segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

ACONTECEU...

Sabe-se que:
Madalena Lucília Iglésias do Vale de Oliveira, nasceu em Lisboa, no bairro de Santa Catarina, em 24 de Outubro de 1939, filha de mãe espanhola e pai português.
Apenas com 15 anos, começou a frequentar o Centro de Preparação de Artistas da Rádio da Emissora Nacional.
Era e é, uma senhora muito bonita, que sempre foi conhecida artisticamente como sendo MADALENA IGLÉSIAS.
Até 1969 teve uma vida profissional muito activa, como cantora e como actriz. Tinha uma excelente voz, uma das mais invulgares ouvidas no nosso país. Recebeu vários prémios nacionais e internacionais em diversos Festivais e participou com António Calvário em dois ou três filmes portugueses que tiveram muito sucesso, eram histórias muito românticas que acabavam sempre com o “e foram felizes para sempre”.
Em 1966 venceu o Festival RTP da Canção, com “Ele e Ela”, com letra e música de Carlos Canelhas.
Era muito reservada, não frequentava os ambientes sociais da época, até que em 1971/72, “desapareceu” de cena. Não se sabia bem o que lhe tinha acontecido e inventaram-se mil e uma histórias, à dimensão da época.
Este “mistério”, e a rivalidade criada pelos meios de comunicação, com Simone de Oliveira, viria anos mais tarde a servir de inspiração ao primeiro musical de La Feria “What Happened to Madalena Igésias?”

QUE ACONTECEU?
ACONTECEU que se CASOU em 1972, com um português riquíssimo, emigrado na Venezuela de seu nome Fernando Oliveira, numa festa fechada aos jornalistas mas à maneira de Hollywood e passou a viver nesse país, onde ainda actuou no Canal 4, mas por pouco tempo, pois foi mãe e passou a dedicar-se inteiramente à educação dos dois filhos.
Não foi feliz para sempre porque enviuvou. Em 1987 voltou para a Europa, mais precisamente para Barcelona onde ainda hoje vive.
Em 1994 voltou a dar sinais de vida, com umas gravações
Em 2008 foi publicada uma fotobiografia " O Meu Nome é Madalena Iglésias", da autoria de Maria de Lourdes Carvalho.
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Em 1989 Rita Ribeiro contracenando com António Cruz ( que viria a falecer pouco tempo depois), na peça teatral já citada, parodiaram com grande mestria as “Rainhas da Rádio” dos anos 60 (Simone e Madalena), um acontecimento do teatro ligeiro português inesquecível, para todos os que tivemos o privilégio de assistir a tão revolucionário acontecimento. De certo modo este espectáculo musical foi uma homenagem, prestada por La Feria a ambas.
Tanto a Rita como o António tinham uma força, eram aquilo a que se costuma chamar “animais de palco”, dançavam, cantavam, contracenavam num ritmo alucinante. Não havia lugares marcados na Casa da Comédia e a peça era interactiva. Ainda vejo o António subindo a correr os degraus onde o público se sentava a cantar e a interagir connosco. Ficou-me na memória!

13 comentários:

  1. ...Bem me parecia que Ela vivia lá para as bandas de Espanha...:)) Beijos Desembrulhados

    A Tela

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  2. A nosas diva em Barcelona?!
    qualquer dia vou lá visitá-la... merece um beijinho embrulhado em simpatia!

    Mas a Rita Ribeiro tem cá uma raça, um glamour, uma classe que ombreia bem com a Madalena... cada qual à sua maneira brilham como estrelas cintilantes no meu imaginário!

    Esta Rita tem cá um perfil e uma garra que fazem qualquer homem estremecer!

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  3. Muito interessante. Realmente, quando se fala da Madalena Iglésias(normalmente por causa do festival da Canção), até parece que falam como se já tivesse falecido... não fazia ideia dessa biografia toda posterior.Obrigada pelo esclarecimento:) Parece que a peça devia ser interessante também! Sempre gostei da Rita Ribeiro. Piccolo baci(ainda não me desliguei do italiano, que gosto muito)!

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  4. Maria Teresa,
    Obrigado, pelo reviver e relembrar da história da Madalena Iglésias e do musical do La Feria.

    Até me apetece trautear aquela cantiga:
    ..."sei quem ele é...ele é bom rapaz, um pouco tímido até".....
    Beijinho e boa semana

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  5. Não vi essa peça, ainda que eu fosse, durante uns tempos, assíduo frequentador da Casa da Comédia, "ali" às Janelas Verdes.
    Quanto ao facto da Madalena Iglésias viver há anos em Barcelona prova que tem bom gosto. Também era uma das poucas cidades onde não me importava de viver, até porque tinha o Mediderrâneo ali à mão, para poder cumprimentar as minhas primas.
    Bjo.

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  6. Sei quem ele é, ele é bom rapaz um pouco timido até...:)))

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  7. Querida Maria Teresa

    Foi muito bom viajar contigo até aos anos 60 do século passado, ahhh tantas memórias!!!, e depois viajar até aos tempos de hoje...

    O António Calvário (o eterno "namorado" da Madalena) por aqui vive na "minha" Charneca de Caparica, parece que não passa pelo tempo nem deixa que o tempo passe por ele... e de vez em quando tomamos café no mesmo local...

    Beijinhos.

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  8. Infelizmente nunca ouvi falar dela, não é da "minha época" mas de certeza que foi uma mulher muito interessante!

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  9. Ainda sou do tempo de que Emissora Nacional era a única emissora nacional, formava gente para cantar, em português (podem chamar o que quiserem) mas saíam de pessoas a cantar e, bem, na nossa língua, como todo na vida, as coisas evoluem para o bem e para o mal, hoje em dia copia-se canções de outros países, para serem aqui hit´s e alguns ganharem rios de dinheiro e,são cantores de meia tigela.Falta de educação, quando nas escolas a disciplina de educação musical é uma forma de fugirem para o C.Comercial perder tempo, e pior de todo, educação.

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  10. Sabia que ela tinha casado e vivera na Venezuela; desconhecia a sua viuvez e que agora vivia em Espanha.
    Quanto à peça, adorei e realmente, embora a Rita Ribeiro estivesse muito bem, o António Cruz era inexcedível; mas eu vi a peça no Auditório do Casino Estoril, se não estou em erro...
    Beijinho.

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  11. SOCORRO! Ando com uma imensa falta de tempo, por isso em vez de responder ao cada um de vós individualmente, como merecem, vou salientar o que me pareceu ser de maior interesse ou que provocou maior interesse.
    A Madalena Iglésias era um “borracho” punha os jovens da altura a sonharem e a suspirarem por ela. Tinha uma bonita voz, era uma excelente profissional, era muito reservada, dava a conhecer muito pouco da sua vida privada.
    Nos anos 60 o Festival da Canção fazia “parar” Portugal, para assistir.
    As canções em língua portuguesa, entravam no ouvido, e eram conhecidas por quase todos, um cantor não nascia de um dia para o outro, tinha que “trabalhar” muito para ser “aprovado”.
    A Rita Ribeiro era e é uma actriz com muita garra mas o António Cruz, que só vi actuar dessa vez, deixou-me “estarrecida”, tal era o seu dinamismo, a sua força, a sua entrega ao papel que estava a representar… Eu não consegui exprimir no meu texto o impacto que o trabalho dos actores teve sobre mim…
    Posto isto resta-me desejar-vos muitos, muitos e muitos beijinhos embrulhados.
    Maria Teresa

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