sexta-feira, 22 de junho de 2012

DOÇURA OU DIABRURA C

Voltei a folhear os meus livros de poesia…há largos meses que não relia José Agostinho Baptista, o poema que hoje transcrevo e que já conhecia, tocou-me como se o lesse pela primeira vez, partilho-o convosco.
 

REGRESSÃO

Acendi a gardénia, o lótus, a violeta,
procurei o cedro do oriente e a dama da noite,
mas não conheci a sua beleza terrível,
o seu amor.
Bebi os chás do mundo,
malva, alecrim, alfazema e camomila.
Tinha muita sede.
Invoquei estranhos poderes, cálices sagrados,
magias.
Esperei.
Viajei em naves de ouro a caminho da lua e
sentei-me nos seus alpendres,
voltado para baixo,
para as muralhas de vidro de uma solidão sem
tréguas
E aí,
quando todas as portas se fechavam sem ruído
sobre o próprio coração,
vi a minha vida que passava ao longe,
como um albatroz a caminho do mar.
QUATRO LUAS de José Agostinho Baptista (Assírio&Alvim)

PARA TODOS UM FIM DE SEMANA COM CALOR HUMANO QB.
APROVEITEM OS DIAS AO SEGUNDO!
BEIJINHOS EMBRULHADOS PARA TODOS!

8 comentários:

  1. A última estrofe até dói, como quando entro aqui e vejo teu relógio ali ao lado a marcar uma hora tão distante quanto eu.

    Boa noite para ti. Boa tarde para mim.

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  2. bom fim-de-semana para esses lados também :)

    Bjokas

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  3. MARIA TERESA, poesia bastante significativa. Gostei.

    Bom fim de semana, para voce também

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  4. Tão lindo poema e tão dolorido!


    Bom fim de semana pra ti.


    Beijo

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  5. Obrigada por um belo poema para inspirar o fim de semana. :)

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  6. OBRIGADA A TODOS QUE POR AQUI PASSARAM NESTE FIM DE SEMANA QUE JÁ TERMINOU!BEM-HAJAM!

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