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A NOIVA DO VENTO de Oskar Kokoschka |
Quando
deixo os meus pensamentos à rédea solta, eles transportam-me para
um jogo semelhante ao que todos sabem fazer: cão, coleira, corrente,
prisão... Este meu jogo é apenas semelhante na estrutura desse,mas não
associo palavras, associo imagens...
Sentada
em frente à minha janela, vejo as frondosas árvores que costumam
proteger a minha privacidade dos olhares dos vizinhos do outro lado
da praceta, hoje estão nuas, excepto uma, ela ampara carinhosamente
algumas folhas, estas abanam ligeiramente como se, timidamente, quisessem despedir-se de mim. Nesse lento baloiçar, vejo o vento,
vejo “ A Noiva do Vento”, vejo a noiva mulher, vejo-me como tendo
a meu lado a outra metade da “Noiva do Vento"...
Eu
que até não gosto muito do vento!