Como muitos de vós já sabem, na 5ªfeira passada, fui à antestreia de “Roméo e Juliette”, no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra.
O grupo de bailado pertence ao Ballet du Grand Théâtre de Géneve (Suiça), tendo como director Philippe Conhen, coreografia de Joëlle Bouvier e música de Sergueï Prokofiev.
Antes da apresentação do bailado houve uma recepção, para que as “vaidades” cá do burgo se pavoneassem, a maioria encabeçada pelo F.S. que surgiu acompanhado por um enorme séquito, um “bom bocado” depois da hora marcada.
Quanto ao espectáculo, um bailado muito moderno, estou a gostar mais hoje dele do que na altura. Não cheguei a ficar cansada, decorreu num espaço de tempo bem cronometrado e com a coreografia em perfeita sintonia com a música.
Não estou familiarizada com o ballet moderno, em que os bailarinos dançam descalços, o guarda-roupa é sóbrio e o cenário está despido e na penumbra.
Intimidou-me um pouco!
O grupo de bailado pertence ao Ballet du Grand Théâtre de Géneve (Suiça), tendo como director Philippe Conhen, coreografia de Joëlle Bouvier e música de Sergueï Prokofiev.
Antes da apresentação do bailado houve uma recepção, para que as “vaidades” cá do burgo se pavoneassem, a maioria encabeçada pelo F.S. que surgiu acompanhado por um enorme séquito, um “bom bocado” depois da hora marcada.
Quanto ao espectáculo, um bailado muito moderno, estou a gostar mais hoje dele do que na altura. Não cheguei a ficar cansada, decorreu num espaço de tempo bem cronometrado e com a coreografia em perfeita sintonia com a música.
Não estou familiarizada com o ballet moderno, em que os bailarinos dançam descalços, o guarda-roupa é sóbrio e o cenário está despido e na penumbra.
Intimidou-me um pouco!
Deduzi no início, quando um bailarino escurecido, de tronco nu, vestido com uma longa saia rodada da cor dos trajes tibetanos, portador de uma longa vara, desce a estrutura inclinada e roda a uma velocidade estonteante sobre um enorme círculo cinzento prata, marcado no chão do palco, que estávamos a avançar no tempo e que esta história de amor se iria a passar nos dias de hoje.
Houve necessidade de “acordar” Romeu e Julieta (a interpretação é minha) e isso pareceu-me bem visível (será isso?).
Grande parte do bailado é ocupada com as lutas, bastante violentas, travadas entre os Montecchios e os Capuletos, inimigos de longa data, que tornam o amor destes dois jovens quase impossível.
O casamento na sua união carnal é tratado com um espantoso jogo de movimentos através do recurso a um véu e a corpos aparentemente desnudos. Julieta desliza pelo cenário coberta por um véu imenso, que lhe é retirado por quatro estiradores quase invisíveis, a elevação do véu assemelha-se a uma gigantesca ave branca, de asas bem abertas, que suavemente voa para atingir um espaço infinito e deixa Julieta totalmente despojada de vestes. Romeu surge também desnudado e ambos iniciam um jogo de movimentos carregados de simbolismo sexual, movimentos serenos, ternos, amorosos, sem agressividade.
Em todo este bailado não senti paixão nem tragédia, paixão e tragédia que já “encontrei” noutras interpretações da mesma obra de William Shakespeare.
Houve necessidade de “acordar” Romeu e Julieta (a interpretação é minha) e isso pareceu-me bem visível (será isso?).
Grande parte do bailado é ocupada com as lutas, bastante violentas, travadas entre os Montecchios e os Capuletos, inimigos de longa data, que tornam o amor destes dois jovens quase impossível.
O casamento na sua união carnal é tratado com um espantoso jogo de movimentos através do recurso a um véu e a corpos aparentemente desnudos. Julieta desliza pelo cenário coberta por um véu imenso, que lhe é retirado por quatro estiradores quase invisíveis, a elevação do véu assemelha-se a uma gigantesca ave branca, de asas bem abertas, que suavemente voa para atingir um espaço infinito e deixa Julieta totalmente despojada de vestes. Romeu surge também desnudado e ambos iniciam um jogo de movimentos carregados de simbolismo sexual, movimentos serenos, ternos, amorosos, sem agressividade.
Em todo este bailado não senti paixão nem tragédia, paixão e tragédia que já “encontrei” noutras interpretações da mesma obra de William Shakespeare.
************
Estranhamente não havia programas à venda. Desconheço o nome dos bailarinos e as restantes informações que um programa normalmente traz.
Tomei conhecimento do nome do director e do coreógrafo através de uma pequena brochura com o programa do “Festival de Sintra – Música e Dança 2010 de 28 de Maio a 4 de Julho”.
Tomei conhecimento do nome do director e do coreógrafo através de uma pequena brochura com o programa do “Festival de Sintra – Música e Dança 2010 de 28 de Maio a 4 de Julho”.
*************
Vale a pena dar uma saltada a Sintra, apreciar gulosamente uns travesseiros ou umas queijadas e assistir a este espectáculo! Tendo em atenção que, a partir das 20.30 horas, perto do Centro Cultural não encontram nenhum café ou pastelaria abertos. Apenas no centro da vila há “vida” nocturna.
E depois espantamo-nos que os potenciais clientes fujam para outras paragens!
As imagens foram tiradas da Internet, é por isso que na primeira, o bailarino aparece com uma saia azul e não com a saia com que o vi actuar.
Minha querida
ResponderEliminarO Olga Cadaval,é neste momento a Fina Flor de Sintra, mas normalmente há falhas na informação.
Já foste ver alguma das peças da Quinta da Regaleira, é uma maravilha.
Deixo um beijinho
Sonhadora
Querida Sonhadora há mais ou menos dois anos que, sem ter muita consciência disso, me tenho mantido afastada dos acontecimentos culturais em Portugal. Ir à noite assistir a um espectáculo em Sintra sozinha é difícil, por causa do regresso ao Refúgio, tenho que passar por caminhos "desertos". Para este espectáculo tive companhia, por isso fui.Estou a "programar-me" para o continuar a fazer...enviam-me todos os meses "Sintra Cultural", sei o que tenho perdido!
ResponderEliminarBeijinhos sem embrulho para ti!
Querida Maria Teresa, não sabe como a invejo, mas uma inveja saudável, não sei se isto será possível mas julgo que sim. Infelizmente nesta curta passagem pela vida ainda não tive oportunidade de ir ao teatro, que vergonha!!!
ResponderEliminarMas tenho a certeza que quando for vai ser uma daquelas emoções que vou degustar com muito prazer.
Abraço
grande e muito apertado
Com carinho
Sairaf
É sempre um programa diferente... Eu resido no interior do país, a oferta cultural não é tão diversificada, mas dá para aproveitar! E este fim de semana assisti a um espetáculo de Ópera, totalmente produzido por uma escola superior, se quiser espreitar:
ResponderEliminarhttp://www.reconquista.pt/noticia.asp?idEdicao=233&id=21381&idSeccao=2543&Action=noticia
Bjokas!
Querida Sairaf isso não é inveja é gostar de poder partilhar bons momentos, é ficar contente por os outros de quem gosta o puderem fazer.
ResponderEliminarQuando vier a Lisboa diga com alguma antecedência, se for alguma ópera ou bailado num dos locais habituais, eu convido-a para me fazer companhia (a não ser que tenha outra companhia, que aliás também pode ir:):):))
Beijinhos sem embrulho para si!
Querida Anira claro que quero espreitar, neste momento sinto-me muito voltada para o nosso país, comecei a ter curiosidade e a gostar de saber o que por cá se passa.
ResponderEliminarBeijinhos sem embrulho para si!
O FS já aderiu ao TMS? (Tempo Médio de Sócrates) e chega pelo menos meia hora atrasado?
ResponderEliminarQuerido Carlos aprendi consigo essa... e é mesmo isso! Para mim não me fez mossa nenhuma, eu estava lá para aproveitar um convite que me foi dado por um jovem autarca que conheço de pequenino e sempre bebi champanhe e comi uma espetada de frutas...Mas FS que muitos consideram ser uma simpatia é muitíssimo arrogante, não "jogamos" no mesmo lado do campo. Eu tenho um parecer sobre os "cargos": as pessoas não são "importantes" pelos cargos que ocupam, os "cargos" é que são importantes se as pessoas que os ocupam forem competentes.
ResponderEliminarBeijinhos sem embrulho para si!
Então temos uma crítica de bailado, com direito a bilhete à borla e tudo...
ResponderEliminarE depois ainda diz mal do "chefe"... :-)
Quanto ao Romeu e Julieta já vi várias versões - bailado, teatro e cinema - e, tanto quanto me lembro do que mais gostei foi de um filme, por volta dos anos 70, se a memória me não falha do Zeffilleri. Com vários prémios, era um filme espectacular (entretanto fui confirmao ao google, é como eu digo).
Agora uma curiosidade : em tempos cheguei a ter a fama de ser o "Romeu" duma intérprete da Julieta, mas foi só fama, sem nenhum proveito. Como vês sou quase da família dos Montecchios...
Querido Carapau e além do bilhete, champanhe e mais umas "coisinhas" que todo o mundo atacou antes do chefe chegar. Mas, atenção! O convite não me foi enviado pelo chefe!!!.
ResponderEliminarFalta-te o "quase"... o que ´muito inoportuno em determinadas situações! Numa como esta, por exemplo! :):):)
Beijinhos sem embrulho para ti!
maria teresa
ResponderEliminarÉ sempre um ótimo programa.
Tenho curiosidade de ver essa peça . São várias as versoes e penso que esse ballet deve interessante.
uma ótima semana pra ti
com abraços
eu até que ia ,,, mas fica longe e as viagens são bem estão caríssimas . bolas e por aqui no meu rural não há nada. kis :)
ResponderEliminarMARIA TERESA
ResponderEliminarAcho fantástica a forma como descreve a Peça.
Parece mesmo que estive lá.
Tem razão! A arrogância parece ser a única virtude dos políticos de meia tigela.
Bjs
G.J.
Querida Lis é diferente...A história é intemporal, sempre houve e haverá famílias que não se dão e não aprovam o casamento entre os membros mais novos.
ResponderEliminarBeijinhos sem embrulho para ti!
Querida Avogi não tens acesso a espectáculos por aí? Estás a falar a sério? Por aqui não faltam...
ResponderEliminarBeijinhos sem, embrulho para ti!
Querido Gaspar de meia tigela? Eu penso que são de tigela inteira...
ResponderEliminarBeijinhos sem embrulho para si!
é sempre tão bom assistirmos algo assim e nós os "lisboetas" ou os que estão nas proximidades somos uns previlegiados em os podermos assistir com tanta facilidade e rapidez...e mesmo indecente o resto do país não poder ter acesso ao mesmo!!
ResponderEliminarMas a forma como o descreve se pormos música a tocar...é quase como se estivessemos lá!
ainda bem que gostou!
jinhos!
Querida Canhota voltei ao "activo", andava um pouco arredada das minhas idas ao teatro e afins, verifiquei que já tinha saudades vou começar a rectificar essa situação...
ResponderEliminarO problema do "interior" é antigo, há estruturas que permitem a realização de espectáculos, tem que haver é querer dos autarcas e dos "empresários" que têm nas "mãos" a "direcção" desses espectáculos.
Beijinhos sem embrulho para si!
Querida Maria Teresa
ResponderEliminarGostei de ler a forma clara, mas poética e estética, com que partilhaste o sentido nesse interessante bailado.
Sem dúvida que o espectáculo ganha, na minha modesta opinião, quando são trocadas as malhas justíssimas utilizadas no passado pelos corpos desnudos.
Gostei muito do que li.
Beijinhos.
Querido Vicktor, tu não paras homem (estou a falar no que escreveste no post de ontem), fico a aguardar esse trabalho de que falas.
ResponderEliminarBeijinhos sem embrulho para ti!
sem dúvida um excelente programa, invejo-a! (inveja boa, claro!:-)
ResponderEliminarEssa falta de informação é que acho realmente estranha, não a compreendo. De resto, estivemos lá também contigo pela maneira como o descreveste. :)
ResponderEliminarQuerida Chapéu nem eu pensava outra coisa...:):):)
ResponderEliminarBeijinhos sem embrulho para si!
Querida Red e a cara da funcionária quando lhe fiz a pergunta. Ainda lá hei-de voltar para lhes falar sobre essa falha.
ResponderEliminarBeijinhos sem embrulho para ti!
Vale sempre ver algo de novo, é pena não haver a paixão, porque esta obra é fantástica e quando bem interpretada deixa-nos com a "lágrima no olho". A falta dos programas é uma grande falha. Beijinhos.
ResponderEliminarQuerida Olga não me comovi... como já me tem acontecido noutras interpretações desta obra.
ResponderEliminarA história dos programas ainda está por resolver, quando voltar a Sintra vou saber bem como é.
Beijinhos sem embrulho para si!
Eu gostaria muito de ter visto este espectáculo; embora goste muito do ballet clássico, não desgosto versões modernas dos temas clássicos e este "Romeu e Julieta" chamava-me a atenção, pois já vi duas fabulosas coreografias muito "avant-garde" dos eternos amantes de Verona e esta seia a terceira: uma espantosa "revolução balética" de Maurice Béjart no Coliseu de Lisboa (e que se transformou num "hapenning", conforme já contei num post, há tempos), e o belíssimo "Romeu e Julieta", na sua versão gay, pelo extraordinário coreógrafo Matthew Bourne.
ResponderEliminarEstou certo que teria gostado muito, mas foi impossível ir.
Querido Pinguim estes espectáculos estão sempre muito pouco tempo. Por aqui como deves saber há sempre muito que ver, por vezes não há companhia e é aborrecido deslocar-me sozinha, de noite, por caminhos bastante isolados. Devias ter gostado, foi diferente do que estou habituada a ver...
ResponderEliminarbeijinhos sem embrulho para ti!