Os sentidos adormecidos despertaram subitamente, alguém batia fortemente na porta do meu quarto. Como era possível? Quem teria tido a ousadia de penetrar na minha casa, de ter percorrido o meu corredor e invadido a minha privacidade? Não! Não podia ser! Não existia ninguém! Era o pulsar do meu coração totalmente descompassado, em ritmo tão desenfreado qual cavalo à solta, num galope veloz, por uma pradaria a perder de vista, mirei -me cuidadosamente tentando perceber se existia fisicamente. A marca ténue de uns lábios na minha mão direita trouxe-me à realidade, tinha acordado de um sonho! Seria o Sonho?
As imagens foram surgindo na minha mente...Perante uma alta e larga porta azulada, eu hesitava nos passos a dar, "mamã dá licença?" ..."quantos passos?"... intuía que se nela entrasse caía no vazio ou nos braços de Alguém. No avanço e recuo, no pára e arranca, decidi avançar e acabar com a angústia que me estava a possuir, avancei com medo mas também com esperança e vi-O, uma figura imponente, altiva até, mas esbelta, coroada por uma cabeça dissimulada por umas barbas e cabelos brancos tão compridos que escondiam a nuca, no lugar dos olhos dois lagos de águas muito escuras, nada se via para além da superfície, avançamos em uníssono e eu estendi-lhe a mão, Ele recolheu-a, afagou-a e nela depositou um prolongado beijo, ergueu-se, soltou-a e... diluiu-se num vazio infinito e intemporal.
As imagens foram surgindo na minha mente...Perante uma alta e larga porta azulada, eu hesitava nos passos a dar, "mamã dá licença?" ..."quantos passos?"... intuía que se nela entrasse caía no vazio ou nos braços de Alguém. No avanço e recuo, no pára e arranca, decidi avançar e acabar com a angústia que me estava a possuir, avancei com medo mas também com esperança e vi-O, uma figura imponente, altiva até, mas esbelta, coroada por uma cabeça dissimulada por umas barbas e cabelos brancos tão compridos que escondiam a nuca, no lugar dos olhos dois lagos de águas muito escuras, nada se via para além da superfície, avançamos em uníssono e eu estendi-lhe a mão, Ele recolheu-a, afagou-a e nela depositou um prolongado beijo, ergueu-se, soltou-a e... diluiu-se num vazio infinito e intemporal.
"O sonho comanda a vida" diz o professor poeta, eu não sendo poeta , mas tendo sido professora, prefiro dizer o sonho, por vezes, descomanda a vida...
E fico num limbo de dúvida, foi sonho?
Há sonhos que se tornam realidade...
ResponderEliminarEu sei que sim!A Esperança é a última coisa a morrer!
ResponderEliminarBeijocas
Ás vezes nem importa se foi sonho ou não.
ResponderEliminarÁs vezes faz toda a diferença...