



Sinto que foi quase isto que se passou comigo, foi este o modelo de declaração utilizado:):):)
Agora já podem dizer tudo o que vos apetecer, só não digam que se pago tanto imposto é porque recebo muito… se o fizerem eu começo a urrar e a morder!
( mas que raio de texto tão parvo que acabei de escrever, e ainda por cima, vou publicar)
APROVEITEM BEM ESTE ÚLTIMO FIM DE SEMANA DE AGOSTO, NÃO SE ESQUEÇAM QUE O VERÃO AINDA NÃO ACABOU (ainda não começou) E CONTINUEM A FAZER PLANOS PARA DIAS BEM VIVIDOS.
FIQUEM COM OS MEUS BEIJINHOS EMBRULHADOS ACOMPANHADOS POR UMA BRISA MUITO LEVE…
Estou a atravessar uma fase de preguicite aguda, como já confessei ( a Manuela até propôs que fundássemos uma Confraria da Preguiça, e eu estou a meditar no assunto…).
Neste momento gostava de ser uma ilha, uma ilha deserta, para a qual me mudaria com as “coisas” que mais amo. Com esta afirmação deixo de ser preguiçosa e passo a ser lunática…
Não sou pior, nem melhor, do que todos os outros que me rodeiam … mas neste momento sinto-me agredida pelo mundo em que vivo. Ando incomodada (este palavra é muito suave para descrever o que sinto) com tanta falta de civismo, de hipocrisia, de demagogia, de mentira, de violência, de vandalismo … e este reconhecimento, por muito que me tente abstrair dele, não me deixa indiferente, não me deixa mergulhar completamente nos momentos felizes que a vida me está a proporcionar…
Continuo a ouvir discursos políticos que não dizem “nada”… promessas que hoje dizem sim e amanhã não… (e não quero falar de política, num local onde não vejo os olhos dos meus interlocutores). Estou a ir por um caminho espinhoso que afecta todos nós … mas numa crise de preguicite aguda vou ficar por aqui…
A bênção
Dá-me a bênção
do amor
para plantar na dialéctica
entre o ser
e a palavra
o delírio
de quem queira amar
um pouco de mim
Miguel Barbosa, in “por uma pitada de sal” (Universitária Editora)
O dia está estranho, muito estranho mesmo... o brilho do sol está ausente...contrariamente ao que é habitual não oiço o canto das aves, nem o ladrar dos cães ... fecho os olhos... concentro-me e o único som audível é o tic-tac do relógio que se encontra sobre o rebordo da lareira. De olhos descerrados oiço também o meu teclar e a pulseira que roça a mesa, ao sabor dos movimentos que vou fazendo.
Gosto bastante de sentir o silêncio ... mas deste não! Fico inquieta...intranquila talvez!
Tela de Nicoletta Tomas (2000)
dois séculos de amor
pouco a pouco
passo a passo
gesto a gesto
vou-me aproximando
de ti
pagando sempre
a envolvência da última despedida
como um místico profeta
que ninguém acredita
e ouve
mas que importa
se o Sol renasce
todas as manhãs
na íris dourada da flor
e um devaneio teu
regorjeado na silábica solidão
do entardecer da lágrima
desce pela tua face
todas as manhãs
à mesma hora
deslizando em pó de ciúme
suave, lenta, lentamente
pelo Tejo
na direcção de um ventre imaginário
Miguel Barbosa, in A Eternidade de um Segundo de Amor (Hugins Editores, Lda)
E COM OS MEUS BEIJINHOS EMBRULHADOS VAI O MEU DESEJO DE QUE TODOS TENHAM UM FIM DE SEMANA DE SONHO!