** Como podia esquecer? Era o meu 9º aniversário, fui almoçar a casa e no meu quarto estava um cesto de verga com um enorme laço vermelho. Não percebi bem o que era… Espreitei e vi a nossa Kitty! Como fiquei feliz!
*Hoje sabes porque te foi oferecida… Queres contar?
** Eh, eh… se bem me lembro foi para me tornar mais responsável! Para saber tomar conta dela, aliás com ela veio um postal com o “recado” e “instruções”. Caso não desempenhasse bem as minhas funções de dona, ela seria “devolvida”.
*É claro que nunca a devolveríamos…Em situação de “recurso” “dávamo-la” ao teu irmão.
**Pois, mas a "desgraçada" já tinha tido três donos! Recordo-me de dizerem que tinha estado em casa de um sapateiro, mas que lhe roía os sapatos dos clientes, foi devolvida… Depois esteve com duas irmãs que andavam à bulha por causa da cadela, foi devolvida… Também teve uma dona ausente, passava o dia sozinha em casa, ladrava muito, os vizinhos queixavam-se, foi devolvida… Lembro-me que a dona da mãe da Kitty, telefonou logo no dia a seguir a perguntar se estava tudo bem!!! Os telefonemas repetiram-se semanas a fio:) Neste caso à quarta foi de vez!
*Posso afirmar que foste uma excelente dona! Levava-la à rua, sem ser preciso lembrar-te, preocupavas-te bastante com ela…
** Pudera! Depois da licenciatura, mestrado e até doutoramento que tirei com o Phoebinhos… Levava caderno e lápis e apontava as vezes que fazia chichi e cocó e não eram poucas!
*Eras tão engraçada a fazeres isso! Ele estava à nossa guarda enquanto a nossa querida Maria Odete viajava…Ele adorava-te! Adorava-nos!
O que pensas que a Kitty sentia em relação a ti?
** Venerava-me!
*”Presunção e água benta cada um toma a que quer”…
O que sentes tu, ainda hoje, em relação à “nossa” Kitty?
** É a cadela da minha vida! Foi minha companheira, amiga e até confidente! Quando eu ficava amuada e fazia beicinho, agarrava-me a ela e dizia que só ela era minha amiga, só ela é que me compreendia… Era meiga, asseada e super inteligente! Quando o F. (na altura meu namorado, hoje meu marido), se despedia e dizia “até amanhã” ela levantava-se num ápice pois já sabia que ia à rua! Acompanhou-me até ao último ano da faculdade… Tal como a tua gata Leta, viu-me crescer!
*Mas um dia teve que partir…
**Foi em Janeiro de 1996. Ela, que era tão gulosa e comilona, nesse dia não quis comer nada… Como os bichos pressentem a morte… Eu estava no quarto a estudar, tu chamaste-me e ao pai, e os três vimo-la despedir-se de nós… No dia seguinte, lá fomos com ela para o Jardim Zoológico…
Lembro-me que na altura, a dona do Phoebus, me ofereceu um bonito e singelo texto sobre a “partida” de um cão, de onde retive a seguinte frase: “O melhor lugar para se enterrar um cão é no coração do seu dono.” E é no meu que ela está!
OBRIGADA FILHA POR TERES ACEITE O MEU DESAFIO!
Nota: Aos que me visitam, só de vez em quando, devo explicar que este texto foi escrito a “duas mãos e um dedo” (como já disse ao Carapau) e o dedo foi o meu…
No comentário que a minha filha fez ao post do dia 3, falou na Kitty e eu lancei-lhe um desafio… este é o “produto” desse desafio.
Foi a nossa “primeira vez”, se gostarem, estou a falar por mim, vou tentar que ela colabore comigo num texto ficcionado.
Tal mãe, tal filha.
ResponderEliminarLindo texto a duas mãos. Engraçado que em muitos aspectos me levaram á minha infância. Também tive um cachorro muito especial e que veio de forma muito especial para casa e que se transformou as nossas vidas enriquecendo-as com a sua presença...
ResponderEliminarUm beijo cheio de carinho, Ava.
Para mim, este desafio está delicioso... Têm que repetir, já percebi que têm muitas histórias para contar!
ResponderEliminarQuerida Calendas, "quem sai aos seus não degenera"...
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Querida Ava tive tantos animais durante a minha vida que tenho material até dizer basta...
ResponderEliminarEles "enriquecem-nos" e pouco pedem em troca, apenas um pouco de atenção, carinho e comida...
Beijinhos "sem embrulho" para si!
Quem sai aos seus não bebe genebra. bebe as palavras da mãe. kis:)
ResponderEliminarQuerida Stilleto isto foi um ensaio... é preciso arranjar é tempo.
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Querida Avogi tu és uma mestra, essa não sabia... cá está! Estou sempre a aprender:):):)
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para ti!
Muito original e adorável este diálogo entre mãe e filha...
ResponderEliminarAdorei Maria Teresa, está um sonho... Beijinhos.
ResponderEliminarQuerido Pinguim espero que tenhas mesmo gostado...
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para ti!
Querida Olga foi uma experiência mas com muito pouco tempo para poder ser pensada, no fundo ainda bem, saiu tal com íamos sentindo
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Uma parceria que promete! Espero que convença a sua filha a mostrar-nos os seus escritos masi vezes
ResponderEliminarQuerido Carlos ela vai "matar-me", mas talvez a convença... tem imenso trabalho com as suas peças artesanais. Sei que lhe fazia bem!
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Maeeeeeee! Não inventes, ok? Tempo é coisa que eu não tenho! Se souberem onde existem dias com 48 horas avisem, porque isto de deitar-me às duas e acordar às sete está a dar cabo de mim... :(
ResponderEliminarQuerida Amiga
ResponderEliminara mãe e a filha fazem uma dupla imbativel, continuem a "duas mãos e um dedo" que acho que está fantástico, podem até acrescentar um coração e uma cabeça, porque sei que funcionam as duas como uma só.
Beijinhos
Fátima Lourenço
Olá Maria Teresa,
ResponderEliminarEmbora o adiantado da hora, não quero deixar de escrever alguma coisa nesta tua caixa de comentários.
- Parabéns, és uma pessoa fantástica.
Abraça-te
(desculpa se o esqueleto ficou a destoar)
"Duas mãos e um dedo"! Um título sugestivo.
ResponderEliminarAdorei o texto! Inverteram-se os papeis a jornalista a ser entrevistada!
Bjs dos Alpes
Querida fiiiiiiiiiiiiiiiiiiiilha não te atrapalhes... Organiza-te! Há tempo para tudo! Eu escrevo uma pequena frase (ou tu) e a outra escreve um "continuado",... é um texto pequeno para caber aqui...
ResponderEliminarO teu gostinho pela tua ex-profissão pode ir ficando contrabalançado (não sei bem o que isto quer dizer mas enfim....)
Beijinhos "sem embrulho" para ti!
Querida Fátima não permitas que a amizade que nos unes há tanto tempo só te permita ver coisas bonitas em nós.
ResponderEliminarSabes que, por vezes, implicamos uma com a outra?
Achas que a vou conseguir convencer???
Beijinhos "sem embrulho" para ti!
Querido Bombas!!! Nunca dormes? O esqueleto não faz diferença nenhuma, pelo contrário, dá um toque de "punk", será?
ResponderEliminarAs tuas palavras são muito gentis, já sei que és um cavalheiro, espero que não te tenhas precipitado a "julgar-me".
Beijinhos "sem embrulho" para ti!
Querida Flor fraca jornalista "eu sou"...Mas foi o modo rápido de se conseguir um texto. Confesso que "adorei" a experiência. Escrevemos bastante uma à outra, sai uma lagrimita quando estamos inspiradas, mas escrevermos em simultâneo nunca.
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Que giro!!!
ResponderEliminarVenham mais!!
Beijinho
Os animais enriquecem a nossa vida, e partilhar essas experiências ainda mais!
ResponderEliminarBjokas
Que lindas !
ResponderEliminarping pong bonito , bolinhas rolando redondinhas, boas perguntas, ótimas respostas. Adorei.
e o assunto é só ternura.
muito gostoso, maria teresa, parabéns.
meus abraços
Texto lindo, lindo.
ResponderEliminarQuem aprecia assim os animais também ama a humanidade com igual paixão.
Estudei em Psicologia que são assim os Emotivo-Activo-Secundários...
A paixão está-lhes em tudo o que façam...
Vê-se pela forma de escrever...
Como tinha prometido cá estava eu na 1ª fila para apreciar o diálogo.
ResponderEliminarPara o comentário não sair igual ao da Calendas direi: "olha que duas"!
Uma diz "mata", a outra diz "esfola".
Querida Mariana talvez, mas tem que ser com muito jeitinho, ela ficou "brava", não viu o comentário dela:):):)
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Querida Anira sabe bem como é, não sabe?
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Querida Lis muito obrigada! Devo dizer-lhe que foi muito divertido!
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Querido Rouxinol muito obrigada pelas suas gentis palavras. Confesso que "tudo" o que faço, faço-o deixando um bocadinho de mim, penso que isto é amor...
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Querido Carapau isso é lema de família, já com o "rapaz" é assim...
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para ti!
Gostei muito.
ResponderEliminarNa Terça foi a minha vez de escrever sobre uma partida....
Era muito querido.
xx
Querida Papoila eu li...
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
Sempre tive cães, e esta vossa ideia toca muito nos pontos que sempre vivi.
ResponderEliminarObrigado pelo texto!
Querido Touro sempre houve animais nas nossas casas, variados. Presentemente o meu filho tem uma gata e a minha filha três cães. Eu deixei de ter animais de estimação há 3 anos...Já cumpri a minha missão no que respeita a 4 patas.
ResponderEliminarBeijinhos "sem embrulho" para si!
É muito triste a partida mas eles ficam sempre do nosso coração. A kitty ao menos, à 4º tentativa, consegui um lar que a amassem e viveu bem até ao ultimo dia e isso é o que importa :)
ResponderEliminarBjokas ****
Querida Amiga
ResponderEliminarEu só vejo o que "o que está à vista", a cumplicidade e a boa disposição das duas.
E, já agora, diga a Ana Rita que eu conheço um sítio onde o "dia tem 48 horas e a noite outras tantas", mas, só é bom para se passarem alguns momentos, ao fim de 2 ou 3 dias ela estaria como eu a "suspirar" pelo stress e pela "correria louca" da cidade.
Beijos para ambas
Fátima Lourenço
Querida C*inderela um animal de "estimação" não é um brinquedo, é um ser vivo e como tal também dá problemas. Nem todas as pessoas sabem disso e têm-nos "por ter", quando começam a ver que dá algum trabalho, "desfazem-se" deles...
ResponderEliminarA Kitty tinha uns olhos brilhantes, parecia que nos estava sempre a agradecer.
Beijinhos "sem embrulho" para si!
Querida Fátima às vezes implicamos uma com a outra e eu digo-lhe: "não sou tua amiga, sou tua mãe!"
ResponderEliminarEu dou-lhe o recado mas eu também quero saber onde é esse lugar...
Beijinhos "sem embrulho" para ti!