A DANÇA

Logo pela manhã liguei o televisor, acto muito raro , costumo ouvir música enquanto vou cirandando pelo espaço habitacional. Estavam falando sobre DANÇA, sem me aperceber, fui retendo frases soltas. A informação ficou a pairar diluída no meu consciente, veio à tona, enquanto conduzia a minha "carroça", em direcção a Lisboa, para cumprir o meu dever cívico e comecei a pensar. Sim! Penso, existo, sinto, medito, trabalho, amo, admiro, escrevo, leio, estudo, suspiro, falo, escuto, opino, desopino,....A dança não é só um entretenimento, é uma arte, umas vezes, com um conjunto de movimentos leves e delicados, outras é brusca, ousada e até violenta, dá-nos a conhecer comportamentos humanos e as suas infinitas diferenças e interpretações.
Os cenários e as coreografias expressam (ou procuram expressar) sentimentos, confrontos e problemas sociais. Na dança pode reflectir-se a vida e o confinamento do ser humano. Ela estuda e procura o domínio das formas universais do movimento, na observação dos seus aspectos corporais e mentais. Pode ser executada a solo, a dois ou com vários intervenientes... tal como a vida!
A VIDA é uma DANÇA constante!
Há quem esteja no ar elevado pelo seu parceiro de vida a dois, derrubado ou a não confiar no par. Assim não se pode dançar! Ou então percorre-se a vida a "cair". Onde estão os outros parceiros, que se gostam, que se auto ajudam a enquadrarem-se na realidade social em que essa "dança" a dois se desenrola?
O Amor não segue fórmulas matemáticas, físicas,... que nos limitem o sentir ou não sentir, sente-se sempre, por muito que se tente escapar.

Será possível fazer as duas coisas em simultâneo, AMAR E DANÇAR?