O tempo caminha num passo sempre igual, em consonância com o
ritmo musical de liras tocadas por entes invisíveis, que os sempre
insatisfeitos mortais não conseguem vislumbrar e muito menos acompanhar.
Tela de Bernard Perlin |
A humanidade caminha pela vida em ritmos muito diferentes do
tempo, as suas passadas são lânguidas, sôfregas, seguras,
inseguras, ritmadas,irregulares, ambiciosas, atemporais, …
A condição de mortalidade faz com que muitos, a partir de determinada altura da sua caminhada, se zanguem com o tempo,
ovildem o que este trouxe e traz à VIDA de bom, deixem de sorrir,
deixem de gostar, deixem de amar,...fechem-se num casulo sem tempo; outros não caminharam e ficaram estagnados, num fosso de infelicidade, lá muito para trás das suas ainda capacidades de VIVER.
Não aceitar esta caminhada, comandada pelo senhor tempo, é permitir que se acabe a viagem,
ao longo do tempo, antes de tempo!