quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

MEMÓRIAS

Observo, entre muitas outras, colocadas sobre uma escrivaninha da sala, uma fotografia do Homem que me deu vida, nunca o conheci com o aspecto com que nela está imortalizado, eu ainda não tinha nascido, mas reconheço-o na minha memória tal como ali está! Fico confusa!
Sinto que se não fossem os retratos, as feições mesmo dos que nos foram e as de que nos são muito queridos, se diluem no tempo.
Faço uma experiência, fecho os olhos e penso na minha Mãe, a imagem do seu rosto que emerge repentinamente na minha mente, é a de uma fotografia dela que tenho no meu quarto sobre a mesa de leitura. Forço-me a viajar pela minha memória, lembro-me da sua figura, de vários episódios da nossa vida, mas … descrever a sua face em pormenor sou incapaz, não a vejo! Desenhar o seu rosto, sem ter algo de palpável para a copiar, é-me impossível!
Fico pairando num mundo de memórias e interrogo-me: sem provas, elas serão reais ou imaginárias?

14 comentários:

  1. Imaginárias ou não, o que importa é que são suas.
    beijogrande

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    1. Querido Paulo são minhas sim...mas confundem-me!
      Beijinhos embrulhados para si!

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    1. Querido João gostava de conseguir...
      Beijinhos embrulhados para ti!

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  3. Adoro essas memórias... preciso de uma fotografia da minha avó.

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    1. Querida S* e não a consegue arranjar ? :)
      Beijinhos embrulhados para si!

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  4. Do meu Pai não tenho muitas memórias (nem fotos) mas da minha mãe... ainda hoje consigo imaginar a pele macia que tinha e o cheiro da colónia que usava :)

    Tudo de bom.

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    1. Querido Aflores reconheço o cheiro como as fotografias mas não sou capaz de o descrever...
      Beijinhos embrulhados para ti!

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  5. Recordo-me perfeitamente dos rostos dos meus pais. Acontece é uma coisa engraçada. Tenho uma "foto de família" (pais e 3 filhos), daquelas que eram tiradas para a "prosperidade" (do fotógrafo, claro :)) em que estamos todos muito parecidos com o que guardo na memória. :)
    Bjo.

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    1. Querido Carapau quanto mais penso nesta minha "sensação" mais confusa fico...
      Beijinhos embrulhadas para ti!

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  6. Dos meus pais tenho boa memória mas do avô que morreu quando era pequena (eu teria três anos), também me sinto confusa porque me parece que o reconheço mas no fundo a imagem é sempre a mesma, a que vi repetidamente num filme que havia lá em casa dos meus pais.
    Recordar é bom quando as recordações são felizes. xx

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    1. Querida Papoila estas recordações são muito boas e talvez aconteçam deste modo que me confunde por eu ter, talvez demasiadas, fotografias à vista!
      Beijinhos embrulhados para ti!

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  7. Belo texto.
    Vou responder de duas formas:
    Quando uma árvore cai na floresta mas ninguém vê ou ouve, será que caiu?
    Porque razão na inglaterra Vitoriana se retratavam os mortos? (presumo que para si é fácil entender a razão). Já agora, também guardavam "tokens", como a madeixa de cabelo de alguém. (eu acho isso bonito).

    Os rostos que olhamos todos os dias, provavelmente não registamos corretamente. A verdade é que precisamos dessas provas. Até para nos recordarmos de nós mesmos. Senão até parece que o que foi nunca chegou a ser. A MONA LISA nunca teria chegado a existir não fosse da Vinci tê-la retratado :)

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  8. Eu consigo de todas as formas recordar com exactidão o cheirinho da colónia do meu pai assim como do sorriso dele quando nos acercávamos. Do calor das suas mãos quando prendia as minhas mãos nas mãos dele. Quanta saudade de coisas que pareciam banais e que hoje eu daria tudo para voltar a ter❣

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