
O meu Refúgio situa-se numa aldeia muito perto do mar, junto do poço comunitário vejo-o, o que quer dizer que se a minha casa estivesse 100 metros mais para oeste eu via-o. Que pena não lhe poder colocar umas rodinhas!

Ontem tive um dia em pleno, passei parte da tarde passeando ao longo de uma das margens do rio Cávado. Como já vem sendo hábito, não é defeito meu, é feitio, não levava máquina fotográfica. Ficaram-me as imagens e o dia marcados na memória. Um dia com resquícios de felicidade, de bem-estar!
Hoje, com a minha filha fiz uma longa caminhada pela minha praia, a maré estava baixa, as rochas que o mar deixou a descoberto, estão pejadas de mexilhões, percebes e

As gaivotas por lá andavam, muitas a descansar nas arribas, quietas, muito quietas.
Outras no areal! Nada as perturba.
A praia estava quase deserta, um pescador com duas canas a postos, um casal que sentiu necessidade de comunicar connosco, enquanto colhíamos alguns mexilhões, e mais umas três pessoas dispersas, tomando banho de sol.
Sinto-me tão calma, tão bem comigo mesma, quando faço este tipo de caminhadas…O sol, sem estar muito quente, beijou despudoradamente as minhas costas desnudas, acariciou-me o rosto!
Como não podia deixar de ser, é-me irresistível, molhei as pernas e os “panos” que as envolviam…
Voltei para casa, sentindo-me feliz por estar viva, não estar doente e poder usufruir deste tipo de passeio…
Amanhã vou repetir a “proeza”! E vou tentar que a minha filha leve a máquina fotográfica. ..
Nota: As fotografias publicadas são da autoria da Ana Rita mas foram captadas na semana passada.