Encontro-me durante esta semana afastada dos meus lugares habituais, “vim a banhos” como um Amigo me disse. Contrariamente ao que ele possa dizer, não penso tomar banho no mar, embora passeie na praia. Vim para descansar, ler, pensar, passear, elaborar projectos, … não exactamente pela ordem descrita.
Encontro-me perto de um casino e como na 2ªfeira tive a visita (in)esperada do meu filho fomos “visitá-lo” à noite.
Como todos sabem, um casino é um local onde se pode jogar a dinheiro, nas slot machines, na roleta, no blackjack e outros jogos de fortuna e azar. Mas será que todos sabem que o cálculo de probabilidades de ganhos nos demonstra que o mais favorecido é o próprio casino.
Encontro-me perto de um casino e como na 2ªfeira tive a visita (in)esperada do meu filho fomos “visitá-lo” à noite.
Como todos sabem, um casino é um local onde se pode jogar a dinheiro, nas slot machines, na roleta, no blackjack e outros jogos de fortuna e azar. Mas será que todos sabem que o cálculo de probabilidades de ganhos nos demonstra que o mais favorecido é o próprio casino.
Estive pela primeira vez junto de uma roleta, parece impossível? É verdade! Não fui lá para jogar, fui para observar…
É impressionante ver o rosto de quem leva o jogar a sério, os jogadores compulsivos. Caras fechadas reveladoras de grande sofrimento, movimentos desajeitados, direi que hesitantes...Um homem “saltou-me” à vista, “corria” de uma mesa para a outra em alternância, de modo que quando uma roleta parava, ele já estava a jogar na outra, não parava e era ver as mãos dele trementes colocando as fixas.
Recordei-me nesse momento das “24 Horas da Vida de uma Mulher”*de Stefan Zweig, nele li a descrição pormenorizada de um jogador, observado pelos olhos de uma mulher, e do afloramento de temas como a obsessão, a compulsão e a impulsão que acabaram por atirar com essa mulher para um acto repentino de paixão
Em “O Jogador” de Fiódor Dostoiévski também podemos encontrar o homem jogador compulsivo. A história acaba com a principal personagem num enorme conflito, não saber se deve gastar o dinheiro, dado por um amigo, para ir para junto da mulher que ama, e que se encontra afastada na Suíça, ou se o deve gastar na roleta.
Observei gente colada às slot machines sem as largavam nem para comer, comiam mesmo ali. Levavam as sandes e as bebidas à boca, maquinalmente com uma mão, e com a outra iam carregando no botão da infernal maquineta ou puxando uma alavanca, em movimentos bruscos, sem darem um pouco de atenção que fosse, ao que estavam a ingerir. O acender de cigarro atrás de cigarro, era totalmente mecanizado.
O que leva homens e mulheres a ficarem completamente hipnotizados por não sei bem o quê? Penso que jogam mais pela acção de jogar do que pela hipótese de ganhar, essa acção traduzida pela busca incessante de apostas e riscos cada vez maiores que continuem a provocar a excitação desejada.
Então porque revelam rostos tão tristes, tão macilentos, tão sem vida, tão apagados?
*O livro é pequenino, um conto, que se lê num repente... não dá para parar! Vale bem o pouco tempo que se “gasta” a lê-lo, digo eu…
Então, mas afinal ganhas-te alguma coisa? Nem sequer puseste uma moedinha nas tais máquinas? Nem foste ao Bingo? Há bem pouco tempo foi ao Casino Estoril e tive a mesma "visão" que tu! Junto á roleta estava um chinoca (?) que ali em segundos perdeu mais de 200 euros... Também não entendo o motivo. Há quem seja viciado... Eu pus 5 euros numa máquina e, não me perguntes como, ganhei 23! Fui-me logo embora! (Contento-me com pouco! Eh, eh, eh!) Beijinhos jogados!
ResponderEliminarDeve ser um vício terrível; recordo-me das pessoas que são elas próprias a solicitar a interdição de permanecer nos casinos ás autoridades - é nem sequer ter coragem de enfrentar a realidade, é pedir a alguém que o faça por nós...
ResponderEliminarBeijinho.
Querida Ana Rita estás a ver a tua mãe a jogar? Eu que com as cartas apenas faço paciências? Com Não quero dizer que sou diferente dos outros, mas tudo o que possa viciar, negativamente, eu não quero sequer experimentar...
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para ti (com um bocadinho de saudade e alguma preocupação para contigo e com os doentes)
Querido Pinguim e custou-me um pouco ver a "degradação" na fácies e na postura corporal de alguns dos jogadores (muitas mulheres também)
ResponderEliminarBenjinhos embrulhados para ti!
os jogadores não conseguem distinguir o jogo saudável da obcessão e depois enterram-me em dívidas até aos olhos, e pior, enterram as famílias com eles...
ResponderEliminarQuerida Chapéu de Sol penso que a obsessão, a compulsão pelo jogo, se pode considerar uma doença, é necessário que sejam tratados mas que antes se disponham a isso. Como diz e bem, eles arruinam-se física e emocionalmente e destroem, muitas vezes, a própria família...
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Nunca estive num casino.
ResponderEliminarQuerida Maria Teresa
ResponderEliminarEm tempos idos quando ia ao casino Estoril ver um qualquer espectáculo, especialmente no WonderBar, era frequente jogar nas slots já nem sei quanto, talvez 2$50 ou cinco escudos... por vezes dava para pagar a entrada no espectáculo... mas nunca passava daí... era mais um ritual... haha
De resto... jogar só a prendas (uma gracinha!!!!).
Beijinhos.
Querida Olhos Dourados eu já entrei em vários casinos, até fora do nosso país, mas para assistir a espectáculos, porque há casinos que apresentam belíssimos espectáculos. Neste de que falo no texto, já vi um "Bailado Russo". No local de jogo é que não, nunca tinha entrado, nunca me atraiu. Há pessoas que vão até lá, jogam, divertem-se e não passa de uma brincadeira, de um divertimento pontual.
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Querido Vicktor, quantas vezes fui ao Casino Estoril! Ainda não passou um ano em que fui lá jantar e ver um espectáculo.
ResponderEliminarEu julgo que afirmei que não jogo, mas não é totalmente verdade, na noite de Consoada, num passado não muito distante, jogávamos ao loto e a dinheiro...as "apostas" (preço dos cartões) eram muito baixas, mesmo assim, o meu pai desistia rapidamente, era um sovina... (era um querido!)
Beijinhos embrulhados para si!
Desde há uns tempos que ando com vontade de jogar num casino uma vez. Mas vou adiando e não sei se será para breve:P Para observar apenas, também já fui algumas vezes:P*
ResponderEliminarQuerida Adek e gostou do que viu? Como já escrevi, até se pode "brincar" um pouco com o jogar... mas ficarmos viciados é muito preocupante.
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Eu por acaso gosto bastante de ir a casinos.
ResponderEliminarO último foi o da Figueira da Foz.
Gosto de jogar mas nunca mais que 10 euritos...
E já é juito ;)
Bjinho
Felizmente em Portugal já existe gente que estuda o problema da compulsão do jogo.
ResponderEliminarFoi criado um portal magnifico a nível de conteúdos e design. Vale a pena visitar e será muito útil para quem tenha problemas de jogo.
www.jogoresponsavel.pt
Querido Marquês e isso é perfeitamente aceitável, fá-lo com entretenimento, como brincadeira, aliás eu não condeno quem joga, nem tenho que condenar, cada um faz o que entender, mas impressionei-me com o modo de estar de alguns jogadores (bastantes mulheres), pareciam hipnotizados...
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Querido Anónimo obrigada pela dica, fica registada.
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Hum... quando vou a casinos - raríssimo - fico chocada com o vício...
ResponderEliminarCara Maria Teresa,
ResponderEliminarUma bela descrição do que é o jogo. Podia ser um desporto ocasional, para experimentar a sorte, para um pouco de adrenalina. Mas essas pessoas que descreve não o fazem por prazer mas por masoquismo a semear dor que no fim deve ser insuportável. Alguns acabam por se desfazer de tudo o que possuem e até da própria vida.
Há alguns meses, ouvi o administrador do Casino do Estoril dizer, com muita franqueza e lealdade, talvez mais do seria de esperar das suas funções, que ninguém deve jogar para ficar rico, porque quem ganha com o jogo é o casino.
Mas ambição e a falta de preparação para a vida e de jeito para as contas levam muita gente à dependência do jogo e arriscam tudo... uma loucura.
Parabéns por este belo texto que devoa ser lido por muita gente jovem.
Abraço
A. João Soares
É impressionante o espectáculo dentro de uma sala de jogo, na verdade. Há tempos escrevi uma reportagem sobre o assunto, que me obrigou a reflectir bastante sobre o significado daqueles rostos. Tenho a impressão que amaioria revela uma enorme ganância e talvez seja isso que os leva a perder.
ResponderEliminarA primeira vez que joguei na roleta foi em Macau, durante o Ano novo Chinês. Ia descontraído e dispoto a perder uma determinada quantia. Sái de lá com quase 10 vezes mais do que pensara gastar. Disseram-me que era a sorte dos iniciantes e por isso só voltei a tentar no ano seguinte. Curiosamente voltei a ganhar. No terceiro ano perdi. Nunca mais voltei a jogar.
Querida S* do modo como se vê pode assustar sim!
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Querido A. João espero que vários jovens leiam este seu testemunho.
ResponderEliminarObrigada por me vir visitar, volte sempre será bem vindo!
Beijinhos embrulhados para si!
Querido Carlos, excelente comentário a enriquecer o meu post. Obrigada!
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Excelente...Também li o Jogador, conheci jogadores, joguei por prazer (excepto roleta) e vi gente que não sabe parar, seja no casino seja fora dele. É triste. Só há duas pessoas que ganham nos casino: O próprio casino e o estado, claro. E perde-se sempre, mesmo que não seja dinheiro...
ResponderEliminarBjs
Querido Tio obrigada pelo seu testemunho, mais uma excelente achega para o meu post.
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Já fui a um casino, foram os 10 euros que perdi mais rapidamente! Não voltei, pois não foi minimamente entusiasmante...prefiro um jogo com amigos, de tabuleiro ou de cartas, apenas para a diversão e desafio! É muito mais saudável...
ResponderEliminarTudo o que seja "vicio" há que evitar... só umas duas vezes entrei num casino e experimentei jogar foi mera curiosidade.
ResponderEliminarBjs
Querida Anira como vê a sua experiência foi muito diferente das que observei nalgumas pessoas qu estavam no casino...
ResponderEliminarPodemos devertir-nos sem nos deixarmos viciar.
Beijinhos embrulhados para si!
Querida Lilá(s) já teve a sua experiência, há que contá-la na altura própria aos adolescentes da família.
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Aqui há uns anos insisti com o companheiro com quem vivia que queria ir a um casino, onde nunca fora... e ele disse-me "olha que isto não é Las Vegas... eu conheço-te, não vais gostar!"...mas fomos... jurei que nunca mais punha os pés num Casino(para a sala de jogo, pois os espectáculos são outra coisa). O ambiente pesado e deprimente incomodou-me de tal forma que nunca mais esqueci os momentos passados. Todos os vícios são iguais... e para quem sabe, que vivi um de perto... sabe também que das consequências terríveis para terceiros, e este vício do jogo em particular não é diferente dos outros!! Beijinhos
ResponderEliminarAs salas de jogos dos casinos são sítios de "outro mundo". Lembro-me que uma vez estava a ensaiar dança numa sala do casino e essa sala estava virada para a porta da sala de jogos. Quando chegou a hora para as pessoas entrarem para a sala de jogos era vê-las a correr feitas maluquinhas! Eu cá não consigo entender... e acho que nem quero.
ResponderEliminarBeijinhos **
Olá Teresa!
ResponderEliminarMuito obrigada pelos seu comentários, o "rato" ainda ando atrás dele...e quanto ao Quiz...fui respondendo a 1ª e depois curiosidade feminina é o que dá...até ao fim.
Excelente o que publicou, li e adorei " O Jogador". Confesso que gosto muito de jogar até porque tive na familia alguns jogadores e julgo que por isso mesmo tenho o "bichinho" enraizado
E para não cair em tentação,quando raramente vou levo um valor irrisório para jogar, pois sei de antemão que vou perder e como não gosto de perder não jogo,sim porque inclusivé o meu avô materno "comeu" uma carta para não perder um jogo! e "Quem sai ao seus..."
Para vivermos em "sofrimento" já nos chega o que ouvimos e lemos diariamente!
No entanto não deixo de dizer que quando voltar ao Casino experimente jogar Blackjack é o máximo!!! Ou então experimente no Facebook que é gratuito e temuma vantagem não existe o perigo de perdermos dinheiro, vicia um bocadinho.. mas basta "desligar" o botão do Pc e acabou-se...
Bjos!
Querida Eva obrigada pelo seu testemunho, se estivesse no activo este post e os comentários que o enriqueceram, iriam servir de exemplo na Área de Formação Complementar, dariam um excelente ponto de partida para uma discussão interdisciplinar.
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Querida D* que bom ler o que uma jovem senhora como a D* pensa do assunto...
ResponderEliminarBeijinhos embrulhados para si!
Querida Carlota, ai,ai,ai, então não querem lá ver que me quer desviar do "bom caminho"Lol.
ResponderEliminar" O comer e o coçar, estão no principiar" é por isso que não principio, não sei se conseguiria parar...
Beijinhos embrulhados para si!