O FUTURO? Que FUTURO? As nossas CRIANÇAS!
CRIANÇA, a mais rica, a mais pura e imprescindível "matéria prima" que uma nação pode desejar ter.
Como ajudá-las nesse crescimento que se pretende harmonioso, saudável e produtivo? Através de uma conjugação de esforços que não é fácil, sem “receitas”, por vezes, penosas até, mas tendo como meta, num futuro não muito distante, resultados positivos, pois delas emergirão, certamente, cidadãos responsáveis, conscientes e necessários.
No dizer de Charles ChicK Govin "é mais fácil construir um menino do que consertar um homem".
Como se constrói um menino?
Todo o educador, pais, avós, professores... tem o DEVER de saber amar, cuidar, respeitar, orientar e educar crianças. E sabe (ou devia saber) que em todas as idades elas precisam saber ouvir NÃO, o NÃO que será o caminho para um SIM, dito no momento adequado, para que a criança possa criar bases para nelas se instalarem a autoconfiança, o auto-respeito, o respeito pelos outros, a integridade, a perseverança... que as tornarão, também e certamente, mais felizes.
Mas, como pode tudo isto acontecer se me questiono: Que exemplo dá, actualmente, a nossa classe política, aquela que nos comanda e que quer se queira ou não, muda muitas vezes o rumo de vidas, às nossas crianças? Mulheres e homens digladiando-se, insultando-se, afirmando sem pudor palavras que logo de seguida negam, reagindo com agressividade verbal e muitas vezes física, a justas reivindicações. É isto que uma criança vê! E a sociedade cívica, a que cospe no chão, a que tenta viajar sem bilhete, a que recorre a baixas médicas por uma mera e vulgar dor de cabeça, a que protesta por tudo e por nada, a que se furta ao trabalho, a que usa truques de cartola para que nunca seja responsável por nada (a culpa é sempre do outro) ...? A sociedade de consumo e de consumistas, em que o essencial e o acessório estão "baralhados"? São estes exemplos que uma criança observa! Pessoalmente quero: vê-las crescer ao ar livre, correndo atrás de uma bola, de uma borboleta, de um pássaro; vê-las correr num areal com um cachorro ao lado e cabelos ao vento; ouvir a música do seu espontâneo gargalhar; ouvir os seus risos e não os seus choros; ver os seus olhos brilhantes, espelho de um espírito ladino e puro; vê-las crescer livres e não amordaçadas; vê-las transformarem-se, tal como a larva em borboleta, em verdadeiros homens e que a tão conhecida "Balada da Neve" de Augusto Gil se torne o reflexo de uma imagem de um passado que jamais vai voltar.
Aos Senhores Governantes deste país que amo:
Como têm honrado a Declaração dos Direitos da Criança, adoptado em 20 de Novembro de 1959 pela Assembleia Geral da ONU, que dizia (diz) que "a criança, por motivo da sua falta de maturidade física e intelectual, tem necessidade de uma protecção e cuidados especiais...” e mais tarde consagrada na Convenção sobre o Direito da Criança, elaborada em 1989, pela mesma organização?
Sei que Portugal só ratificou a Convenção em 21 de Setembro de 1990 e que esta contém 54 artigos, que podem ser divididos em quatro categorias de direitos:
1-O direito à sobrevivência (direito a cuidados adequados)
2-O direito relativo ao desenvolvimento (direito à educação)
3-O direito relativo à protecção (direito de ser protegida contra a exploração)
4-O direito de participação (direito a exprimir a sua própria opinião)
Não esqueçam este compromisso e comecem a actuar em força, porque o caminhar dos ponteiros do tempo é imparável e o Futuro está a crescer...
CRIANÇA, a mais rica, a mais pura e imprescindível "matéria prima" que uma nação pode desejar ter.
Como ajudá-las nesse crescimento que se pretende harmonioso, saudável e produtivo? Através de uma conjugação de esforços que não é fácil, sem “receitas”, por vezes, penosas até, mas tendo como meta, num futuro não muito distante, resultados positivos, pois delas emergirão, certamente, cidadãos responsáveis, conscientes e necessários.
No dizer de Charles ChicK Govin "é mais fácil construir um menino do que consertar um homem".
Como se constrói um menino?
Todo o educador, pais, avós, professores... tem o DEVER de saber amar, cuidar, respeitar, orientar e educar crianças. E sabe (ou devia saber) que em todas as idades elas precisam saber ouvir NÃO, o NÃO que será o caminho para um SIM, dito no momento adequado, para que a criança possa criar bases para nelas se instalarem a autoconfiança, o auto-respeito, o respeito pelos outros, a integridade, a perseverança... que as tornarão, também e certamente, mais felizes.
Mas, como pode tudo isto acontecer se me questiono: Que exemplo dá, actualmente, a nossa classe política, aquela que nos comanda e que quer se queira ou não, muda muitas vezes o rumo de vidas, às nossas crianças? Mulheres e homens digladiando-se, insultando-se, afirmando sem pudor palavras que logo de seguida negam, reagindo com agressividade verbal e muitas vezes física, a justas reivindicações. É isto que uma criança vê! E a sociedade cívica, a que cospe no chão, a que tenta viajar sem bilhete, a que recorre a baixas médicas por uma mera e vulgar dor de cabeça, a que protesta por tudo e por nada, a que se furta ao trabalho, a que usa truques de cartola para que nunca seja responsável por nada (a culpa é sempre do outro) ...? A sociedade de consumo e de consumistas, em que o essencial e o acessório estão "baralhados"? São estes exemplos que uma criança observa! Pessoalmente quero: vê-las crescer ao ar livre, correndo atrás de uma bola, de uma borboleta, de um pássaro; vê-las correr num areal com um cachorro ao lado e cabelos ao vento; ouvir a música do seu espontâneo gargalhar; ouvir os seus risos e não os seus choros; ver os seus olhos brilhantes, espelho de um espírito ladino e puro; vê-las crescer livres e não amordaçadas; vê-las transformarem-se, tal como a larva em borboleta, em verdadeiros homens e que a tão conhecida "Balada da Neve" de Augusto Gil se torne o reflexo de uma imagem de um passado que jamais vai voltar.
Aos Senhores Governantes deste país que amo:
Como têm honrado a Declaração dos Direitos da Criança, adoptado em 20 de Novembro de 1959 pela Assembleia Geral da ONU, que dizia (diz) que "a criança, por motivo da sua falta de maturidade física e intelectual, tem necessidade de uma protecção e cuidados especiais...” e mais tarde consagrada na Convenção sobre o Direito da Criança, elaborada em 1989, pela mesma organização?
Sei que Portugal só ratificou a Convenção em 21 de Setembro de 1990 e que esta contém 54 artigos, que podem ser divididos em quatro categorias de direitos:
1-O direito à sobrevivência (direito a cuidados adequados)
2-O direito relativo ao desenvolvimento (direito à educação)
3-O direito relativo à protecção (direito de ser protegida contra a exploração)
4-O direito de participação (direito a exprimir a sua própria opinião)
Não esqueçam este compromisso e comecem a actuar em força, porque o caminhar dos ponteiros do tempo é imparável e o Futuro está a crescer...
Nota: Este texto da minha autoria, foi publicado no princípio do Verão num Fórum de opinião.
Aqui está um texto que daria pano para mangas nos comentários
ResponderEliminarE a autora sabe como gosto destes temas!
Tentando ser muito sintético posso dizer que concordo com muito do que é dito.
Mas temos que ver quem nos governa, como lá chegou, e quem é essa tal “classe politica”.
Isso levar-nos-ia a temas muito complexos em que teríamos que discutir a essência da nossa democracia e outras coisas “complicadas” para tratar aqui.
E ainda teríamos que discutir as condições que cada um tem para educar os filhos.
Um mar de questões.
Dada a natureza deste blogue eu levaria os temas da educação para questões mais ligeiras, como o estudar o facto de excelentes pais darem, muitas vezes, péssimos avós não sabendo dizer o tal não, essencial, aos netos e que tão bem disseram aos filhos.
Bom fim-de-semana a quem o tenha!
( o comentário anterior tinha um erro :))O povo diz normalmente, uma coisa muito simples, mas muito acertada, que o exemplo vem de cima. E que exemplos são esses? Exemplos de falta de educação, de respeito, de civismo, corrupção, promessas levianamente incumpridas, laxismo, etc. São estes os responsáveis pelo nosso futuro(?)e pelo modelar das crianças... e depois admiram-se... classes políticas que se auto-perpetuam no tempo, levada por interessas próprios, e a mesma falta de visão global do bem-estar da população, a mesma falta de valores éticos, seguindo a mesma linha de acção e de comportamento, exactamente iguais às gerações anteriores...
ResponderEliminarbeijinhos
Uma das coisas que mais me assusta é, no futuro, educar uma criança neste mundo:X
ResponderEliminarde facto, a classe política não dá o melhor exemplo em aspecto nenhum e muito menos aos mais jovens. talvez, por isso, haja uma responsabilidade acrescida dos pais relativamente à educação dos seus filhos
ResponderEliminarum beijo
Maria Teresa
ResponderEliminarPois então que o FUTURO cresça forte e saudável, para construir um mundo melhor.
Bjs
G.J.
Aplaudo o seu muito sapiencial texto.
ResponderEliminarGostei particularmente da alusão ao papel do Não na formação do carácter desde mais tenra idade. Enquanto jovem pai (em idade e função) de uma formosa menina de 2 anos, vejo-me, por vezes, no dilacerante dilema de traduzir os nãos em didácticas palmaditas no rabo.
Quanto à responsabilidade dos governantes e demais políticos na edificação activa do capital humano (património maior, como bem disse, de qualquer nação), há muito perdi a fé nesta cinzenta classe que deveria ser, idealmente, exemplar e sem mácula. Assim não é e, sejamos realistas, alguma vez será porque feita de homens e mulheres falíveis, como falíveis somos todos nós.
Colocar as criancinhas numa redoma e protegê-las das atrocidades diárias mostradas na televisão também não me parece o mais acertado. Acima de tudo, precisa-se de tempo para atender às exigências de educar no contexto abrangente do mundo actual.
Quis apenas dar este meu humilíssimo contributo numa temática vasta e complexa que dá pano para mangas.
É preciso força e esperança para acreditar no futuro, é importante investir nos pirralhos..
ResponderEliminarOlá Maria Teresa,
ResponderEliminarApreciei bastante o seu texto e realmente,quem tem crianças por vezes tem os mesmos pensamentos que tu.Mas quero acreditar que o futuro se tornará melhor para que nossas crianças possam com a devida educação de seus pais(nem de todos infelizmente) tornarem-se pessoas melhores.
Bjinho cheio de luar
Todos nós fazemos parte da sociedade, logo todos nos fazemos de uma criança uma pessoa adulta. Mas ser criança, hoje em dia, nao é facil...
ResponderEliminarSó para expressar que gostei muito do texto, mas como não tenho crianças (por opção), não comento, porque o reacção mais fácil é : "Dizes isso, porque não tens filhos!"
ResponderEliminar(ainda hoje, num noticiário, ouvi e vi uma mãe/encarregada de educação, a propósito da Pandemóia numa escola, dizer que, por ela, a filha não ia à escola, mas a garota quis ir e foi...)
Cara Maria Teresa:
ResponderEliminarO seu texto dava um outro só para comentar. Ovaciono de pé o que diz, e de facto está mais que na hora de se fazer algo. Amanhã pode já ser tarde.
Com admiração.
Eu tenho medo do futuro das crianças de hoje...
ResponderEliminarMeus queridos comentadores, vou agradecer em "bloco" a vossa presença "aqui" e os testemunhos que deixaram.
ResponderEliminarSem estar a imitar o "outro", afirmo com convição, que a Educação nas suas múltiplas vertentes, sempre foi e ainda é, uma das minhas grandes, grandíssimas paixões.
O que ficou registado foi um "mote" para uma longa e demorada conversa...e desejando muitíssimo que fosse frutuosa.
Bem-hajam pela vossa colaboração!
Uma miríade de beijinhos embrulhados para todos!
Este texto está fabuloso! complicado hoje em dia educar uma criança...
ResponderEliminarBjs