quinta-feira, 16 de setembro de 2010

RIOMAGGIORE

Depois de uma noite bem dormida em La Spezia, uma pequena cidade na costa mediterrânica, “apanhei” um comboio com destino a Génova mas que pára nas Cinque Terre .

Esta viagem começou de um modo um pouco “violento” mas com a sua graça….Um comboio cheio até rebentar, em que fui empurrada e esmagada para conseguir entrar e talvez até apalpada, não me apercebi, tão preocupada que estava em proteger a minha mochilinha e, nestes “preparos” fui até Riomaggiore (todas as pessoas que iam na viagem, sofreram a mesma tortura, excepto as que vinham sentadas e mesmo essas, iam bem encolhidinhas, com medo de que as que iam em pé lhes caíssem no colo). O que me valeu foi a viagem ser muito curta, durou poucos minutos. Na altura recordei um vídeo que vi há uns tempos, filmado numa estação do metro no Japão, em hora de ponta, em que se viam funcionários da companhia, fardados e com luvas brancas, a empurrar as costas dos utentes para que as portas das carruagens se pudessem encerrar.

Chegada a Riomaggiore, que "nasceu" no séc. XIII dei uma voltinha pela aldeia, aquele tipo de voltinha que todos damos quando chegamos a um local desconhecido, entrei numas tantas ou quantas lojinhas, visitei uma igreja e outros locais com história. As casas foram construídas em filas paralelas, acessíveis por estreitas vielas e degraus bem íngremes. A aldeia, habitada por cerca de 2 500 pessoas, está virada para o mar, mar Mediterrâneo mas que tem uma designação local, mar da Ligúria, e “sobe” pelas vertentes da montanha, nestas encontrei também culturas em socalcos, numa quantidade impressionante, principalmente vinhedos. Deliciei-me com a visão de um pequeno porto e na contemplação do mar, uma das minhas paixões, mar sereno com aquele tom de azul que só "escolhidos" conseguem imortalizar em pinturas, foi-me dada a oportunidade de estar em duas pequenas praias, o seu "areal" não tem nada a ver com o nosso e irrita-me um pouco ouvir aquelas frases que ouço tantas vezes :"as nossas praias é que são boas, têm uma areia limpa e fina(...)" como se o facto da areia ser de cor escura, tivesse a ver com sujidade, e o tamanho dos "grãos" tivesse a ver com qualidade.

Depois de completar a volta pela aldeia propriamente dia, dirigi-me para a Via do Amor (foto no post anterior). Esta foi escavada ao longo de penhascos semelhantes aos que se vêem nesta figura e é uma varanda com um um comprimento bastante considerável, percorria-a, deliciei-me e suspirei com as provas de amor que por lá fui vendo mas... conto noutro dia

10 comentários:

  1. Apontamento prévio:
    O meu comentário ao post anterior foi parar às malvas e este estou a escrevê-lo pela 2ª vez. Deves ter trazido mal olhado lá das itálias...
    Tinha dito eu (mais ou menos) que também me veio à ideia essa história do metro de Tóquio com os funcionários a "enlatarem" os passageiros com uns empurrõezitos...
    Mas fiquei preocupado contigo quando dizes que não sabes se foste apalpada. Então quem sabe? Os apalpadores, ou já é falta de sensibilidade? :-)
    Enfim...apalpada ou não lá chegaste à Via do Amor e agora resta-nos esperar pelas revelações que não deixarás de nos fazer...
    Venham elas!
    Bjo.

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  2. Querido Carapau e devo ter trazido mesmo, o meu computador não está famoso e ainda não tive tempo de o levar ao doutor.
    Não fiques preocupado porque eu...mas...pois sim...compreendes...
    Aguarda pacientemene...porque no sábado vou dar uma saltadinha a outro lado...
    Beijinhos embrulhados para ti!

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  3. Olá Maria Teresa,
    Mais apalpão menos apalpão...Vou viajando consigo!
    Cá fico á espera das suas histórias reais que me deliciam.

    Bjs dos Alpes

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  4. Querida Flor é isso mesmo :):):)(ri-me com gargalhada)o esmagamento e os empurrões eram tantos e de tal forma, que eu não consegui descodificar, com muita pena minha:):):)
    Beijinhos embrulhados para si!

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  5. Itália tem recantos fantásticos, a merecerem várias visitas, pois não é nos circuitos organizados que se fica a conhecer. E fiquei preocupado com o facto de "talvez teres sido apalpada". Daqui a quanto tempo é que achas que vais ter a certeza?

    Beijocas!

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  6. Querido Rafeiro tenho que lá voltar para ter a certeza, certezinha...:):):)
    Beijinhos embrulhados para ti!

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  7. É feio apalpar uma avozinha!
    Mas há comboios que mais parecem latas de sardinha...vivinha!

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  8. Querido Rouxinol o seu "protesto" em favor das avózinhas fez-me soltar uma enorme gargalhada!
    Não será feio apalpar quem quer que seja, desde que essa pessoa não esteja interessada nisso?:):):)
    Beijinhos embrulhados para si!

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  9. Olá, menina maria teresa,

    Ora bem, viagem sem um "acidente de percurso" é coisa que nunca acontece com esta menina. Pois lá foi num: "...comboio cheio até rebentar, em que fui empurrada e esmagada para conseguir entrar e talvez até apalpada".
    Além da beleza da viagem, esta sim, inquestionável, a questão da perca de sensibilidade é de facto, preocupante. Faço minhas as palavras do Carapau. Que coisa estranha!...
    Bom, e como vais "levantar voo" uma vez mais, boa viagem.
    Só uma perguntinha super inocente: é promessa?!
    Beijinho sem nada, sem embrulho, beijinho zero.
    P. S. É que até a alma mais cristã fica com invejinha!

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  10. Querida Teresócas muito me tenho rido com a reacção "desse lado" a esse pequeno pormenor do "apalpanço"...será que no meu íntimo eu ando com vontade de ser apalpada...caso para ser psicanalisado:):):)
    À pergunta "super-inocente" respondo: uma vezes é necessidade de fuga para retemperar forças para enfrentar certas e determinadas situações e para deixar respirar quem me rodeia...outras é para compensar alguns anos de "prisão" motivados por doenças das pessoas que amei (e que continuo a amar no vazio) e outras porque me apetece...
    Gosto de um beijinho zero é diferente!
    Beijinho um para ti!

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