Em Junho de 2008 parti numa curta viagem à Áustria, não fui inteira. O meu corpo viajou, mas o meu eu invisível ficou pairando por estas bandas.
Hoje, de longe, vejo a vida mais colorida, não totalmente, mas também nunca pretendi tal utopia. Que milagre sem preço é o constatar que o ontem e o hoje são sempre diferentes. Durante este espaço temporal que medeia este ontem e este hoje, já me ausentei do país várias vezes, tudo correu sempre bem, dentro da normalidade, tal como acontecia antes desta viagem à Áustria.
Mas, há sempre um mas em todas as vidas, no ano passado fiz uma viagem que superou todas as minhas expectativas, parti inteira, desfrutei de um passeio pelos tempos remotos da civilização, recuei vinte e cinco séculos, senti-me uma partícula resultante de uma cisão de um átomo, perante a imensidão, a grandeza, a “iluminação” nos pensamentos dos Homens oriundos da Grécia e da Roma Antiga.
Os meus pés tocaram o chão outrora pisado por Arquimedes, Pitágoras, Empédocles e Corax (estes dois últimos os primeiros professores de Retórica) e tantos, mesmo tantos outros, que fico sem espaço para referir todos.
A minha mão direita repousou suavemente sobre uma coluna grega, “vivendo” naquele mesmo lugar há vinte e cinco séculos…o que ela viu, quem nela se apoiou, quantas vezes foi fotografada…
Não sei descrever as sensações que me devoraram, quando fui envolvida por uma onda de paz e de encantamento. Tempo e espaço deixaram de existir. Como gostava, nesse momento, de ter sido abençoada pelo dom da escrita ou da música para poder fixá-lo perenemente.
Já Herzfeld diz que a música “é mais que um simples som: é uma expressão de sentimentos que só ele (o homem) consegue (re)produzir.”
Hoje, de longe, vejo a vida mais colorida, não totalmente, mas também nunca pretendi tal utopia. Que milagre sem preço é o constatar que o ontem e o hoje são sempre diferentes. Durante este espaço temporal que medeia este ontem e este hoje, já me ausentei do país várias vezes, tudo correu sempre bem, dentro da normalidade, tal como acontecia antes desta viagem à Áustria.
Mas, há sempre um mas em todas as vidas, no ano passado fiz uma viagem que superou todas as minhas expectativas, parti inteira, desfrutei de um passeio pelos tempos remotos da civilização, recuei vinte e cinco séculos, senti-me uma partícula resultante de uma cisão de um átomo, perante a imensidão, a grandeza, a “iluminação” nos pensamentos dos Homens oriundos da Grécia e da Roma Antiga.
Os meus pés tocaram o chão outrora pisado por Arquimedes, Pitágoras, Empédocles e Corax (estes dois últimos os primeiros professores de Retórica) e tantos, mesmo tantos outros, que fico sem espaço para referir todos.
A minha mão direita repousou suavemente sobre uma coluna grega, “vivendo” naquele mesmo lugar há vinte e cinco séculos…o que ela viu, quem nela se apoiou, quantas vezes foi fotografada…
Não sei descrever as sensações que me devoraram, quando fui envolvida por uma onda de paz e de encantamento. Tempo e espaço deixaram de existir. Como gostava, nesse momento, de ter sido abençoada pelo dom da escrita ou da música para poder fixá-lo perenemente.
Já Herzfeld diz que a música “é mais que um simples som: é uma expressão de sentimentos que só ele (o homem) consegue (re)produzir.”
Vivaldi foi escutado com grande deleite para os meus ouvidos, enquanto os olhos se deslumbravam com o contraste luminoso entre a escuridão da noite e a iluminação emanada dos templos erigidos em memória de Hera, da Concórdia, de Hércules e de Zeus, no cimo das respectivas colinas.
Agrigento surge no horizonte e dá-se uma reviravolta na minha forma de estar, Pirandello é evocado e eu recordei o que não queria recordar. As memórias surgem em catadupa e levam-me a comprar em Taormina, “Echoes” de Ludovico Einaudi com o propósito de o oferecer a Alguém que o mereça.
Continua embrulhado tal como saiu da loja!
Que fazer com o “Echoes”?
Agrigento surge no horizonte e dá-se uma reviravolta na minha forma de estar, Pirandello é evocado e eu recordei o que não queria recordar. As memórias surgem em catadupa e levam-me a comprar em Taormina, “Echoes” de Ludovico Einaudi com o propósito de o oferecer a Alguém que o mereça.
Continua embrulhado tal como saiu da loja!
Que fazer com o “Echoes”?
Lindo texto este que escreveste. Quando ao CD, podes oferecer ao meu convento. Juntos, Madre, Noviça e eu, dançariamos (pelo menos) ao seu som.
ResponderEliminarQuerido Padre ofereço o CD mas a si! E não é possível só bailarmos os dois?
ResponderEliminarB.E. (disfarce) para ti!
Pronto! Tinha de ser: o padreco a fazer-se ao piso e ao CD.
ResponderEliminar:-)
Querido Carapau não te zangues eu posso sorteá-lo! Ou então voltar a Taormina e comprar outro...:):):)
ResponderEliminarB.E.para ti!
Ludovico Einaudi????
ResponderEliminartive que ir ver à Wikipedia quem era e fiquei com as mesmas dúvidas.
Uau Maria Teresa, por momentos tive a sensação que tinha partido consigo nesta viagem pela Áustria.Será uma das cidades a visitar de futuro.
ResponderEliminarTenho muitas saudades suas e espero que alma esteja mais sorridente.
Aquele abraço doce e sempre tão presente.
com carinho
Sairaf
Viajar é uma das melhores coisas da vida mas viajar inteira, em corpo e espírito para podermos aproveitar cada pedacinho da cultura, da história, das pessoas. Um dia também hei-de ir à Grécia...
ResponderEliminarJá me sucedeu uma situação idêntica. Um dia, conheci alguém que me disse que gostaria imenso de ter determinado objecto. Lembrei-me que tinha um em casa, à espera de dono e ofereci-lho.
ResponderEliminarLá diz o povo na sua imensa sabedoria "guardado está o bocado..."
Querido Pinguim as dúvidas estão desfeitas...eu penso de que:):):)
ResponderEliminarB.E.para ti!
Querida Sairaf eu comecei por falar na Aústria e induzi-a em erro, o que descrevo depois é na Sicília.
ResponderEliminarEu também tenho saudades suas, em fins de Novembro vou para Santa Eulália passar uma semana, espero encontrá-la nessa altura se não puder ser antes.
B.E. para si e um abracinho terno também!
Querida Stiletto sem querer induzi-a em erro o que descrevo passou-se na Sicília, na realidade não explicitei bem.
ResponderEliminarActualmente viajo "inteira", há dois anos levava comigo muitos problemas...
B.E. para si!
Querido Carlos é isso mesmo..."alguém o há-de comer". Candidatos já começaram a aparecer:):):)
ResponderEliminarB.E. para si!
Pois para mim não deve ser com certeza mas não devem faltar candidatos. Até o Padre Confessor, deus meu... tá lindo, tá.
ResponderEliminarviajar!!! é um prazer que nao dispenso.
ResponderEliminarestá na forja: Ppraga, Viena e Budapeste, nao por esta ordem. mas capitais a visitar. kis ó viajeira
Querida Red não sei não! Candidatos há, mas...:):):)
ResponderEliminarB.E. para ti!
Querida Avogi nem eu, nem eu! Na forja estão muitos lugares mas já não tenho "alcance" para alguns...
ResponderEliminarB.E. para ti ó ... avó de pulguinhas!
Viajar inteira não é muito comum no que respeita a muitos "turistas".
ResponderEliminarPenso que viajar inteira é ver/sentir TUDO, não nos limitarmos à paisagem. E tu, cara maria teresa, penso que pentences ao grupo dos que vêem com "olhos de ver".
Beijinho SEM embrulho.
Querida Teresa havia já algum tempo que por aqui não passava.
ResponderEliminarFiz uma leitura dos últimos posts e denotei que está numa fase energicamente positiva da vida; no que escreve transparece boas vibrações, que invadem e saciam quem lê.
Somos de gerações diferentes, duas mulheres que não se conhecem pessoalmente, mas é caricato a existência de pontos de semelhança entre nós!
Bjs, Marlene
Querida Teresa eu quando parto para um lugar que me desperta interesse para além de ver, gosto de escutar, de cheirar, de tocar e de saborear...
ResponderEliminarA quase todos os locais que visitei tenho associado um destes sentidos em maior destaque.
B.E. para ti!
Querida Amiga
ResponderEliminarAS viagens são um despertar de sentidos e um desafio à alma do viajante, por isso são para se fazerem "inteira", quando se vai só pela metade não se aproveita o que se pode.
Espero que as próximas sejam para "saborear" integralmente.Eu últimamente não me "aventuro" muito para fora do país, por "partidas" que "prego" a mim própria e, não teria prazer nenhum em usufruir desses locais, não viajando "inteira":):):). Mas, melhores dias virão e continuarei certamente a viajar com prazer.
Votos de que viaje sempre inteira para nos poder transmitir as suas sensações.
Beijinhos da
Fátima Lourenço
Querida Marlene muito obrigada por deixar a sua opinião, eu também sinto que entre nós há "pontos de visão e de sentires" de vida bastante semelhantes.
ResponderEliminarB.E. para si!
Querida Fátima como sabes estou quase de partida, e desta vez independentemente de vários assuntos que ficam por cá pendentes, de "pendentes" só levo os brincos...por isso penso que vou inteira:):):)
ResponderEliminarObrigada por TUDO amiga!
B.E. para ti!