Pensei nesta analogia e consigo ver a minha assim. Um puzzle em que as peças foram colocadas uma a uma, umas vezes rapidamente, porque a percepção do local a que pertenciam era rápida, outras levaram anos-luz até preencherem o respectivo espacinho.
Noto, no entanto, algumas falhas, falta de peças, não as que ainda virão para o ir completando, mas aquelas que deviam ter sido colocadas há muito. Será que as perdi na voragem do tempo? Serão irrecuperáveis? Poderão ser substituídas por outras? Substituídas por outras não! Isso não! O que passou é passado e uma reconstituição de peças é, para mim, neste caso uma fraude, um engano, uma violação à própria peça. Talvez estejam na gaveta do esquecimento e o melhor é não as incomodar…
O “meu” puzzle é apelativo, atraí-me com a mesma intensidade com que a mosca é atraída pela teia, tem zonas com cores que nem o melhor pintor conseguiria reproduzir, mas também tem tons baços, difusos, cinzentos e negros…Essas peças quero arrancá-las, assusta-me o seu negrume…mas não consigo separá-las do todo, estão bem aderentes, como que sugadas pelas ventosas de um polvo gigante, mitológico até!
Vós, tu e eu, neste momento, continuamos lá, pequenas peças que todos os dias, pouco a pouco, o vão preenchendo! Interrogo-me, até quando? Para que pergunto, se não quero saber a resposta?
Muitas irão “desaparecer” e não estou a referir-me à “irmã da vida”*, estou a pensar nos caminhos que a vida percorre, com os desvios que faz e que levam a que muitas deixem de contribuir para dar continuidade à minha "obra".
Ela é um puzzle em construção, outras peças serão “adquiridas”, umas serão prodígios da Natureza, outra serão obras de um ser malévolo, estas últimas vou procurar não olhar muito para elas, vou tentar fechá-las à chave na gaveta do esquecimento… Conseguirei?
Tenho a certeza que há e haverá peças que ao deixarem de fazer parte da minha construção deixarão saudades, muitas mesmo!
*"irmã da vida" vi esta ideia no post de hoje do Carlos Albuquerque , "mexeu" comigo ...muito!
E quando falta uma peça, o puzzle até pode ser construído... mas fica sempre incompleto.
ResponderEliminarQuerida S* exactamente! E não sei bem se isso me incomoda ou não...
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
O puzzle da vida seria belo se fosse completo e real em tempo de vida
ResponderEliminarPenso que muitas vezes nos faltam peças e outras vezes existem peças a mais que ninguém sabe onde pertencem.
Pensamento maravilhoso
Gostei muito dessa analogia. O ideal é ir preenchendo o puzzle aos poucos e poucos porque senão perde logo a graça :P E assim há tempo para escolhermos as melhores peças e colocarmos as outras de lado.
ResponderEliminarBjokas*
"Que perfeito coração
ResponderEliminarEm meu peito bateria"
Se eu tivesse aqui à mão
As borboletas, por um dia!
Isto no que diz respeito ao "boneco" que acompanha este post, belo post digo eu, um post que é também ele um puzzle.
Quando queres "tiras da gaveta" belas ideias. :-)
Já senti essa sensação de ter sido peça dum puzzle onde já não me encaixo. E muitas vezes não sei se foi por culpa da peça que entretanto se deformou, se foi por culpa do montador do puzzle que já não a sabe (ou quer) encaixar.
"É a vida", como diria o outro...
Bjo.
Querido Luís não sei porquê mas vejo o meu puzzle de vida a duas dimensões e não o devia ver assim...pois há "peças" que encaixaram ao mesmo tempo... Parece-me que estou confusa!
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Querida C*inderela se pusermos peças de lado estamos a fazer batota, estamos a construir uma vida que não é a nossa :):):)
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Querido Carapau voltámos às quadrinhas? Que bom!
ResponderEliminarO texto agradou-te, eu escevi-o por impulso e depois maquilhei-o, parece-me, talvez seja da época do ano, que estou a ficar demasiado séria...
Venha Óbidos com a sua ginjinha!!!!
Beijinhos embrulhados para ti!
Sim, a vida é um puzzle, mas depende muito da idade que temos para interpretar esse puzzle.
ResponderEliminarDurante o nosso crescimento, é um puzzle na verdadeira acepção da palavra: vamos colocando peça a peça a nossa concepção de vida, a nossa forma, o nosso ser.
A partir de uma certa altura, o puzzle está completo, mas não quer dizer que tenhamos de deixar de "trabalhar nele": há peças que se soltam, outras têm que ser substituídas, não porque encaixem melhor, mas porque dão mais vida à tela; e um dia, alguém desmontará o puzzle e o encerrará numa "caixa".
Bonita comparação. Um puzzle vivo...
ResponderEliminarBjos
No meu puzzle quando penso que encontrei a última peça descubro que ainda faltam outras...
ResponderEliminarbeijinhos
Muito boa esta sua reflexão!
ResponderEliminarParabéns Maria Teresa.
Bjs
G.J.
Muito curiosa essa comparação e faz bastante sentido :D
ResponderEliminar*
ResponderEliminarum maravilhoso post .
,
Puzzles,
de que somos feitos !
,
brisas serenas,
,
*
Adorei a analogia! No meu ainda existem assim uns espaços em branco, enquanto vou procurando pela peça certa =)
ResponderEliminarbeijinho e obrigada pelos parabéns*
Com uma grande diferença: num puzzle normal o objectivo é completá-lo, na vida é continuar a colocar peças. Beijocas!
ResponderEliminarQuerida Lilá(s) e não é tão bom continuar a haver peças para colocar? E que sejam bem coloridas?:):):)
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Querido Gaspar muito obrigada por deixar as suas "palavrinhas".
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Querida Rita a ideia não é original eu apenas a "enchi" com o modo como a vejo.
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Querido Poeta e que continue a ser completado...
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para ti!
Querida Menina espero que continue a procurar e a encontrar peças muito coloridas...
ResponderEliminarParabéns mais do que merecidos, não tem que agradecer:):):)
Beijinhos embrulhados para si!
Querido Rafeiro e queres que eu o complete é? Safa! Grande anmigo que eu arranjei...:):):)
ResponderEliminarEspero que tenhas que fazer um com milhões de peças!
Beijinhos embrulhados para ti!