, o espírito dos Celtas que a habitaram. E os rebanhos ovinos à solta pelos prados, com marcas coloridas para os criadores os saberem distinguir?
O seu povo! Um povo muito acolhedor, grato e não esquecido, que constantemente recorda o modo como no passado, quando ao fugirem da fome, no século XIX, chegaram à América e foram tão bem acolhidos. Não existem muitos vestígios “físicos” da sua História, os “invasores” da ilha deixaram-na ao longo dos tempos a “ferro e fogo”, a Inglaterra abandonou-os…
A visita à parte sul desta ilha, fez-me acordar do marasmo duma vida calma, fez-me voltar a sonhar com o amor, sem idealizar a sua forma física.
Sonhei com um homem que me colocaria um braço sobre os ombros e a quem eu abraçaria pela cintura, à beira das escarpas da zona ocidental, observando ao longe, mas simultaneamente tão perto, as Ilhas de Basket, numa comunhão de pensamentos imaginando os seus habitantes isolados, durante meses a fio, duma terra que estava à vista. A necessidade que sentiriam em libertar a alma e o recorrerem ao registo escrito dos seus afazeres, dos seus pensamentos, das suas emoções. Ouvindo as suas vozes libertando poemas e os seus corações palpitantes de amor.
Noutro local do mesmo país, em Dublin, passearíamos de mãos dadas, ouviríamos a história de Molly Malone, apreciaríamos a sua figura representada em bronze, mulher pequena, atrevida e bela e deliciar-nos-íamos com a canção, quase hino nacional, que lhe foi dedicada. À noite, antes de recolhermos à alcova secreta que nos aguardava para uma noite de amor terno e profundo, voluptuoso e eterno, visitaríamos um pub onde apreciaríamos uma guiness acre e fresca, que deslizaria pelas nossas gargantas sequiosas, pelos nossas bocas sedentas de beijos…
Há quem chame à Irlanda “o país das fadas” … como concordo com esta designação!
Talvez por isso, senti necessidade de falar hoje neste país.
Como gostei da Irlanda! Passear pelas suas veredas bordejadas por “brincos de princesa” campestres, sentir na nuca o sopro de duendes travessos que nos espreitam através dos arbustos e por detrás das frondosas árvores que se encontram pelos campos, escutar o bater das asas diáfanas das fadas, visíveis nas borboletas coloridas que pousam de flor em flor. Encontrar no ar que se respira, o espírito dos Celtas que a habitaram. E os rebanhos ovinos à solta pelos prados, com marcas coloridas para os criadores os saberem distinguir?
O seu povo! Um povo muito acolhedor, grato e não esquecido, que constantemente recorda o modo como no passado, quando ao fugirem da fome, no século XIX, chegaram à América e foram tão bem acolhidos. Não existem muitos vestígios “físicos” da sua História, os “invasores” da ilha deixaram-na ao longo dos tempos a “ferro e fogo”, a Inglaterra abandonou-os…
A visita à parte sul desta ilha, fez-me acordar do marasmo duma vida calma, fez-me voltar a sonhar com o amor, sem idealizar a sua forma física.
Sonhei com um homem que me colocaria um braço sobre os ombros e a quem eu abraçaria pela cintura, à beira das escarpas da zona ocidental, observando ao longe, mas simultaneamente tão perto, as Ilhas de Basket, numa comunhão de pensamentos imaginando os seus habitantes isolados, durante meses a fio, duma terra que estava à vista. A necessidade que sentiriam em libertar a alma e o recorrerem ao registo escrito dos seus afazeres, dos seus pensamentos, das suas emoções. Ouvindo as suas vozes libertando poemas e os seus corações palpitantes de amor.
Noutro local do mesmo país, em Dublin, passearíamos de mãos dadas, ouviríamos a história de Molly Malone, apreciaríamos a sua figura representada em bronze, mulher pequena, atrevida e bela e deliciar-nos-íamos com a canção, quase hino nacional, que lhe foi dedicada. À noite, antes de recolhermos à alcova secreta que nos aguardava para uma noite de amor terno e profundo, voluptuoso e eterno, visitaríamos um pub onde apreciaríamos uma guiness acre e fresca, que deslizaria pelas nossas gargantas sequiosas, pelos nossas bocas sedentas de beijos…
Há quem chame à Irlanda “o país das fadas” … como concordo com esta designação!
LETRA DA CANÇÃO
MOLLY MALONE
In Dublin´s fair city
where the girls are so pretty
I first set my eyes on sweet Molly Malone
She wheeled her wheel-barrow
through the streets broad and narrow
Crying Cockles and mussles alive alive oh
She was a fishmonger
and sure it was no wonder
For so were her father and mother before
And they both wheeled their barrow
through streets broad and narrow
Crying Cockles and mussles alive alive oh
She died of a favour
and sure no one could save her
And that was the end of sweet Molly Malone
And her ghost wheels her barrow
through streets broad and narrow
Crying Cockles and mussles alive alive oh
Alive, alive-o alive alive-o
Crying Cockles and mussles alive alive oh
In Dublin´s fair city
where the girls are so pretty
I first set my eyes on sweet Molly Malone
She wheeled her wheel-barrow
through the streets broad and narrow
Crying Cockles and mussles alive alive oh
She was a fishmonger
and sure it was no wonder
For so were her father and mother before
And they both wheeled their barrow
through streets broad and narrow
Crying Cockles and mussles alive alive oh
She died of a favour
and sure no one could save her
And that was the end of sweet Molly Malone
And her ghost wheels her barrow
through streets broad and narrow
Crying Cockles and mussles alive alive oh
Alive, alive-o alive alive-o
Crying Cockles and mussles alive alive oh
Pi Maria teresa
ResponderEliminarLi o post anterior e acho maravilhoso poder descrever passeios inaesquecíveis assim. O planeta é de uma magnitude enorme e passamos por aqui sem conhecer nada, muitos só mesmo aquele pedacinho de chão onde vive.
Felizes e afortunados quem pode viajar, conhecer outros povos , outras realidades.
Parabéns , lindos sonhos !
beijinhos bem embrulhadinhos rs
Querida Lis é bom viajar sim, pelos motivos que aponta... mas é também muito bom termos um local onde nos acolhermos, o "nosso" chão.
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Amiga,as suas viagens me encantam sabia!!!
ResponderEliminarmeus parabéns.
Um beijo grande.
Querida Pérola eu viajo em terra (mas não só) e tu viajas pelo mundo da poesia...
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para ti!
E por falar em sonho... a Irlanda, imaginou-me mesmo assim verde, verde até perder de vista, pelo que vejo nos documentários. Também quero lá ir um dia, e à Holanda e a ... muitos sítios. Beijinhos. Adorei a forma como descreveu a viagem.
ResponderEliminarQuerida Olga eu quase não disse nada sobre a Irlanda. Ela é mesmo bonita e tem muito para nos "contar", desde lendas até ao modo como foram ignorados e maltratados pelos seus vizinhos ingleses dos quais eram uma "concessão" ( falta-me o termo)
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Maria Teresa
ResponderEliminarObrigado pelas amáveis visitas.
Voltarei aqui, com mais tempo, para me deliciar com mais um textinho seu!
Bjs
G.J.
Querido Gaspar, não tem que se justificar, volte quando puder e lhe apetecer...
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Bonito texto.
ResponderEliminarFelizes os que podem viajar e correr mundo.Tantas maravilhas perdidas para serem descobertas...........
Eu vou "para fora cá dentro" e fico já um nadinha satisfeito.
Querido Direitinho mas é excelente ir-se lá fora cá dentro. Temos paisagens, monumentos, museus, tradições,... temos História e coisas tão belas e dignas de serem vistas e apreciadas.
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Estive lá em Outubro do ano passado e vim deliciada! O verde, os celtas, as músicas (já para não falar nas Guiness e nos Pubs), tudo maravilhoso! Também senti que os ingleses os abandonaram... estranho, não é?
ResponderEliminarQuerida Sofia em relação ao abandono à fome permitido pela Inglaterra, a História "a" julgou, a História "a" continuará a julgar...
ResponderEliminarE a Irlanda é linda, sonho lá voltar mas só sob determinadas condições ...
Obrigada pela sua visita! Volte sempre que puder será bem-vinda!
Beijinhos embrulhados para si!
Às vezes é bom sonharmos acordadas... E a Irlanda, terra de fadas e duendes, deve ser propícia a isso... Beijinhos sonhadores!
ResponderEliminarQuerida Ana Rita e eu gostava tanto de lá voltar e levar-vos comigo... também se sonha com os filhos ao nosso lado.
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para ti!
Um post bem trabalhado sobre um país que não conheço, mas deixa-me pegar por uma pontinha que deixaste à mostra num dos comentários.
ResponderEliminar"Sonho lá voltar mas só sob determinadas codições..."
Nunca umas reticências disseram tanto.
:-)
Bjo.
Querido Carapau o tempo é meu inimigo...
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para ti!
Morro de vontade de visitar a Irlanda...Parece ser tudo tão perfeito!!!
ResponderEliminarOi, maria teresa, primeiro vez que visito o seu blog e amei o seu cantinho.É tudo muito maravilhoso por aqui!!!
bjos
Querida Tânia vá à Irlanda sim, mas leve o seu "amor" consigo, esse país convida a namorar.
ResponderEliminarSeja bem-vinda, agradeço-lhe as suas gentis palavras e volte sempre que puder.
Procuro colocar neste cantinho as coisas agradáveis que a vida me tem concedido, mas na minha vida nem tudo é perfeito, há coisas menos boas...
Beijinhos embrulhados para si!
A Irlanda é um dos meus destinos de sonho... agora fiquei ainda com mais vontade de ir até lá!
ResponderEliminarBjokas
Eu ainda quero vir e ler ao menos uns dois post seu por dia pq é maravilhoso, e de aeroporto em aeroporto vou te lendo, pois estou em viagem...beijos
ResponderEliminarcom carinho
Hana
Querida Anira vá que não se vai arrepender.
ResponderEliminarAo passear pelas ruas de Dublin à noite, aos fins-de-semana, vêem-se jovens vestidas/os de forma muito "chamativa", em número anormal, que vão para festas temáticas.As que vão para despedidas de solteira então são engraçadíssimas, vi quem levassa a mãe e esta levava um cartaz enorme a identificá-la. Não estou a falar de casos pontuais. São jovens muito alegres e divertidos, "metem-se" com quem passa por eles mas de uma forma educada, convidam-nos inclusivamente a seguir com eles.
Prepare-se para comer batatas sob todas as formas que possa idealizar... e não é que são deliciosas?
Beijinhos embrulhados para si!
Querida Hana obrigada! Está viajando por onde?
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Hum fiquei com um bocadinho de inveja de não poder/saber viajar assim.
ResponderEliminarQuerida S* eu sei que a sua "inveja" é por bem...
ResponderEliminarVai poder fazê-lo, precisa é de acreditar nisso, eu levei muitos anos a sonhar e a acreditar, para só depois poder concretizar.
Beijinhos embrulhados para si!
Querida Maria Teresa,
ResponderEliminaré sem duvida um texto lindo.
Viajar e conhecer lugares, recorda-los é reviver cada pedacinho novamente.
Espero que esteja bem melhor.
Abraço grande com muito carinho... já estou a sonhar novamente.
:)
Querida Sairaf é reconfortante fazer isso que diz.
ResponderEliminarEstou bem melhor, mas aida não estou EU.
Continue a sonhar e a realizar os seus sonhos...
Obrigada!
Beijinhos embrulhados para si!
Cara MARIA TERESA
ResponderEliminarHoje sim, consegui um tempinho para me deliciar com este seu real e lindo texto.
Fabulosa a maneira como nos dá conta de um sonho seu, ao mesmo tempo que, nos dá a conhecer essa linda IRLANDA.
Quanto à INGLATERRA... bom, eles foram nossos aliados no passado... e é meu entendimento que, com aliados assim, "qualquer um é feliz!".
Beijinhos
G.J.
Querido Gaspar há zonas da Irlanda que a sua "máquina" ia adorar, desde as zonas verdejantes até à costa ocidental de que falei àrida e muito escarpada com um mar revolto a separá-la das ilhas de Basket, ilhas onde nasceram alguns dos grandes poetas e escritores irlandeses.
ResponderEliminarCronwell foi um sanguinário que para além de ter muita influência na Guerra Civil Inglesa, alterando o rumo da história, mandou executar milhares de irlandeses por serem apoiantes do rei "deposto" e/ou por possuirem armas.
A História da Irlanda é fascinante e bem reveladora das perseguições sofridas pelos irlandeses ao longo dos tempos.
Beijinhos embrulhados para si!
Tem selinho pra vocé la no meu blogue :)
ResponderEliminarQuerida Joanne obrigada! Vou buscar!
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Querida Maria Teresa
ResponderEliminarQue maravilhoso roteiro de memórias. Viajar para sentir um povo e para respirar a tradição é algo de maravilhoso.
Grato por esta bonita partilha onde a poesia sempre esteve presente.
Beijinhos.
Os seus comentários acerca das viagens que tem feito são tão fantásticos e tão minuciosos sem serem que...nos levam aos locais de uma forma quase tão real que até parece que estamos lá,mesmo sem estarmos!
ResponderEliminarIrlanda, conheço muito bem Dublim é uma cidade lindissima, pena tenho que quando lá vou não ter tempo para conhecer um pouco melhor a ilha...acho que tenho que voltar lá sem ser em trabalho!
Tem razão quando diz que "alguém lhe chama o país de fadas" porque parece mesmo e os Irlandeses são super mas super simpáticos!
jinhos e obrigada por me lembrar de algo que eu tanto gosto!
Querido Vicktor sempre ao dispor...:):):)
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para ti!
Querida Canhota quando voltar aproveite para dar uma voltinha pelo campo... eu não contei nem um terço do que vi.
ResponderEliminarSó as lendas que eles têm...
Beijinhos embrulhados para si!
Por incrível que pareça, ainda há quem acredite em duendes e fadas por lá... mesmo! Como eu já escrevi hoje, viajar abre os horizontes... que saudades que tenho de viajar assim... beijinhos ainda corridos
ResponderEliminarQuerida Eva, no meu imaginário gosto de sonhar com esses seres fantásticos, dão beleza ao vento e romantismo ao movimento das folhas...
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Ao contrário da Grécia, a Irlanda e um dos poucos países europeus que não conheço, com muita pena minha.
ResponderEliminarTenho programadas para quando me sair um prémio "razoável" no euro milhões, duas viagens - uma à Irlanda e outra aos países bálticos com uma ida a São Petersburgo.
Quando será?
Beijinho.