Este fim de semana li, na revista Sábado, um artigo sobre a nossa (salvo seja) Presidente da Assembleia da República, que focava o modo como ela usa as palavras. Ri despudoramente, esta senhora cria novos substantivos e eu, pobre mortal, embora conhecendo as palavras transcritas, não entendi nada do que ela queria dizer. Por exemplo:” (…) A relação entre particular e universal deixou a sua lógica clássica de oposição para abraçar uma lógica de comunicação e eficiência que é ao mesmo tempo definidora de novo existir ético.”
Este hermetismo fez-me
evocar nos recônditos da minha mente, quiçá talvez minoritariamente comparável,
uma ocorrência vivenciada na época em que era uma mera estagiária.
Aqui vai a história:
Eu e mais duas colegas de
profissão, tínhamos em comum uma turma de alunos com imensos problemas, como
não éramos professoras para desistir de quem e do que quer que fosse, após o nosso horário
profissional, ficávamos muitas vezes na escola, para combinarmos o modo como
devíamos actuar para os motivar e não só.
O director da escola, um homem pequenino
física e mentalmente, tendo sabido por um buf@, destas nossas reuniões,
pensando talvez que estávamos a conspirar contra o regime e que pretendíamos
fabricar uma bomba para o derrubar, enviou-nos uma “restrição” por escrito;
fazíamos um resumo do que tínhamos tratado ou essas reuniões (fora do nosso
horário, totalmente informais) terminavam.
Como não éramos, nem somos
cobardes, nem era qualquer um que nos fazia desistir da actuação que
considerávamos vital e correcta, dissemos que sim, cada vez que nos reuníssemos
escreveríamos uma “acta”.
O nosso “trabalho” se já
era motivante, passou a ser ainda muito mais … escrever a tal “acta” dava-nos
um gozo imenso, fazíamos algo semelhante à nossa (salvo seja) presidente,
arranjávamos as palavras mais disparatadas possíveis para descrever o nosso
trabalho. O texto resultava correcto gramaticalmente mas era incrível…
O “asno ditador” nunca
teve coragem para nos dizer que não percebia patavina do nosso arrazoado!
Com “palavras e alguma
argúcia” se enganam os tolos!
Acontece que na actualidade o governo que temos tenta fazer o mesmo e nós não merecemos!
ALAVANCAVAM uma série de palavras que agora estão na moda, não é verdade...
ResponderEliminarCOMPLICADO!
Querido alavancam, alavancam... e "nós" ficamos "inconseguidos" o que é "frustacional"!
ResponderEliminar"Estou a rir-me o que é o contrário de estar a chorar!" Diz lá que esta não foi uma grande tirada minha embora não seja uma permissa verdadeira?
Hoje já me ri com o "blindado" do FB!!!!!
Beijinhos embrulhados para ti!
As palavras têm poder e de que maneira.
ResponderEliminarBeijinhos
Querida Pérola mas precisamos primeiro de as entender. rsrsrsrsrs
EliminarBeijinhos embrulhados para ti!
É o softpower sagrado dos newmosnters da glasnost opaca. A cloaca da nomemklatura!
ResponderEliminar;-)
As vossas actas deviam ser uma delícia, contrariamente ao entrevista dessa personalidade kafkiana
Querido Tio devo estar "passadinha da cachimónia" porque continuo a pensar nos discursos da dita e dou uma gargalhada, esta foi reforçada com o seu comentário...coitado do Kafka que não tem culpa nenhuma rsrsrsrs.
EliminarBeijinhos embrulhados para si!
Eu tenho ideia que a Senhora é de Valpaços (mesmo que não seja, não vou deixar de fazer este comentário :)). Ora Valpaços é conhecida pelo seu "Folar rico de Valpaços". Uma bola de carne de se lhe tirar o chapéu (e que eu até sei fazer, mas isso não tem nada a ver com o caso :)).
ResponderEliminarOra bem, a Senhora deve ter comido muito folar rico e então resolveu enriquecer também o seu vocabulário, juntando maus produtos ao folar. Depois acabou por andar por sítios por onde não tinha nunca pensado passar e o folar subiu-lhe à cabeça. Ficou inconseguida e um dia ainda vai ficar desintrabinquadrilhada.
Coisas que acontecem a quem come muito folar de Valpaços...
Quanto a ti e às tuas colegas... se calhar também petiscaram da tal bola de carne... :)
Bjo (definidor do tal "estilo ético" :))
Querido Carapau compreendi tudinho do teu comentario caso contrário era um "inconseguir" o que seria "frustacional"!
EliminarEstou a treinar-me, tomando como modelo a dita, para o "comentário" de 5ªfeira, me "agurada"! rsrsrs
Beijinhos embrulhados para ti!
Mas que senhoras inteligentes, caramba!!
ResponderEliminarEles não sabem, mas são mito fáceis de enganar, quando há engenho e arte...
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