Viajei um pouco pelo mundo, muito menos do que sempre desejei, uma coisa no entanto é certa, de quase todos os lugares que visitei e visito nas minhas loucas viagens, trago um cheiro, uma emoção, um gesto, um acontecimento... que me desperta o recordar esse mesmo lugar. De Viena de Aústria trouxe algo.
Visitei-a pela 1ª vez em 2008, comemorei com os austríacos o Dia da Mãe, o deles, que difere na data do nosso.
Nesse dia, que coincidiu com o dia de regresso ao lar e ao braços da família, com bastante tempo livre pela frente, para fazer o que me apetecesse, decidi dedicá-lo a uma visita ao Palácio de Belvedere, para apreciar uma exposição temporária do pintor Kokoshka de quem um amigo me tinha falado com bastante entusiasmo. Confesso que sou um pouco retrógrada em relação aos pintores impressionistas mas não me esquecerei jamais desta exposição, nem do acto que precedeu a visita.
Logo à entrada, numa altura em que a vida já estava a amaciar a minha aparente dureza e a metamorfosear-me num ser mais crente na gentileza, um jovem austríaco impecavelmente fardado, com uma vénia perfeita e bem ensaiada, ofereceu-me uma rosa amarela, disse uma frase que não entendi mas que me fez sentir tão "especial", tão única, tão feminina, ...Ele fazia o mesmo a todas as senhoras com idade para serem mães, mas eu senti como se aquele pequeno grande gesto me fosse exclusivamente dedicado, o meu ego ficou opado de orgulho por ser mãe e emocionei-me muito com esta homenagem, tão singela mas tão significativa.
Quanto ao artista Kokoshka, foi uma revelação, na sua obra, mais de 100 expostas, revela um traço em que o retrato predomina, ele transmite para a posteridade a mulher real, a mulher sem traços perfeitos, a mulher com rugas, a mulher despenteada, a mulher com barriga, a mulher.... Os esboços de nus e não só, aparentam uma leveza que parecem fáceis, consegui "vê-lo" com mãos suaves a colocarem no papel o que o seu espírito criador sentia. O seu amor por Alma Mahler é visível em várias obras e fiquei de tal modo extasiada com as suas criações que não senti o decorrer do tempo e o que tinha disponível para me manter na exposição esvaiu-se.
Resta-me a recordação, o desdobrável e a rosa seca...
Visitei-a pela 1ª vez em 2008, comemorei com os austríacos o Dia da Mãe, o deles, que difere na data do nosso.
Nesse dia, que coincidiu com o dia de regresso ao lar e ao braços da família, com bastante tempo livre pela frente, para fazer o que me apetecesse, decidi dedicá-lo a uma visita ao Palácio de Belvedere, para apreciar uma exposição temporária do pintor Kokoshka de quem um amigo me tinha falado com bastante entusiasmo. Confesso que sou um pouco retrógrada em relação aos pintores impressionistas mas não me esquecerei jamais desta exposição, nem do acto que precedeu a visita.
Logo à entrada, numa altura em que a vida já estava a amaciar a minha aparente dureza e a metamorfosear-me num ser mais crente na gentileza, um jovem austríaco impecavelmente fardado, com uma vénia perfeita e bem ensaiada, ofereceu-me uma rosa amarela, disse uma frase que não entendi mas que me fez sentir tão "especial", tão única, tão feminina, ...Ele fazia o mesmo a todas as senhoras com idade para serem mães, mas eu senti como se aquele pequeno grande gesto me fosse exclusivamente dedicado, o meu ego ficou opado de orgulho por ser mãe e emocionei-me muito com esta homenagem, tão singela mas tão significativa.
Quanto ao artista Kokoshka, foi uma revelação, na sua obra, mais de 100 expostas, revela um traço em que o retrato predomina, ele transmite para a posteridade a mulher real, a mulher sem traços perfeitos, a mulher com rugas, a mulher despenteada, a mulher com barriga, a mulher.... Os esboços de nus e não só, aparentam uma leveza que parecem fáceis, consegui "vê-lo" com mãos suaves a colocarem no papel o que o seu espírito criador sentia. O seu amor por Alma Mahler é visível em várias obras e fiquei de tal modo extasiada com as suas criações que não senti o decorrer do tempo e o que tinha disponível para me manter na exposição esvaiu-se.
Resta-me a recordação, o desdobrável e a rosa seca...
Somos parecidas nisto de ligar lugares visitados a sensações, gostei imenso deste testemunho.
ResponderEliminarBeijinhos desembrulhados
M. Manuela