sexta-feira, 11 de setembro de 2009

REGRESSO



Este velho "navegador" levou-me até à Turquia, a algumas ilhas gregas e.... trouxe-me de regresso ao lar, à família, aos amigos,....


Consequentemente, cá estou eu, com a convicção de que vou alternar a minha estada entre Lisboa e o meu Refúgio, durante uns tempos que suponho virem a ser longos.
Gostei da viagem mas não tanto como pensava. Tirando para longe da memória, dois dias em que fui obrigada a balançar como um velho marujo embriagado, uma noite em que Neptuno se atreveu a embalar-me, com tanta violência, que tudo o que não estava fixo no camarote rolava , uma hora em que o "meu cavalo marinho" parou, repentinamente, em pleno Mar Mediterrâneo, com avaria no gerador, ter conhecimento e contacto com a presença desajustada de cerca de uma dezena de adolescentes que "pintaram a manta", sentir o cheiro a queimado enquanto tomava duche, atribuído ao fumo de um cigarro que alguém desobediente às regras fumou noutro camarote, a viagem foi um caminho coberto de rosas, mas rosas com alguns espinhos...
A minha mala engravidou, juro que não sei como, vigiei-a bem e não a deixei aproximar-se de nenhum malão mas...quando aportei a Lisboa deu-se o parto e então descobri! Foi uma gravidez provocada pelo uso de determinados cartões e pequenos pedaços de papel e dela, para além do que é normal sair de uma mala de viagem, também emergiram imensos beijinhos embrulhados. Alguns já foram distribuídos pelos faróis da minha vida, como diz um amigo meu, os restantes irão sendo entregues a pouco e pouco...

3 comentários:

  1. Bem-vinda madre Teresa (de Calcutá!). E obrigada pelos "manos" que trouxeste na mala :) Não sei como é, mas em cada viagem que fazes a tua mala engravida! Eh, eh, eh! Tinha pensado em juntar umas massas para fazer um cruzeiro, mas pela tua descrição já estou de pé atrás... Sou Balança, mas não gosto muito de balançar e ficar parada em pleno mar alto não é coisa que me agrade...

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  2. Benvinda Maria Teresa, tenho estado à sua espera, com curiosidade para ver os beijinhos embrulhados que prometeu trazer.
    Posso tratá-la por tu? Devemos pertencer à mesma geração.
    V.P.

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  3. Vasco
    Não tenho por costume tutear as pessoas que não conheço e mesmo assim... mas posso abrir sempre uma excepção.
    Também és sempre bem-vindo Vasco! Obrigada pelos comentários

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