No post NAMORISCANDO, a Calendas reparou que o atrevidote era um cunhado (não no sentido legal da palavra, era apenas namorado) da que estava a ser catrapiscada (a minha avó materna), acontece que esse Senhor Castro com esta “gracinha”, o conteúdo do verso do postal é um mimo de palavras sedutoras, com tanta sede de beber pelo pote, foi à “vidinha” dele…as manas tanto a minha avó, como a minha tia-avó Felismina não acharam graça nenhuma à “brincadeira”.
Mas o destino, o acaso, … o que lhe queiramos chamar, prega partidas às pessoas. Havia algo que estava “escrito” no destino de ambas.
Mas o destino, o acaso, … o que lhe queiramos chamar, prega partidas às pessoas. Havia algo que estava “escrito” no destino de ambas.
Não tenho dados para saber as datas, tenho apenas a certidão de casamento da minha avó Adelina com o meu avô Francisco a 21 de Março de 1917.
Tudo seria normal se nesta data ele não fosse viúvo da minha tia-avó Felismina, que morreu de parto, deixando um rapaz, o maroto do meu tio Zézito o qual veio a falecer perto dos oitenta anos. Este conheci-o bem, um belíssimo contador de histórias, criativo como poucos na elaboração de “partidas” com imensa piada, uma pessoa de um charme e de uma alegria contagiante, mas péssimo a lidar com dinheiro… dele e dos outros. Adorava-o e a família perdoava-lhe tudo. Tenho histórias dele hilariantes que um dia vos contarei, foi o pai da minha prima Maria Georgina.
O casamento dos meus avós durou apenas até 1923, altura em que terminou tragicamente com a morte do meu avô que se suicidou. Jogo e mulheres destruíram e alteraram o destino de várias vidas, pois deste casamento nasceram 4 filhos.
E agora vem o “melhor” ou o “pior” da história: O meu avô Francisco era tio das mulheres. O meu bisavô era meio-irmão do meu avô, por parte da mãe, e bastante mais velho do que o irmão. Como houve problemas familiares com o 2º casamento do meu trisavô, relativos aos apelidos de família, o meu avô Francisco está registado com dois nomes que diferem em dois apelidos. Na própria certidão de casamento estão registados ambos.
Na certidão de casamento dos meus pais também onde diz "filha de" lêem-se os dois nomes do meu avô
Coisa bizarra, mas real! Tenho documentação a comprová-lo!
Há pormenores que se repetem em várias gerações, penso que apenas damos por eles por estarmos mais atentos, acredito que haja famílias com histórias muito semelhantes.
E não hei-de eu ter nos meus genes uma certa dose de loucura…
Claro que tinhas de ter a tua pancada! :-)
ResponderEliminarHá de facto histórias familiares com muita piada, também tenho algumas na família, algumas até já as escrevi, mas não as vou publicar. Mas conto aqui uma outra passada com uma amiga minha há uns anos. Ela tinha um cancro e foi operada. Era casada tinha dois filhos menores (na altura) e um marido que ela sabia que ia ficar assarapantado com a "provável" morte dela. Então resolveu arranjar uma futura mulher para ele (era uma familiar) e assim garantir a estabilidade do marido e dos filhos. Estava tudo tratado...só que o destino "pregou-lhe uma partida". Ela não morreu, está de perfeita saúde, os filhos já casaram e agora é o marido que vai ser operado.
Como fica provado uma vez mais a vida não obedece em nada às regras matemáticas...
Continuação de boa semana.
"Ganda" confusão! Pois, a loucura já vem de um passado longuínquo! Beijinhos familiares! (P.S: não puseste título no post!).
ResponderEliminarQuerido Carapau, eu passei por uma história parecida mas não fui eu que tentei arranjar substituta, quem o fez foi a minha sogra.
ResponderEliminarVou explicar melhor, tive um problema do foro oncológico quando tinha 28 anos, já mãe do meu rapaz, a minha sogra tentou arranjar uma substituta, porque achava que já não tinha idade para criar uma criança, como se o meu filho precisasse dela, os meus pais existiam...
O meu marido nunca soube disto e a minha mãe só me o disse quando a minha sogra já tinha morrido...
E tu também tens uma grande pancada~, enviaste o comentário sobre o chapéu para a fuga...:))))))
É preciso muita paciência para te "aturar"...ufa!
Beijinhos embrulhados para ti!
Querida Ana Rita, com quem achas que se parece o meu avó? Até parece que nunca viste estas fotos e a certidão...
ResponderEliminarActualmente ligas pouco ao passado, mas vai chegar uma altura em que vais achar maravilhoso conheceres histórias vividas por seres que nos permitiram a nossa existência...
Beijinhos embrulhados para ti!
That explains it then....rrrrssssssss :))
ResponderEliminarHistória muito engraçada! Aqui cá para nós, que óptimo ter uma história assim meia louca na família...dá um jeitaço para justificar certas loucuras, rrrssss!!! Beijinhos malucos
Querida Eva, tudo tem uma explicação, por isso "adoro" os meus antepassados, a eles vou buscar alibis para certos comportamentos meus.:)))A história do casamento dos meus pais também não foi muito "linear":):):)
ResponderEliminarUm dia conto...
Beijinhos embrulhados para si!
Minha boa amiga,
ResponderEliminarPensava eu que tinha rabos de palha na minha família. Ele são filhos do Fidalgo e da criada. Ele são filhos fora do casamento. Uns que têm o nome da Mãe esquecendo-se do nome do Pai ou vice-versa. Outros são filhos de ambos. Ninguém parece filho do mesmo Pai e da mesma Mãe. São 5 filhos (a minha Mãe e os meus tios) mas... não parecem irmãos nos apelidos.
Coisas de outros tempos onde também havia datas de nascimentos que não correspondiam à verdade para não pagarem multas pelo atraso nos seus registos.
Outros tempos!!!!!
Pois, está provado que não te safas. Genes são genes por muita volta que se lhe dê! Loucura total!!
ResponderEliminarJá agora, bom resto de semana nessa terra que me viu crescer.
Beijinhos achapeuzados!
Acho que todas as famílias têm as suas "histórias"... Mas essa história é realmente invulgar.
ResponderEliminarBjokas
Não tenho histórias dessas...rsrs.
ResponderEliminarTenho montes de fotografias dessas...montes de papelada dessa... que guardo com um carinho enormeeeeeeeeeeeeeee.
Ahhhh tenho um petit sinon...rsrs
os meus avós maternos eram primos...parece-me que "isto" também não é lá muito abonatório...rsrs
Beijinho
Querida Maria Teresa;
ResponderEliminarSó me resta dizer: Agora entendo muita coisa... (hihihi!!!)
Beijinho grande sua "marota"! e aquele abraço*:))
Encontro sempre um pretexto válido para vir espreitar os seus textos.
ResponderEliminarSão extremamente agradáveis, e por mais saber que são veridicos.
Parabéns Maria Teresa!
E obrigada por partilhar.
Bjs dos Alpes.
Maria Teresa,
ResponderEliminarExcelente trabalho de investigação!
Um beijo
AL
Olá, Maria Teresa!
ResponderEliminarÉ por isso mesmo que "Quem não sai aos seus, não (é de "Genebra")degenera"! E a explicação dada tem uma certa lógica, obviamente!
Aliás todos nós temos um pouco de loucos! Não é assim Maria Teresa?
Um beijinho,
Renato
Essa história tem algo a ver comigo. Também costumo dizer que este meu tipo amalucado e o gosto pela aventura se deve bastante a um dos meus avós. Casou cinco vezes e só a primeira mulher era portuguesa.A única de que se divorciou. As outras morreram todas...
ResponderEliminarQuem não tem "loucuras" destas na família?
ResponderEliminarJá estou como o outro: quando mal...sempre assim!
Olha, se a minha flexibilidade não tivesse limites, mas tem, eu contava uma história que se passou COMIGO, que é de loucura total e tem a ver com uma "tia" minha, que ainda é viva (atenção que não sou nenhum tarado...)
Mas entrando em coisas familiares mais soft, sabes que tenho primos direitos que não têm um único nome comum ao meu?
Eheheheh, ils sont fous, les portugais...
Beijinhos.
Querida Tite e isso não a diverte? A mim diverte-me imenso... "adoro" os meus antepassados ao menos não foram "amorfos".
ResponderEliminarO meu pai nasceu a 28 de Agosto de 1912, nos documentos oficiais está registado como tenho nascido a 2 de Setembro do mesmo ano, e era esta última data que sempre comemorámos.
Beijinhos embrulhados para si!
Querida Calendas concordaste com a influência dos genes! Como fiquei contente! Se não tivesses concordado eu pensava que não estavas muito bem...
ResponderEliminarA tua terra tem um clima fantástico, estou a gostar imenso de ter incetado esta fuga... calma, bem disposta e apaparicada, que mais se pode desejar?
Beijinhos embrulhados para ti!
Querida Anira e ainda falta a história dos meus pais...
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Querido A.S. excelente trabalho é o teu, os teus poemas...
ResponderEliminarEu limito-me a rebuscar "velharias" que deviam estar organizadas mas não estão e, não me parece que fiquem... Vou organizando apenas o que vou pondo a lume.
Beijinhos embrulhados para ti!
Querido Renato, quanto mais avanço em tempo de vida mais me permito a fazer "coisas" que a educação que tive me impediam de fazer, deixei de ligar a certas convenções que hoje são obsoletas...Observo algumas normas éticas e morais das quais não prescindo, mas de resto não me preocupo com o que o meu "vizinho" faz e muito menos do que ele pode pensar de mim.
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Querido Carlos safa! Mas que homem!Resolvia o problema sem grandes complicações, sem os trâmites horríveis de um divórcio...
ResponderEliminarEstou a ser viperina e não costumo ser assim. Coitadas das senhoras,...mas estou com vontade de rir. Que horror!
Beijinhos embrulhados para si!
Querido Pinguim também penso que somos todos um pouco "chonés", a "culpa" já deve vir do tempo do Viriato...
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para ti!
Querida Mag casamentos entre primos direitos também servem para poder fazer parte deste "bolo"
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Querida Invisível o que eu não faço para que "entenda" a origem...E a sua de onde provém, ainda não a percebi:):):):
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Querida Flor como lhe agradeço o tempo que disponibiliza para me "ouvir"...
ResponderEliminarSinto-me honrada!
Os seus poemas "mexem" comigo!
Beijinhos embrulhados para si!
Querida Maria Teresa
ResponderEliminarQuando remexemos os nossos baús de memórias é um encantameno, sem dúvida.
Que complexa árvore geneológica a tua... uma maravilha!!!!
Beijinhos.
Querido Vicktor "maravilha" de coincidências, mas um pouco de "loucura" à mistura...
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para ti!
Estas histórias deliciam-me!
ResponderEliminarOuvi vezes sem conta a minha mãe contar a história do meu trisavô. Uma história de amor linda, linda.
Do único avô que conheci, o materno, guardo as mais bonitas recordações. Mas... consta que ele era um D. Juan de primeira, tenho uns tantos tios na aldeia, ou pelo menos dizem que são. Foi D. Juan até um dia. Ele era muito bonito, alto, para o magro, Era mesmo um traço! Tinha o costume de tomar sempre chá à tarde. Uma dia estava ele na mina e a minha avó foi-lhe levar o cházinho. Lá dentro estava o meu avô e uma senhora lá da aldeia. A minha avó veio embora e não disse nada. O meu avô lá veio mais tarde, com aquele ar de carneirinho, mas sem saber o que o esperava. Quando chegou a casa, encontrou o jantar à espera dele. Disse ele que nunca mais traiu a minha avó. E eu acredito.
Também era normal lá na aldeia irmãos terem sobrenomes diferentes, se fossem homens ou mulheres!
Beijinhos
que história engraçada... :-)
ResponderEliminarQuerida Chapéu e vair ter que aguardar por outras...:):):)
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Eheheh,isto dava uma boa novela. Muito engraçado.
ResponderEliminarBjokas*
Bem mas que grande confusão, ainda bem que assim foi caso contrário a Maria Teresa não estaria cá para contar a história dos seus antepassados. Adoro estes post's repletos de história.
ResponderEliminarCom carinho e muita ternura
Sairaf
ah com um abraço enorme que faltei de dizer no comentário anterior :)
ResponderEliminarSairaf :P