quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A CORDA


Quando nasceu, uma das suas fadas madrinhas,  presenteou-a com uma corda, não uma vulgar corda,  como as fabricadas em qualquer  cordoaria, é  uma corda muito especial, é mágica. Tem poderes que lhe  permitem alongar-se, em sintonia com o movimento do pêndulo do relógio centenário, relógio  que canta as horas e as meias horas, um canto que a acalenta e a faz recuar, num passeio em que vai acompanhada por momentos de felicidade, aos tempos que foram ficando para trás.
Esta  corda tem um “mas”, não cresce apenas, também se enrola, contorce, cria nós,... Ela tem como missão mantê-la esticada, missão  que tem sido matizada com vários graus de dificuldade. 
Tem sempre completado a missão!
Neste momento a corda tem um nó,  um nó muito diferente de todos os nós que lhe têm sido familiares, um  nó que deve ter um truque, um truque possivelmente mágico, … ela tem passado dias, horas, minutos e segundos, a tentar desfazê-lo, a estudar a corda.
Não vai desistir! Ela não é pessoa para virar as costas às dificuldades, mas o malvado do nó, está vencendo as resistências dela!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ATÉ BREVE!

 


Enquanto não volto deixo-vos com uma das minhas PAIXÕES!


Desculpem o "aportuguesado" mas não consegui encontrar outro vídeo, a "falar" matematicamente, que tivesse "duplos sentidos".
Entretanto vão saboreando os beijinhos embrulhados que daqui vos envio. MT 

sábado, 5 de novembro de 2011

DOÇURA OU DIABRURA XCV

Hoje as DOÇURA OU DIABRURA são muito diferentes no aspecto...mas são uma doçura, muito meladas!
E fico por aqui na apresentação, nada de resumos da semana...tenho dito!

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=0brQ_Ixhotc

QUE O ESPÍRITO DO NATAL QUE JÁ POR AÍ ANDA, CONTRA TUDO O QUE VAI ACONTECENDO, VOS TRAGA UMA DOSE DE TRANQUILIDADE PARA VIVEREM PELO MENOS EM PLENO ESTE FIM DE SEMANA!
PARA TODOS OS MEUS BEIJINHOS EMBRULHADOS!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

GÉNIO


Durante a minha longa vida de docente contactei com muitos e variados tipos de alunos, alguns excepcionalmente bons, mas apenas um génio, o Miguel . Com a idade de 10/11 anos tinha uma cultura vastíssima, era muito educado, muito interessado por tudo, …



Nas minhas arrumações, tenho andado a eliminar certas recordações, não faz sentido deixá-las para serem outros a fazê-lo, entre elas estava este desenho com dedicatória, oferecido no final do ano lectivo, em inícios dos anos 70, por esse aluno.

Fez-me bem este “reencontro”…


P.S.:
1-A dedicatória diz: "À minha professora de Matemática do 1ºano como que em recordação das regras de dividir potências que só depois de me explicar 2 vezes compreendi.
À sua paciência, 
                                  Miguel"
2- O desenho está de pernas para o ar, um efeito "diferente", recuso-me a colocá-lo direito não vá tudo sumir.


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

NOITE CHUVOSA


Não sabia quanto tempo tinha dormido, acordou com as bátegas de chuva sovando as persianas, abriu os olhos, uma penumbra muito suave tinha invadido o quarto.
Do corpo desnudo abraçado ao seu, emanava um aroma familiar, lembrando-se do amor partilhado umas horas antes, aninhou-se mais. 
Com um sorriso nos lábios e sonhos no pensamento, voltou a adormecer...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

MÚSICAS DO MUNDO


Fui a um concerto na Gulbenkian inserido no tema generico MÚSICA NO MUNDO e comecei a ficar consertada!
Assisti ao “Yair Dalal” * um grupo de 5 artistas que, usando   instrumentos musicais pouco usuais, presenteou-nos com a tradição musical judaica da Babilónia (Iraque): música sacra, instrumental e cânticos de Bagdad e Jerusalém.
*Yair Dalal (homem que deu nome ao concerto) é um músico muito conhecido a nível mundial, tem muito trabalho publicado, trabalho esse que reflecte um enorme valor musical na música clássica e árabe.
A história do porquê da partilha musical feita por este homem é muito interessante, cada cântico em si enriquece os nossos saberes…aprendi!
Para além das suas realizações musicais , Dalai é um pacifista, luta pela remoção das barreiras ideológicas entre as diferentes culturas mundias, com incidência, nas existentes entre Judeus e Árabes.
Gostei imenso do que vi e ouvi!
Ouvi sons que me fizeram lembrar a música cigana, a dança do ventre,… o casamento, a glorificação, as peregrinações, a misericórdia, o perdão…
Tive pena de não entender a língua e da não existir tradução (o que descodifiquei em termos de historial foi à posterior). Um dos cânticos foi feito em aramaico.

Nunca tinha visto espectadores, na Gulbenkian, sairem antes do espectáculo terminar, mas aconteceu, em pequenas levadas, e ao longo da apresentação, sairam cerca de 60 pessoas ( o grande auditório estava cheio) penso que o fizeram por uma questão de discriminação apenas, lamento que haja no meu país quem não saiba separar o “trigo do joio”, que não saiba apreciar a Arte pela Arte.

A minha companhia dormitou (poucas vezes, mas fê-lo)! E eu interrogo-me:
Seria por estar comigo?
Seria porque a idade não perdoa?
Seria porque o concerto não lhe agradou?
Seria por qualquer outro motivo?