Este enlace real foi celebrado na Igreja de São Bartolomeu-o-Velho em Trancoso (na actualidade não existem vestígios dela). Existe, no entanto uma pequena capela, a capela de São Bartolomeu, erigida em 1778, a mando da Câmara Municipal do Município, para recordar esse casamento. Numa das paredes laterais da pequena capela encontra-se o conjunto de azulejos representado na fotografia.
Frutos desta união nasceram dois filhos D. Afonso e D. Constança. O filho D. Afonso viria a ser, depois da morte do pai, o Rei D. Afonso IV o Bravo.
Em 1516 D. Isabel foi beatificada pelo Papa Leão X, mais tarde, em 1625 seria canonizada pelo Papa Urbano VIII.
Todos conhecem histórias/ lendas ligadas a D. Isabel a mais conhecida das quais é o célebre Milagre das Rosas.
A noiva que veio por terra, com uma enorme comitiva, composta pelo Bispo de Valença e pelos melhores cavaleiros, nobres e damas da corte de seu pai D.Pedro III de Aragão, ao chegar às terras de Meda, sentindo-se sequiosa e coberta de pó mandou parar o seu séquito e interpelou uma mulher do povo:
“-Como se chama esta terra?
-Longroiva, real princesa. Tem umas termas de águas boas para a limpeza da pele e a sua cura, assim como para enfermidades
- Bendita terra! Pois quero banhar-me nessas boas águas, antes de conhecer meu real esposo, D. Dinis!”
Santos Costa, in Lendas da Mêda
E assim foi, D. Isabel banhou-se nas águas das termas e apareceu bela, jovem e “limpinha” aos olhos do seu prometido.
Os festejos destes esponsais foram muito concorridos, segundo alguns historiadores, foi a maior festa que até então se tinha realizado em Portugal, Trancoso não foi escolhido por acaso, era uma importante vila, populosa e em pleno desenvolvimento.
Visitei Longroiva e passei pelas termas. As águas sulfurosas que servem o actual balneário termal, datado do séc. XIX e modernizado em 2007, existem desde a pré-história, foram muito usadas pelos romanos na Idade Média. Encontram-se em funcionamento e as suas águas são indicadas para o tratamento de doenças reumáticas, nervosas e de pele.
Mais uma lição de história magnífica! Tive foi pena de D. Dinis... Coitado teve de esperar 8 anos para "dar cambalhotas" com D. Isabel! :) Não acredito que não tenha pulado a cerca durante todo esse tempo! Beijinhos reais!
ResponderEliminar...que "cantinho! interessante!
ResponderEliminar...estou sempre a aprender!
obrigada!
xis grandes da létinha
http://letinhaletinha.blogspot.com/
http://birdfleur.blogspot.com/
Que divinal pedacinho de historia que partilhaste com todos nós. Muito obrigado, pois fiquei um pouco mais rica.
ResponderEliminarBeijinhos, Ava.
Estive em longroiva exactamente em 2007 quando as obras estavam a ser concluidas. Era verão e recordo-me de me refrescar debaixo de uma árvore centenária ao pé de uma das fontes, tão calmo que era tudo, aquele cheiro forte da provincia.Adorei recordar.
ResponderEliminarBjs
Querida Ana Rita essa matemática anda muito tremida, não aprendeu nada com a sua mãezinha? Foram 6 anos até ela ter 17. Claro que pulou a cerca, até a pulou depois, conta-se que ele “visitava” certas damas nobres na região de Odivelas, D. Isabel sabendo disso apenas lhe disse: Ide vê-las, Senhor! Segundo o povo o “ide vê-las” teria dado origem ao moderno Odivelas.
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para ti!
Querida Sonhos, seja bem vinda a este meu cantinho, ainda bem que gostou...
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Querida Ava quem agradece a tua presença sou eu.
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para ti!
Querida Lilá(s) muito obrigada por deixar um comentário que ajuda a "cimentar" o meu texto
ResponderEliminarE as flores bem tratadas que há na região, sei que gosta de plantas se as visse como as vi, ficaria deslumbrada...
Beijinhos "sem embrulho" para si!
Querida Maria Teresa, que história interessante.
ResponderEliminarEstou a ver que andou por lugares muito interessantes e repletos de calmaria e muita paz.
Abraço grande
Com ternura
Sairaf
Já estou aqui escrevendo na minha lista de próximas visitas. TRANCOSO.
ResponderEliminarbeijos Maria Teresa
Querida Sairaf foi isso mesmo, apenas tenho pena de não levar comigo a família...
ResponderEliminarEstou gostando de ver que o blogue está activo.
Beijinhos "sem embrulho" para si!
Querida Pitanga acrescenta "Trancoso e arredores" fora do tempo da visita dos emigrantes.
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para ti!
Sempre tive a ideia que a Rainha Isabel (de Aragão) era muito limpinha...
ResponderEliminarA tua história confirma-o. Com 11 aninhos e já queria aparecer lavadinha (e perfumada, certamente). De pequenina é que se torce a pepina.
No entretanto as freiras de "ó de vê-las" iam tratando da saúde ao Rei...
Gente saudável naquele tempo!
Olá, gostei do seu post sobre um pouco de história...Espectacular....
ResponderEliminarBeijos
Querida Amiga
ResponderEliminarque belas lições de História de Portugal, sem ter que assistir a aulas. Certamente que teria sido melhor aluna a História se a minha querida Amiga tivesse sido a professora, mas não se pode ter tudo...
beijinhos "históricos"
Fátima Lourenço
Querido Carapau a D. Isabel não era limpinha era limpérrima... Sabes o que Napoleão mandou dizer à Josefina quando estava prestes a regressar de uma das suas incursões guerreiras? Se sabes não digas, se não sabes eu digo-te!
ResponderEliminarPara o resto do teu comentário :):):):):):):)
Beijinhos "sem embrulho" para ti!
Querido Fernando muito obrigada pelas suas gentis palavras.
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Querida Fátima a tua amizade, tolda-te a visão, eu sou uma analfabeta a História, embora goste muito de compreender os porquês...
ResponderEliminarFiquei bastante entusiasmada com a riqueza de património que encontrei na Beira Alta. Ando a ler sobre aquilo que vi.
Beijinhos "sem embrulho" para ti!
Olá Maria Teresa!
ResponderEliminarÉ isto mesmo de que estou a precisar (estância termal) para relaxar o sistema nervoso central!
E se a princesa ficou "lavadinha" e "limpinha" quem sou eu para desaplaudir semelhante atitude higiénica!
Belo post, carissima amiga. Parabéns pela aula de história de Portugal!
Um beijinho
Renato
Pera lá a rainha tinha onze anos? meu deus que desperdício!!! pronto, obrigada pela liçao de historia adorei, amei como dizem os brasileiros. kis:)
ResponderEliminarQuerido Renato eu também precisava de termas mas para tratar da pele:):):)antes isso do que cortar na pele de alguém...
ResponderEliminarIsto foi apenas um pequenino relato...nada mais do que isso.
Beijinhos sem embrulho para si!
Uma excelente lição de história. Sempre adorei esta Rainha, achava as suas histórias encantadoras e mágicas. Acho uma excelente dica para passar uns dias a relaxar. Beijinhos.
ResponderEliminarFantásticas lições!!!
ResponderEliminarParabéns MARIA TERESA
Obrigado
Bjs
G.J.
Querida Avogi não acredito que não soubesses que, no séc. XIII, os esponsais reais se faziam entre "crianças"...:):):)
ResponderEliminarEu não lhe vi a certidão de idade mas os documentos históricos assim o indicam.
Beijinhos sem embrulho para ti!
Querida Olga as histórias que se contam sobre esta rainha e algumas outras preenchem o nosso imaginário.
ResponderEliminarBeijinhos sem embrulho para si!
Querido Gaspar eu nada sei de História, isto são pequenos apontamentos que vou apanhando quando visito locais muito ricos do "nosso" passado. Com eles depois faço a "digestão", gosto de conhecer os porquês.
ResponderEliminarBeijinhos sem embrulho para si!
Olá Maria Teresa,
ResponderEliminarQue rica lição de história, e que precisão no relato dos 6 anos de espera...Mas o bispo seria, talvez, o de Velencia.
Que pena tive de não saber dessa sua visita à Beira Alta! Longroiva tem uma água excelente, pena é que o novo edifício as Termas seja um mamarracho, quando comparado com o de 1911 (julgo, não posso precisar a data).
Para a próxima incursão nas terras do Viriato, avise sff....
Querido Tio eu quando escrevo coisas "sérias" e um casamento é uma coisa muito séria (será:):):), cruzo dados, encontrei algumas discrepâncias na data do casamento,(diferença de dias em Julho) mas o Bispo de Valência é citado como o "personagem" mais importante do séquito, tirando a D. Isabel.
ResponderEliminarVi foi escrito Valencia sem ^, eu aportuguesei.
O edifício não é muito bonito não...
Fica prometido quando voltar à Beira Alta aviso-o!
Beijinhos sem embrulho para si!
As notas acerca da História concitam,geralmente, um interesse alargado.Aproveito o espaço para sugerir a todos os interessados e conhecedores relatos sobre os milagres da rainha Santa.
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